terça-feira, 30 de outubro de 2012

MEIO AMBIENTE_02 A 10_2012


28 08 12
Xingu, a aldeia global
Os índios do Parque Nacional do Xingu descobriram o facebook. Procure lá por Ikpeng, Juruna, Yawalapiti, Kuikuro, Mehinaku, Kalapalo, Kamaiurá… Quase todos os índios jovens da reserva de 27 mil quilômetros quadrados, a maior do mundo, possuem um perfil na rede social, embora vivam praticamente igual ao que era 51 anos atrás, quando o parque foi criado: em ocas comunitárias e alimentando-se basicamente de peixe assado e beiju de tapioca.

À primeira vista, parece que o tempo não passou por ali. O chão de terra batida, crianças correndo peladinhas, mulheres agachadas preparando o beiju. Aí você repara melhor e vê algumas antenas parabólicas, placas de energia solar, volta e meia uma motocicleta circulando. O contraste entre o ancestral e o moderno faz pensar que o Xingu encarna literalmente a “aldeia global” que previu Marshall McLuhan nos anos 1960, justo quando a reserva estava sendo criada.

Estamos na aldeia Yawalapiti, uma das 16 etnias que habitam o parque, onde aconteceu no último fim-de-semana o kuarup (cerimônia fúnebre) em homenagem ao antropólogo, escritor e político Darcy Ribeiro, que completaria 90 anos em 2012. Nas ocas, tem energia elétrica e televisão, mas não tem telefone nem pega celular. Com 300 habitantes, a aldeia é abastecida por geradores elétricos, mas um sistema de captação de energia solar está sendo implantado com a ajuda da Fundação Darcy Ribeiro. As primeiras placas estão em fase de teste e moradores são treinados para fazer a manutenção do equipamento. Se der certo, a ideia será replicada em outras aldeias do Xingu.

Embora as crianças da aldeia estejam desnudas como sempre, durante a festa alguns dos homens adultos preferem usar cueca por baixo da (pouca) roupa. As índias jovens já não têm tantos filhos quanto suas mães, com oito, nove rebentos. Muitas meninas são mães em tenra idade, mas têm apenas uma criança. Contam usar pílula anticoncepcional. Em vez de andarem despidas, preferem usar vestido de elastex tomara-que-caia. Todas usam o mesmo modelo de vestido, prático na hora de amamentar os filhos.

No ponto de cultura Yawalapiti, onde é possível conectar-se à internet, é que os índios conversam no facebook com gente de todo o País. Como em qualquer parte, há entre os jovens um certo fetiche pelos gadgets eletrônicos. Mesmo sem sinal para fazer ligações, os celulares são utilizados para fazer fotos. No Kuarup, Munuri, vestido a caráter para a festa, não larga de seu tablet. “Sempre gostei de aparelhos, mas de qualidade boa. Não gosto de coisa ruim. Fotografo, filmo, escrevo textos. Faço tudo aqui no meu tablet”, diz Munuri, que transmite o que aprendeu às crianças da aldeia.

Pela primeira vez um kuarup foi inteiramente documentado pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico Nacional), desde o começo da preparação, dez meses atrás. Dos pequis sendo colhidos para a bebida fermentada que é distribuída na cerimônia, até as centenas de quilos de polvilho que são acumulados durante o ano para o beiju que será consumido no kuarup, tudo foi filmado por uma equipe com o apoio do índio cinegrafista Collor –isso mesmo, ele ganhou o nome em homenagem ao ex-presidente. Nasceu há 22 anos, quando o futuro “impichado” por corrupção acabara de tomar posse.
Além de filmar, Collor também dança e luta huka-huka, a batalha que na manhã do domingo 19 levará cerca de mil guerreiros de várias tribos do Xingu ao centro da aldeia. Ele se diz autodidata: aprendeu a filmar observando. A câmera, ganhou de “um francês”. Grava todas as festas mais importantes entre os Yawalapiti e guarda tudo em seu notebook. Pergunto onde gostaria de trabalhar. “Eu queria ficar aqui, registrando nossa cultura. Nunca pensei em sair”, diz Collor. A mesma frase é repetida por outros jovens índios. Querem sair só para estudar e voltar à aldeia.

Na tarde do sábado, Collor está sentado detrás do local onde foram colocados os três troncos representando as almas dos homenageados do kuarup – além de Darcy, duas índias. “Até na morte Darcy está rodeado de mulheres”, alguém brinca. Todos receberam adornos e são pintados com tintura de jenipapo e urucum para a festa. Os guerreiros que vão lutar o huka-huka fazem a sangria: têm os braços raspados por um instrumento rudimentar, a arranhadeira, feito com dentes de peixe-cachorra, para ganhar coragem.

As mulheres são mais tímidas e não falam bem o português, mas uma mistura de dialetos, como a maioria dos índios do Xingu. Entre os Yawalapiti apenas 12 pessoas falam a língua original da etnia. Existe um projeto para reviver a língua ao qual a ministra da Cultura, presente ao Kuarup, promete empenho. Ana de Hollanda, porém, causa constrangimento geral ao se recusar a receber o documento preparado pelos índios em protesto a usina de Belo Monte e à portaria 303 da AGU (Advocacia Geral da União) sobre o uso de terras indígenas. O cacique Aritana, chefe dos Yawalapiti e considerado a maior liderança do Xingu, protestou na hora, mas, pacificador, preferiu não criticar a ministra publicamente.

Enquanto cânticos eram entoados, familiares dos mortos choravam em volta dos troncos enfeitados, durante toda a noite. A família de Darcy Ribeiro, que não teve filhos, compareceu em peso: 46 pessoas, entre sobrinhos e sobrinhos-netos do antropólogo, vindas em sua maioria da terra natal do antropólogo, Montes Claros (MG), se revezavam a cada 40 minutos ao redor de sua “alma”. Sobrinho de Darcy, Paulo Ribeiro lembrava que, ao lado dos irmãos Villas-Boas, ele foi um dos idealizadores do parque. “Darcy e o antropólogo Eduardo Galvão fizeram todo o levantamento da área”, explicou Paulo.

Observando a cerimônia sob o inacreditável manto de estrelas, o índio Kamalurré Mehinaku assombrava os brancos com lendas sobre o Kuarup. “Esses troncos são perigosos. Não pode olhar muito. Se olhar e ver gente nele, passando três dias, morre. O pai de Aritana viu e morreu. Teve outro que ouviu o tronco respirar, chorou aos pés dele, mas não adiantou. Dois dias depois morreu. É por isso que o pajé sopra fumaça do cigarro no tronco, para acalmar o espírito.”

No final da tarde de domingo, os troncos-almas são levados para o rio Xingu. É a última parte do Kuarup. Significa que o luto acabou e daqui para a frente todos podem sorrir novamente. As fotos já estão no facebook. CARTA CAPITAL
14 08 12
Tribunal Regional Federal determina paralisação das obras de Belo Monte

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A decisão foi tomada após o tribunal identificar ilegalidade em duas etapas do processo de autorização da obra, uma no Supremo Tribunal Federal (STF) e outra no Congresso Nacional. Caso a empresa Norte Energia não cumpra a determinação, terá de pagar multa diária de R$ 500 mil.

A decisão foi tomada pela 5ª Turma do TRF1, em embargo de declaração apresentado pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA). Os procuradores da República haviam entrado, anteriormente, com uma ação civil pública (ACP) pedindo a suspensão da obra, mas o pedido fora recusado. A Norte Energia informou à Agência Brasil que só vai se manifestar nos autos sobre a decisão.

“Na decisão anterior, o desembargador Fagundes de Deus partiu de premissa equivocada, de que STF tinha declarado a constitucionalidade do empreendimento. Só que esse julgamento não foi feito. O que houve foi uma decisão monocrática da [então presidenta] ministra Ellen Gracie, de atender pedido de liminar da AGU [Advocacia-Geral da União], quando a matéria só poderia ter declarada sua constitucionalidade se aprovada por dois terços da composição plenária da suprema corte”, disse à Agência Brasil o relator do embargo de declaração no TRF1, desembargador Souza Prudente.

Segundo ele, houve vícios também na forma como o Congresso Nacional tratou da questão. “A legislação determina realização prévia anterior à decisão pelo Congresso Nacional, e o que houve foi uma oitiva posterior [à autorização da obra]”, explicou o desembargador.

“O Congresso Nacional fez caricatura e agiu como se estivesse em uma ditadura, colocando o carro na frente dos bois. Com isso acabou tomando uma decisão antes mesmo de ter acesso aos estudos técnicos – feitos por equipe multidisciplinar, apontando previamente os impactos ambientais da obra – necessários à tomada de decisão”, argumentou o desembargador. DIÁRIO DO NORDESTE
 

03 08 12
Desmatamento na Amazônia cai 49% entre abril e julho, aponta Inpe
Comparação foi feita com o mesmo período de 2011.
Em 12 meses, houve redução de 23% na devastação da floresta.

Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Perda da cobertura vegetal no bioma pode acarretar na extinção de diversas espécies de animais. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)


O desmatamento na Amazônia Legal caiu 49% entre abril e julho de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira (2) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dados foram obtidos pelo sistema de detecção do desmatamento em tempo real, o Deter, que utiliza imagens de satélite para visualizar a perda mensal de vegetação no bioma.

Na comparação dos dados do Deter de agosto 2010 a julho 2011 com agosto de 2011 a julho de 2012, houve redução de 23% na devastação do bioma (caiu de 2.679,56 km² para 2.049,83 km²).

Entretanto, o índice oficial anual, fornecido pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal) deve ser divulgado apenas nos próximos meses.

Segundo o instituto, entre abril, maio, junho e julho deste ano o desmatamento causou a perda de 651,62 km² de cobertura florestal, uma área equivalente a 36 vezes o tamanho do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Nos quatro meses de 2011, a devastação registrada no bioma foi de 1.282,99 km² (uma área maior que cidade do Rio de Janeiro).

Em abril de 2012, houve uma redução de 232,57 km² de floresta. Em maio, a perda foi de 98,85 km²; em junho, uma área de 107,5 km² foi devastada, enquanto que em julho, houve a derrubada de 212,7 km² de mata nativa devido ao desmatamento. A cobertura de nuvens entre abril e junho não alcançou 50%, ou seja, os satélites conseguiram observar boa parte do bioma, que abrange nove estados brasileiros. O dado de julho ainda não estava disponível

Estados
Mato Grosso foi o estado que registrou maior redução na devastação entre 2012 e 2011. Segundo o Deter, MT foi responsável pela perda de 311,84 km² de floresta entre abril e julho (178 km², 34,32 km², 47,68 km² e 51,52 km²respectivamente) -- queda de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em 2011, uma intervenção do governo federal foi necessária no estado devido ao ritmo intenso de degradação da vegetação. Na época, o ministério do Meio Ambiente anunciou a criação de um "gabinete de crise" para "sufocar" o ritmo de destruição na região.

Ainda na análise do quadrimestre de 2012, o Pará foi responsável por derrubar 187,82 km² de vegetação, sendo que em julho houve o maior índice, 92,98 km², sendo o estado que mais desmatou a floresta amazônica no último mês analisado. Rondônia vem em seguida, com 91,61 km². Leia mais

11 07 12
Esclarecimentos a população sobre podas realizadas na Gameleira de Praia Formosa.

Secretaria Municipal de Pesca e Meio Ambiente (SPMA) esclarece à população de Cabedelo a intervenção realizada na gameleira da Praia Formosa
Diante das inúmeras discussões nas redes sociais relativas à intervenção da SPMA na gameleira da Praia Formosa, a Prefeitura Municipal de Cabedelo, através da Secretaria de Pesca e Meio Ambiente, vem a público esclarecer a população de Cabedelo, em especial aos moradores da Praia Formosa que a referida árvore (gameleira – Ficus sp.) foi analisada por técnicos da Secretaria (Botânico) que constatou a fitocontaminação da mesma por endoparasitas (fungos), ectoparasitas (fungos que se desenvolvem em árvores em decomposição), além da presença de larvas de abelhas carpinteiras (Xylocopa frontalis), que usam galhos de vegetais mortos para construção de galerias e postura de ovos,, que culminou pela perda da capacidade de regeneração dos brotos, ou seja, pela formação de novas folhagens, resultando dessa forma no apodrecimento de seus galhos/troncos, com risco de queda sobre os freqüentadores da praia ( Fotos). Tal medida se deu em função do risco eminente proporcionado pela degeneração dos galhos/troncos, tendo em vista ser uma área com fluxo muito intenso de carros e de pessoas, evitando dessa forma, acidentes como os que ocorreram recentemente na Capital do Estado, onde por pouco não resultou em vítimas fatais, mas apenas em danos materiais.

 A SPMA entende a importância tanto ambiental; quanto histórica da árvore para a bucólica Praia Formosa e para o Município de Cabedelo, porém as intempéries do ambiente (avanço do mar, ventos, etc) e principalmente pela ação antrópica (homem) propiciaram a contaminação da gameleira e a situação atual em que mesma se encontrava. No ano passado (2011), já tendo conhecimento da situação em que se encontrava o exemplar, principalmente pela dificuldade de rebrotamento, a SPMA com apoio de um empresário local, realizou intervenções na área onde se encontrava a árvore, onde foi feito o isolamento do perímetro da base da árvore com uma cerca de isolamento, e introdução de terra vegetal, na tentativa de melhorar a situação nutricional do solo. Todas essas ações tinham como principal objetivo minimizar os impactos negativos a gameleira que já vinham acontecendo há anos, a exemplo da quantidade excessiva de resíduos de vidro, provenientes de garrafas de bebidas, plásticos, etc. Todos estes materiais encontrados por nossos técnicos na areia, próximo ao sistema radicular (raízes) da gameleira; provenientes de práticas, até então constantes, de piqueniques por frequentadores da Orla, onde até churrascos eram realizados na base da árvore, aproveitando a época, o seu sombreamento.

 
Estamos adquirindo um exemplar da espécie Ficus sp. (gameleira) para fazer o plantiu na área, com o propósito de amenizar a perda lamentável do exemplar. Pois não é prática da Secretaria de Pesca e Meio Ambiente realizar supressões em árvores de nosso Município sem a devida justificativa técnica, emitida através de laudo. A Secretaria esta a disposição da população para maiores esclarecimentos, com o propósito de poder atuar da melhor forma possível frente às questões ambientais e da pesca em nosso querido Município de Cabedelo.
Cabedelo, 10 de julho de 2012.

Walber Farias Marques
Biólogo – CRB nº 27.137/5-D
MSc. Desenvolvimento e Meio Ambiente
Secretário Municipal de Pesca e Meio Ambiente
Petrúcio Carlo R. de Medeiros
Biólogo – CRB nº 39.090/5-D
MSc. Botânica
Secretário Adjunto de Meio Ambiente

11 07 12
Peças indígenas da pré-colonização do Brasil são achadas na Amazônia
Pesquisadores encontraram 22 sítios arqueológicos na região de Tefé.
Além de utensílios de cerâmica, terra preta de índio também será estudada.

Fragmentos de cerâmica foram encontrados em áreas da região de Tefé, a cerca de 600 km de Manaus, no Amazonas (Foto: Divulgação/Instituto Mamirauá)

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Mamirauá, do Amazonas, descobriram 22 novos sítios arqueológicos na região de Tefé, a 575 km de Manaus, repletos de peças de cerâmica e outros indícios que poderão fornecer novas informações sobre indígenas que viveram na Amazônia na época do descobrimento do Brasil, há mais de 500 anos.

Com o auxílio de uma técnica chamada datação radiocarbônica, que calcula a idade absoluta de rochas com a medição da quantidade de energia emitida por elementos radioativos, os pesquisadores vão analisar vasos, fragmentos cerâmicos e peças quase inteiras que estavam nesses sítios.

Segundo a cientista social e pesquisadora Jaqueline Gomes, que atua no Instituto Mamirauá e integra o projeto "Mapeamento arqueológico do Lago Tefé", a detecção das áreas com elementos históricos começou em 2011 e entra agora em nova fase.

Ela explica que, dos 22 sítios (além de outros 11 achados pontuais, em menor quantidade), quatro áreas conhecidas como "conjunto Vilas" foram escolhidas para concentrar os esforços dos arqueólogos.

"Agora serão feitas as escavações e a coleta dos artigos. São milhares de cacos. Algumas peças são potes grandes e também há cerâmicas feitas à mão. São itens muito antigos e em grande quantidade, já que havia uma grande produção desses utensílios, em diversas tradições indígenas”, explica a cientista social. 
Peça de cerâmica alterada por moradores ocais foi encontrada em área de sítio arqueológico em Tefé, no Amazonas. (Foto: Divulgação/Instituto Mamirauá)
22 06 12
Emissões de CO2 por desmatamento são menores que previsto, diz estudo
Pesquisa na 'Science' analisou dados de satélites de países tropicais.
Brasil e Indonésia são apontados como os maiores poluidores mundiais.

Volume de fraude equivale a 1,2 mil caminhões cheios de carga irregular.  (Foto: Nelson Feitosa/Ibama)

As emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes do desmatamento nas regiões tropicais são bem menores do que o estimado até agora, revela nesta quinta-feira (21) um estudo americano feito com base em dados de satélites, que apontaram o Brasil como um dos maiores poluidores. Os resultados foram divulgados na revista "Science".

De 2000 a 2005, as emissões foram de 810 milhões de toneladas por ano, ou seja, um terço do volume estimado recentemente. Isso representa apenas 10% do CO2 total de origem humana jogado na atmosfera, de acordo com os pesquisadores. Saiba mais

22 06 12
Após protesto, Dilma comenta retirada de 'direitos reprodutivos' da Rio+20
Grupo de mulheres mostrou cartazes à presidente durante evento no Rio.
Dilma afirmou que 'é preciso recuar de argumentos para permitir outros'.

Michelle Bachelet (centro), comandou o evento da Cúpula das Mulheres Líderes ao lado de Dilma Rousseff (esquerda) e Laura Chinchilla (direita) (Foto: Alexandre Durão/G1)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (21) que "é preciso recuar de argumentos para permitir outros" ao comentar a retirada da expressão "direitos reprodutivos" do rascunho final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

“Exercer o multilateralismo implica, necessariamente, em levar em consideração posições diversas. Diversas como? Diversas das minhas, ou da de cada um de nós”, ressaltou a presidente.

“Se não temos todas as opiniões representadas, é por conta da multilateralidade, em que é preciso recuar de argumentos para permitir outros”, afirmou Dilma. Saiba mais

15 06 12
Na véspera do fim das negociações, Brasil tenta salvar texto da Rio+20
Primeira fase de negociações vai até esta sexta-feira.
Depois, chefes de Estado buscam acordo a partir do dia 20.
Embaixador brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, um dos negociadores-chefes da delegação brasileira (Foto: Alexandre Durão/G1)

O secretário-executivo da Comissão Nacional para a Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo, disse que as negociações para a criação de meios de implementação para o desenvolvimento sustentável -- que incluem formas de financiamento, tecnologia e capacitação de países --, ainda são alvo de divergências entre as delegações.

Em entrevista coletiva realizada no Riocentro nesta quinta-feira (14), o diplomata informou que houve avanços nas negociações sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. Porém, a falta de consenso preocupa, já que se aproxima o prazo final das negociações do Comitê Preparatório da Rio+20.

"Nos interessa um documento forte e não um 'meio termo'," disse Figueiredo.

Após o fim da fase de negociações, o governo brasileiro organiza debates com especialistas, entre 16 e 19 de junho. Depois, os chefes de Estado e governo vão debater o texto no segmento de alto nível, dos dias 20 a 22. Saiba mais

15 06 12
Exército posiciona mísseis para abater ameaças ao Riocentro
Canhões podem atingir alvo a até 3 km de altitude e 4 km de distância.
Ordem para derrubar inimigos ou aeronaves suspeitas parte da presidente.
Soldados posicionam míssel nesta quinta-feira (14) para proteger  região do Riocentro (Foto: (Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação))
O Exército posicionou canhões e lançadores de mísseis em um círculo de 4 km ao redor do Riocentro, principal local de eventos da Rio+20, para abater aeronaves suspeitas em caso de uma possível invasão ao espaço aéreo onde estarão reunidos mais de 130 chefes de Estado, segundo o general Marcio Roland Heise, que comanda artilharia antiaérea brasileira. Veja mais

05 06 12
Paisagem do Ártico sofre alteração com temperatura maior, diz estudo
Tundra, antes com mato rasteiro, agora tem árvores com 2 metros de altura.
Aquecimento global seria responsável por modificações na região.

Paisagem típica da tundra, na Islândia (Foto: Wolfgang Fuchs/Bilderberg/AFP/Arquivo)

Cientistas da Finlândia e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, verificaram que nos últimos 30 e 40 anos aumentou a ocupação de plantas e arbustos na região da tundra Ártica devido às temperaturas mais altas na região.

A modificação da paisagem, que fica próxima ao Polo Norte, já seria resultado da mudança climática global aponta estudo publicado neste domingo (3) na revista "Nature Climate Change".

A tundra abrange uma área entre a Escandinávia, Sibéria, Alasca, Groenlândia e Canadá. Recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. Por conta disso, o solo permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do ano, a vegetação é rasteira e não possui árvores. Até agora. Saiba mais
30 05 12
"Semana Verde", em Bruxelas , 
o mundo será salvo?
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
Em uma "Semana Verde", em Bruxelas, se confessou responsáveis por comissários de proteção ambiental da UE para um uso eficiente da água, matérias primas e energia. Eles expressam preocupação com o desperdício geral de recursos. 
Seca ao longo do rio Mekong na Tailândia (imagem de arquivo).

Basicamente, o mundo está além da economia, é o teor do recente relatório do Clube de Roma .2052 é o prazo. "2052", pergunta Connie Hedegaard, Comissária Europeia para a Protecção do Clima, ironicamente de volta. Sim foram, então, ainda 40 anos para fazer algo que se originou na Dinamarca político diz à beira da "Semana Verde", em Bruxelas. "Cada gota conta" é o lema do encontro: "Cada um plug" que tem vista para a água ", o recurso mais importante da humanidade", disse Hedegaard responsável pela contrapartida ambiental Janez Potocnik?. Saiba mais
 

29 05 12
Segurança da Rio+20 terá atuação de 8 mil homens das Forças Armadas
Operação vai ocorrer de 5 a 29 de junho e mobilizará 15 mil homens.
Ao menos 29 helicópteros vão escoltar chefes de Estado no Rio de Janeiro.

Representantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, Celso Amorim, durante coletiva sobre a operação militar na Rio+20 (Foto: Rodrigo Vianna/G1)

O Comando Militar do Leste (CML) informou, no início da tarde desta segunda-feira (28), que a segurança da Conferência das Nações Unidas de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será feita por 8 mil homens das Forças Armadas.

A Rio+20 ocorre vinte anos depois da Rio 92 (também conhecida como Eco 92), considerada a maior conferência sobre meio ambiente já realizada, que popularizou o conceito de "desenvolvimento sustentável".

Além disso, segundo o CML, outros 7 mil profissionais -- entre policiais civis, militares, federais, bombeiros e guardas municipais -- também vão atuar no policiamento durante o evento, que acontece de 13 a 22 de junho e deve reunir cerca de cem chefes de Estado. No total, serão 15 mil agentes de segurança.

“Foi feito um planejamento muito detalhado, um grande número de pessoas presentes e equipamentos para que toda a conferência ocorra de maneira mais tranquila. Virão inclusive alguns efetivos de fora do Rio, como a Aviação do Exército de Taubaté e a Brigada de Operações Especiais, de Brasília”, disse o ministro da Defesa Celso Amorim.

De acordo com o CML, as ações de segurança serão realizadas por meio da "Operação Rio+20", entre os dias 5 a 29 de junho. As instituições mobilizadas para a operação também irão coordenar e complementar as ações de segurança a cargo da Organização das Nações Unidas (ONU). Saiba mais
21 05 12
Relatório do WWF Living Planet 2012: 
Em 2030, precisaremos de uma nova terra
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
Não precisamos de uma segunda Terra logo?  (Foto: AFP) (Foto ©: AFP)
"Se não agirmos agora, Século 21  será um século de catástrofes ambientais ", diz o "atual Relatório Planeta Vivo 2012 "do grupo de conservação WWF. O homem viveu muito além e explorou os recursos da natureza de uma forma tão forte que até agora seria necessário 1,5 Terras. E as perspectivas para o futuro são ainda mais graves.

Não precisamos de uma segunda Terra logo?  (Foto: AFP) (Foto ©: AFP)

Não precisamos de uma segunda Terra logo?  (Foto: AFP) (Foto ©: AFP)

O desmatamento forte de muitas florestas ameaça o habitat de animais como gorilas, tigres e os pandas. (Foto: WWF)

Não precisamos de uma segunda Terra logo?  (Foto: AFP) (Foto ©: AFP)

O rápido aumento da população tem mais alimentos são produzidos - em 2030 para garantir que nossos recursos não são suficientes mais. (Foto: WWF)

Não precisamos de uma segunda Terra logo?  (Foto: AFP) (Foto ©: AFP)


Até 2030, os recursos da Terra usados indiscriminadamente teremos que procurar um segundo planeta - se o WWF está certo.(Foto: WWF)

12 05 12
Apesar de ausências ilustres, Brasil e ONU acreditam em Rio+20 'histórica'
Organizadores afastam temores de esvaziamento por ausência de alguns líderes; ambientalistas divergem sobre o alcance das decisões que podem ser tomadas no evento.
Conferência do Rio de Janeiro será em junho. (Foto: AFP/BBC)
Em meio à ausência de alguns líderes globais ilustres e de entraves na negociação, a ONU e o governo brasileiro ainda apostam no potencial da Rio+20 de ser "a maior conferência climática da história das Nações Unidas".
Ambientalistas, porém, têm expectativas divergentes quanto à força das decisões que serão tomadas no evento, marcado para 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Temores sobre o esvaziamento da Rio+20 vieram à tona, nesta semana, quando uma comitiva de deputados do Parlamento Europeu cancelou sua ida ao Rio, criticando os altos preços dos hotéis na cidade. O mesmo motivo já havia feito com com que as delegações europeias que vão à conferência encolhessem em média 30%.
Angela Merkel, da Alemanha, já confirmou que não vem. Já o presidente dos EUA, Barack Obama, ainda não se posicionou a respeito. (Foto: AFP/BBC)                                                  Saiba mais
12 05 12
PF apreende madeira e autua cinco pessoas por crime ambiental em MG
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
Peças de jacarandá seriam usadas na produção de instrumentos, diz polícia.
Peças de jacarandá são apreendidas com ordem da Justiça em cinco cidades mineiras.  (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Peças de jacarandá usadas ilegalmente na produção de instrumentos musicais foram apreendidas em operação que percorreu cinco cidades em Minas Gerais, de acordo com a Polícia Federal. A assessoria informou nesta sexta-feira (11) que fez cinco autuações por crime ambiental. A madeira apreendida é ameaçada de extinção, segundo a PF. Saiba mais

08 05 12
Os Awá: Isso ameaçava os povos da Amazônia
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
Ganhador do Oscar Colin Firth deu o sinal verde para uma nova campanha pela Survival International para resgatar as "pessoas mais ameaçadas do mundo": o Awá na região amazônica brasileira. A peça central da campanha é um vídeo-clip da Awá, com um telefonema de Colin Firth e música de Grammy-vencedor Heitor Pereira.

Wie fast alle Indianer im Amazonas tragen auch die Awá ihre Kinder in Tüchern. Traditionell wurden diese aus Palmenfasern gefertigt, heute bestehen sie aber meist aus Stoff. (Bild: D.Pugliese, Survival)

Os Awá são uma pequena tribo, cujo território de uma onda de madeireiros ilegais, fazendeiros e colonos será rolada. A nova campanha com a página gráfica impressionante mostra a destruição da floresta Awá que progride mais rapidamente do que em qualquer outros índios da região amazônica. A situação é tão crítica dos Awá que alguns especialistas brasileiros falam de "genocídio" e "extermínio". Muitos dos cerca de 360 ​​índios Awá já contatados são sobreviventes de massacres brutais. Estima-se que até 100 Awá isolados outro olhar para o refúgio florestal diminuindo rapidamente a partir da destruição. www.survivalinternational.de/awa

Baby-Affen verbringen viel Zeit mit den Awá Frauen - und auch die Kinder lieben es mit ihnen zu spielen. Die Affen sitzen gerne auf dem Kopf ihres Besitzers. (Bild: D.Pugliese, Survival)

Die Awá haben eine sehr enge Beziehung zu Tieren, vor allem zu Affen. Verwaiste Baby-Affen werden adoptiert – die Frauen der Awá kümmern sich um sie wie um ihre eigenen Kinder. Sie werden als Teil der Familie angesehen. (Bild: D.Pugliese, Survival)

Die Awá leben in riesigen Familien. Sie alle gehen gemeinsam zum Sammeln von Beeren und Nüssen in den Dschungel. (Bild: D.Pugliese, Survival)

Takwarentxia gehört seit 1992 mit seiner Frau Hakõa'ĩ und ihrem Kind zu den Awá. Der Rest seiner Familie wurde von bewaffneten Farmarbeitern umgebracht. (Bild: Survival)

Patrono da Campanha de Sobrevivência ator Colin Firth.  Imagem: Survival / patrão / da Campanha de Sobrevivência ator Colin Firth.  Imagem: Sobrevivência (Survival patrono da Campanha ator Colin Firth Imagem: Survival)
BRASILEIROS e BRASILEIRAS
A Soberania Nacional esta gravemente ameaçada.
desmatamento-da-amazonia.jpg
A impotência, inoperância e incapacidade nacional, em impedir a devastação de nossas florestas, nos leva a repensar se é verdadeiramente um caso de falta de capacidade, ou um plano literalmente orquestrado para ocupar áreas de floresta sem que o Estado tome nenhuma providencia efetiva para impedir definitivamente esse assassinato de nossa fauna e flora com o intuito capitalista de ocupação e exploração dos recursos agropecuários e de exploração imobiliária. Devemos nos perguntar e refletir sobre isso e agir no sentido te tomarmos providencias urgentes contra essa ação devastadora que passa praticamente despercebido dos birôs ministeriais. As forças armadas nacionais, já deveriam ter sido mobilizadas para um combate em favor dos nossos recursos naturais, pois isso é sim, um caso de ataque direto à soberania nacional por invasores que mesmo sendo brasileiros são marginais periculosos e que pertencem ao crime organizado, com ramificações importantes em todas as esferas do governo.  
22 04 12
Tartarugas marinhas libertadas não se readaptam ao mar, mostra estudo
Reabilitação pode trazer mais complicações ao animal.
Cuidados não impediram mortes quase imediatas depois da soltura.
Tartaruga cabeçuda com o transmissor de satélite acoplado em seu casco. (Foto: UB)

Ao estudarem a readaptação de tartarugas marinhas cabeçudas ao seu meio ambiente, uma equipe de cientistas da Universidade de Barcelona descobriu que, mesmo após uma longa recuperação em centros de reabilitação, esses animais podem apresentar mudanças de comportamento e não se readaptarem no mar.

Os pesquisadores espanhóis analisaram o processo de reintegração destes animais no mar e descobriram que as mudanças no comportamento tinham relação direta com quão complicado havia sido o processo de recuperação. Saiba mais

10 04 12
Dilma e Obama defendem 'ampla participação' 
na Rio+20
Evento é oportunidade para promover desenvolvimento sustentável, avaliaram.
Líderes também assinaram memorando de cooperação na área ambiental.
Dilma e Obama durante encontro na Casa Branca (Foto: Reuters)


Reunidos nesta segunda-feira (9) na Casa Branca, em Washington, a presidente Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama defenderam uma "ampla participação" na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai ocorrer em junho no Rio de Janeiro.

"[A Rio+20 é] oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável por meio da inovação e do amplo engajamento das partes interessadas", afirma comunicado conjunto dos dois presidentes, divulgado nesta segunda-feira pelo Itamaraty.

Dilma e Obama também "enfatizaram a importância da ampla participação no Segmento de Alto Nível da Conferência, de 20 a 22 de junho de 2012", para a qual é esperada a presença de chefes de Estado de países-membros das Nações Unidas.

A Rio+20 tem sido alvo de críticas que apontam uma possível ausência de importantes chefes de Estado. No fim de janeiro, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que preside duas subcomissões no Senado sobre a conferência, afirmou que a cúpula poderia ser um fracasso porque "não está havendo interesse dos grandes países em enviar os grandes líderes mundiais".

Em declaração para a imprensa após a reunião bilateral com Obama, a presidente Dilma afirmou que convidou Obama para a Rio+20. Ela também declarou que a parceria entre Brasil e Estados Unidos é importante para conquistar um desenvolvimento sustentável, "que é crescer, incluir e sermos capazes de conservar e proteger o meio ambiente". Saiba mais
06 03 12
AONDE ESTÁ A DEFESA NACIONAL?
Desmate na Amazônia quase triplica de janeiro a março de 2012, diz Inpe
Menor quantidade de nuvens no bioma revelou mais áreas degradadas.
Governo diz que houve aumento da detecção, mas não do desmatamento.
Estado do Amapá tem 76,6% de seu território coberto pela floresta amazônica. Na imagem, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque. (Foto: Divulgação/Grayton Toledo/Governo do Amapá)

Entre janeiro e março de 2012, o desmatamento na Amazônia Legal quase que triplicou, se comparado com o mesmo período do ano passado.

O volume de nuvens foi menor no primeiro trimestre deste ano, o que elevou a qualidade de visualização dos chamados "polígonos de desmatamento".

Os dados foram divulgados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta quinta-feira (5), em coletiva realizada em Brasília.

Segundo o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro trimestre os satélites detectaram a perda de 389 km² da cobertura florestal, número que é 188% maior se comparado ao mesmo período de 2011 (135 km²).

A ministra não considera que os dados não representam um crescimento no desmate, já que, para ela, a redução da quantidade de nuvens sobre o bioma facilitou a fiscalização feita por sensoriamento remoto. "Não temos crise de desmatamento, como foi ano passado, não tem aumento de desmatamento", disse.



Em fevereiro de 2011, apenas de 1 km² de vegetação derrubada foi detectado, já que a cobertura de nuvens era de 93%. Neste ano, o mês registrou desmate de 307 km², a maior parte no Mato Grosso (285 km²). "Ano passado não havia desmatamento detectado porque nós não víamos nada", disse Gilberto Câmara, diretor do Inpe.

Para Câmara, a pesquisa em campo feita pelos órgãos de fiscalização verificou que 68% das áreas encontradas devastadas (por desmate e queimadas) resultam de atividades ilegais ocorridas em 2011.

Estabilidade
A ministra também ressaltou que não houve aumento absoluto no desmate ao comparar o período de agosto de 2011 a março de 2012 com os mesmo meses entre 2010 e 2011.

Entretanto, chamou a atenção para a elevação de atividades ilegais (no período, desmate subiu de 12 km² para 56 km²). O aumento pode estar associado a uma migração de desmatadores do Pará para o estado. Segundo Izabella, órgãos ambientais vão melhorar a fiscalização na região.

Código florestal
Sobre as mudanças na legislação ambiental, que tramita na Câmara dos Deputados, pode também influenciar o desmatamento, de acordo com o governo. "Ainda tem gente em campo dizendo, segundo os relatos da inteligência, que você pode desmatar que vai ser anistiado".

"As equipes têm se deparado com colocações de que o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais] não teria competência mais de fiscalizar. Não é verdade", disse ela. Só este ano, o Ibama aplicou quase R$ 50 milhões em multas por desmatamento na Amazônia e embargou áreas, principalmente no Mato Grosso e Pará.
Desmatamento Amazônia (Foto: G1)
22 03 12
Oceano aquecido causaria prejuízo de US$ 2 tri ao ano, diz estudo
Emissões de carbono provocam acidificação e perda de oxigênio da água.
Elevação do nível do mar e tempestades aumentariam danos aos países.
Imagem não datada mostra vista aérea das Ilhas Seychelles, arquipélago no Oceano Índico - provável destino do casal, segundo o jornal "Daily Mirror" (Foto: AP / Wilderness Safaris)

As emissões de gases de efeito estufa podem chegar a provocar danos aos oceanos da ordem de US$ 2 trilhões ao ano até 2100, segundo estudo sueco publicado nesta quarta-feira (21).

A estimativa, feita pelo Instituto Ambiental de Estocolmo, se baseia na suposição de que as emissões de carbono que alteram o clima continuarão crescendo.

O estudo alertou que mares mais quentes provocarão a acidificação e a perda de oxigênio, afetando os peixes e os recifes de coral. A elevação do nível dos mares e as tempestades aumentarão o risco de inundações, especialmente ao longo dos litorais da África e da Ásia.

Se a tendência for mantida, a temperatura global da Terra aumentará 4ºC até o fim do século, destacou o relatório, intitulado "Avaliando o Oceano".

Com base nesta estimativa, os custos das perdas em 2050 serão de US$ 428 bilhões ao ano ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Em 2100, este custo chegará a US$1,979 trilhão (0,37% do PIB). Saiba mais
13 03 12
Groenlândia seria mais sensível ao aquecimento do que se pensava
Aumento pequeno de temperatura derreteria todo o gelo no longo prazo.
Elevação de 2ºC, limite sugerido pela ONU, provocaria degelo em 50 mil anos.
Foto tirada em 12 de julho e liberada pelo Greenpeace mostra seção no glaciar Petermann. Um pedaço gigantesco de gelo, de 260 quilômetros quadrados, se soltou da geleira na Groelândia.   (Foto: AFP)


A cobertura de gelo da Groenlândia está mais sensível ao aquecimento global do que se pensava. Uma elevação relativamente pequena da temperatura no longo prazo derreteria o gelo completamente, segundo estudo publicado na revista "Nature Climate Change", neste domingo (11).

Pesquisas anteriores sugeriram que seria necessário um aquecimento de pelo menos 3,1 º C acima dos níveis pré-industriais, , em uma faixa de 1,9ºC a 5,1º C, para derreter completamente a camada de gelo. Mas novas estimativas estabelecem o limite em 1,6 º C em uma faixa de 0,8 º C a 3,2 º C, embora esta temperatura tenha que ser mantida por dezenas de milhares de anos para apresentar este efeito.

Groenlândia é, depois da Antártica, a maior reserva de água congelada em terra. Se derreter completamente, provocará uma elevação do nível do mar em 7,2 metros, encharcando deltas e terras baixas.

Segundo o estudo, se o aquecimento global se limitar a 2 º C, uma meta estabelecida em negociações climáticas da ONU, o derretimento completo aconteceria em uma escala de tempo de 50 mil anos. Saiba mais

 

06 03 12
Território do abismo: Onde ilhas nascem
Pesquisa: Verônica Silva - Direto da Alemanha
Com o aumento do nível do mar 150.000 quilômetros quadrados de terra estão afundando no oceano. Mas a Terra também cria um novo habitat: especialmente por vulcões submarinos atualmente estão sendo construídas várias novas ilhas. 

Se alguma vez submarino vulcões de magma vomitar de novo, eles podem se tornar mais e mais - até que sua ponta, finalmente, aparece como uma ilha na superfície do mar.  Atualmente isso acontece, entre outras coisas, na ilha canária de El Hierro, como a imagem de satélite mostra ... (Foto: AFP, a NASA Earth Observatory)

Se alguma vez, vulcões submarinos vomitar magma de novo, eles podem se tornar mais e mais rasos - até que sua ponta, finalmente, aparece como uma ilha na superfície do mar. Atualmente isso acontece, entre outras coisas, na ilha canária de El Hierro, como a imagem de satélite mostra ... (Foto: AFP, a NASA Earth Observatory) Saiba mais
06 03 12
Código Florestal volta ao plenário da 
Câmara nesta semana
Deputados ainda vão discutir se aprovam Código como passou no Senado.
Senadores também podem propor mudanças na previdência do servidor.
Plenário do Senado, durante discussão de segundo turno da proposta que prorroga a DRU (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O plenário da Câmara dos Deputados volta a discutir nesta semana o projeto do novo Código Florestal, um dos mais polêmicos que tramitam no Congresso Nacional por opor interesses da bancada ruralista e dos ligados à área ambiental. A proposta está prevista para entrar na pauta da Casa na próxima terça-feira (6), mas ainda depende de acordo entre os líderes a fim de fechar o texto que será apreciado.

Uma reunião de líderes deve ocorrer na manhã de terça para definir se o texto que será analisado pelos deputados será o mesmo que foi aprovado pelo Senado no final do ano passado, ou sofrerá modificações. O texto foi aprovado na Câmara em maio do ano passado em meio a bate-boca e precisa voltar a ser analisado pelos deputados porque foi modificado no Senado.

O projeto continua sendo motivo de divergência entre os parlamentares. Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) a proposta é considerada um "retrocesso ambiental". Saiba mais

 

28 02 12
Pesquisas afetadas por fogo na Antártica estudavam clima
Químicos e biólogos eram maioria na Estação Comandante Ferraz.
Apenas um dos projetos do Brasil no continente não foi afetado.
Estação Antártica Comandante Ferraz, em 2011 (Foto: LPP/Ufes)

Ainda é cedo para avaliar com precisão os danos que o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz provocou para as pesquisas brasileiras na área, segundo os cientistas que trabalhavam no local ouvidos pelo G1. No último sábado (25), o acidente matou dois militares e feriu um. Os sobreviventes tiveram que ser retirados às pressas e levados para Punta Arenas, no Chile.

Segundo os pesquisadores, ainda não se sabe o total das perdas. Uma reunião na próxima semana vai tentar levantar o quadro completo do que foi perdido e do que vai poder ser retomado.

Parte dos computadores da base foi destruída pelo fogo, mas muitos dados podem ser recuperados nos aparelhos pessoais que os cientistas mantinham no local e conseguiram resgatar a tempo.

A maioria das pesquisas, porém, depende de amostras que são coletadas na Antártica e analisadas no Brasil. Alguns cientistas já tinham enviado parte dessas amostras de volta, mas outros não. As que ficaram na base devem ser perdidas, mesmo as que não foram atingidas diretamente pelo fogo – os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera ficam em outro prédio, mas as amostras são mantidas em temperaturas condicionadas dentro de geladeiras, que vão parar de funcionar devido à falta de energia.

INCT-APA
Dos 30 pesquisadores que estavam na base, 26 estão vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA). Todos eles tinham o retorno previsto para o início de março. O projeto reúne especialistas de diversas áreas e instituições de todo o País, com o objetivo de estudar o ambiente antártico.

O INCT-APA possui quatro linhas de pesquisa – chamadas de “áreas temáticas” –, e cada uma dela tem atividades separadas que podem ter sido afetadas pelo incêndio em diferentes graus. Nem todas essas atividades estavam sendo conduzidas no momento do acidente, logo há estudos que poderão ser continuados normalmente.  Saiba mais


25 02 12
Banco Mundial destinará US$ 16 milhões para a Amazônia
Recursos serão aplicados para criar novas áreas de conservação e consolidar as já existentes

 Shutterstock
O Banco Mundial anunciou nesta quinta-feira (23/02) que vai disponibilizar ao governo federal US$ 16 milhões para que uma área de 135 mil quilômetros quadrados da Amazôniaseja protegida nos próximos quatro anos. 

O dinheiro será usado pelo Ministério do Meio Ambientepara criar mais 13,5 milhões de hectares de unidades de conservação, além de consolidar 32 milhões de hectares em áreas já existentes.

Os recursos são provenientes do Fundo Mundial para o Meio Ambiente e serão empregados no projeto Áreas Protegidas da Amazônica (Arpa), voltado para a criação deparques, reservas biológicas, estações ecológicas,reservas de extração e centros de desenvolvimento sustentáveis no bioma amazônico.

Segundo o Banco Mundial, a conservação da florestaajudará a evitar as emissões do carbono presente no solo da floresta, que concentra 30% de todo carbono do mundo, ou cerca de 100 bilhões de toneladas. A verba será também aplicada na manutenção das áreas que já se encontram preservadas. GR

 

18 02 12
Ibama multa Norte Energia em R$ 7 milhões por atrasos em Belo Monte
Empresa foi notificada para regularizar cronograma de projeto ambiental.
Consórcio diz que adotará procedimentos cabíveis, inclusive recurso.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em R$ 7 milhões o consórcio Norte Energia S.A., responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), por "atrasos constatados na implementação do Projeto Básico Ambiental (PBA)".

Além da multa, o Ibama notificou a empresa a elaborar plano de ação para regularizar o cronograma dos programas ambientais. Leia mais
07 02 12
MILÃO SE PREPARA PARA GANHAR 
‘TORRES-FLORESTA’

Em meio a edifícios urbanos, uma verdadeira floresta vertical, com centenas de árvores e milhares de arbustos. A ideia, que à primeira vista pode parecer utópica, está ganhando corpo em Milão, onde estão em construção as torres propostas pelo arquiteto italiano Stefano Boeri e por seus colegas Gianandrea Barreca e Giovanni La Varra, do escritório Boeri Studio.

Com 80 e 112 metros de altura, os dois edifícios habitacionais hospedarão 480 árvores de médio e grande porte (de 6 a 9 metros de altura), 250 árvores de pequenas dimensões, 11 mil espécies de forrações e 5 mil arbustos. Toda essa vegetação corresponde a 10 mil m² de floresta. A concretização do projeto exigiu dois anos de desenvolvimento, um trabalho conjunto entre arquitetos, engenheiros e botânicos.

Para que se tenha em mente sua complexidade, basta pensar que um apartamento no 20º andar poderá ter, em seu jardim, um carvalho de 9 metros de altura.


 O incremento da biodiversidade pela criação de um ecossistema com diversos tipos de vegetação é, para Stefano Boeri, a principal virtude da proposta. “Este é um projeto-manifesto que pretende dar voz a uma visão menos antropocêntrica da realidade urbana em favor de uma maior biodiversidade e interação entre as espécies”, defende o arquiteto, acadêmico, ex-diretor da revista Domus e hoje à frente da revista Abitare.

 
 Mas a “pele verde” dos edifícios promete diversas outras vantagens: protege da radiação solar, funciona como barreira contra a poluição acústica, filtra a poeira e restabelece a umidade do ar ao seu redor. O projeto se propõe, ainda, como um grande “outdoor ecológico”, segundo Boeri, “oferecendo um panorama mutante ao olhar da metrópole”. A seleção das espécies utilizadas foi feita conforme sua altura e posição nas fachadas, para que a aparência das torres se transforme ciclicamente, de acordo com as estações do ano.
A conclusão da obra está prevista para 2013. Enquanto isso, as plantas que serão inseridas nos edifícios estão sendo pré-cultivadas em viveiros, para que se adaptem às condições de que irão dispor quando estiverem implantadas. Espera-se que o projeto inspire o surgimento de novas “florestas verticais” mundo afora. (WINNIE BASTIAN) -  Leia CV
29 01 12
Quebra-cabeça de elétrons resolvido 
partículas de tempestade solar com lágrimas
Pesquisa: Verônica Silva - Direto da Alemanha
O misterioso desaparecimento de elétrons energéticos no cinturão de radiação da camada externa da terra durante alguns flares solares é elucidado. As partículas elementares aparentemente rápida das rajadas de vento solar são evaporadas no espaço.
Um alto nível de atividade na superfície do sol: A tempestade sol em 24  Janeiro atingiu a Terra, era o mais forte desde 2003.

29 01 12
Durante muito tempo fortemente magnética a lua esfria mais tarde do que o esperado
Pesquisa: Verônica Silva - Direto da Alemanha
A lua é fria, mas uma vez que é o satélite da Terra tem um dínamo interno, um campo magnético. 
E isto vem acontecendo pelo menos meio bilhão de anos e foram mais fortes do que se pensava anteriormente. 
Thomas Reiter, Chef für Bemannte Raumfahrt und Missionsbetrieb und Leiter des ESA-Kontrollzentrums, stellt in Darmstadt vor einer Mond-Aufnahme das europäische Raumfahrtprogramm für 2012 vor.
27 01 12
No FST, Greenpeace critica novo Código Florestal, Belo Monte e termelétricas
Representante da ONG defendeu a busca por alternativas à chamada economia verde

Valter Campanato | Agência Brasil
O coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Pedro Torres, defendeu nesta quinta-feira (26/1) a busca por alternativas à chamada economia verde e condenou obras como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, PA.

“O capitalismo está em crise e isso é um consenso que nos une a Davos [onde ocorre o Fórum Econômico Mundial], mas a economia verde não é a solução para essa crise”, disse. “Devemos pensar quais são as alternativas, para quem e como”, completou Torres durante evento no segundo dia de debates do Fórum Social Temático (FST) 2012, em Porto Alegre, RS.

Torres explicou que a Usina de Belo Monte deverá gerar mais energia para empresas amazônicas do que para a própria população da região afetada pelas obras. Ele alertou ainda que a cidade de Altamira, uma das mais impactadas, já soma 100 mil habitantes em razão das obras, mas sem melhorias na infraestrutura.

Investimentos em energia nuclear, segundo ele, também não são uma alternativa à crise. Durante o debate, o ativista lembrou os riscos evidenciados no acidente da Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, que em março completa um ano. “O Brasil continua insistindo nessa energia que é suja, cara e perigosa”, disse.

Sobre a Usina Nuclear Angra 3, no município de Angra dos Reis, RJ, Torres ressaltou que quase R$ 8 bilhões de recursos públicos provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já foram investidos. O dinheiro, segundo ele, poderia e deveria ser usado em outras fontes de energia.

Outra questão abordada pelo ativista trata da aprovação do novo Código Florestal no Congresso Nacional. Para ele, a discussão vai além do ambientalismo, já que os interesses do setor ruralista, baseados na derrubada de florestas, representam uma afronta à lei brasileira.

“Devemos buscar o diálogo de uma maneira mais livre. Muitos movimentos e organizações estão presos a agendas impostas pelas grandes empresas. Temos que ter a liberdade de criticar essas empresas, de criticar os governos que são poluentes. Senão, não adianta ter Rio+20 e Fórum Social”, disse. “Com essa agenda ambiental negativa que a gente tem, uma outra economia vai ser difícil”, destacou. GR
 

09 01 12
Sem fiscalização, madeira ilegal é levada do Brasil para o Peru
Lanchas da Polícia Federal para coibir contrabando estão paradas
05 01 12
Mudança do clima impacta primeiro espécies nativas, diz estudo
Dificuldade de adaptação pode extinguir animais e vegetais de microáreas.
Pesquisa diz ainda que mortalidade de espécies pode estar subestimada.

Vista aérea da Floresta Amazônica cortada pelo Rio Amazonas (Foto: Divulgação)
Espécies nativas, que vivem em áreas específicas, podem ser as primeiras a desaparecer devido à mudança climática, indica uma pesquisa feita por cientistas dos Estados Unidos, divulgada nesta quarta-feira (4).

Segundo os autores, especialistas em biologia das Universidades de Connecticut e de Washington, estudos já realizados e que abordam o aquecimento global não contemplariam interações que já ocorrem na biodiversidade (animais e vegetais), como a movimentação e competição entre espécies. Tais fatores não considerados até então podem subestimar a extinção de espécies.

De acordo com Mark Urban, principal responsável pelo estudo, já existem provas de que animais e plantas já se movem em resposta às alterações no clima.

Ele cita como exemplo que, devido à elevação da temperatura, espécies que não podem receber calor devem se deslocar para altitudes mais elevadas, onde o frio é predominante. Entretanto, de acordo com os cientistas, nem todas as espécies conseguirão se dispersar rapidamente e podem morrer por isso, tendo seu lugar ocupado por outra espécie. Leia mais
 

 

17 12 11
Cientistas do Brasil fazem expedição até o Polo Sul para estudar clima
Expedição embarca nesta sexta-feira até o Círculo Polar Antártico.
Objetivo será analisar evolução climática nos últimos 500 anos.

Capa de gelo flutuante na região da Antártida, já com rachaduras. (Foto: Michael Van Woert / NOAA /  Divulgação)
Cientistas brasileiros e chilenos iniciam nesta sexta-feira (16) uma viagem ao Polo Sul, justo quando se completam 100 anos da chegada do explorador norueguês Roald Amundsen, para extrair um cilindro de gelo que permitirá compreender a evolução do clima nos últimos 500 anos.

Segundo informou o Instituto Antártico Chileno (Inach), a expedição, composta por 15 brasileiros e dois chilenos, partirá nesta sexta da cidade chilena de Punta Arenas, no extremo sul do continente americano. O grupo viajará ao Círculo Polar Antártico e chegará à geleira União, situada na Cordilheira Heritage, nas montanhas Ellsworth, onde deve permancer por 35 dias sob a temperatura de 35 graus negativos. Veja mais...
 

 

13 12 11
Após acordo climático, mercado europeu de carbono sofre baixa
Cotação de créditos de carbono operou em ligeira queda nesta segunda.
Países acordaram sobre a criação de plano global para reduzir emissões.

COP 17 (Foto: Schalk van Zuydam/AP)


A cotação dos créditos de carbono na União Europeia operou em ligeira baixa na manhã desta segunda-feira (12), já que os preços baixos dos recursos energéticos e a crise da dívida na zona do euro contrabalançam o otimismo gerado pelo acordo do fim de semana na conferência climática da ONU em Durban.

No último domingo (11), cerca de 200 países participantes da conferência de Durban chegaram a um acordo que prevê a definição, até 2015, de um tratado climático que obrigue os maiores poluentes do mundo a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa a partir de 2020.

Mas fontes do mercado disseram que a reação positiva inicial se deveu mais a um sentimento de alívio do que a fundamentos econômicos. Às 8h (hora de Brasília), o Crédito da UE para uso em dezembro de 2011 era negociado a 7,74 euros no mercado futuro ICE, com baixa de 1% em relação ao valor de sexta-feira.

O contrato de referência do mercado de carbono chegou a ser negociado por 8,32 euros durante a manhã, seu maior valor no mês, mas depois recuou em cerca de meio euro. Leia mais...

10 09 12
Lontras ajudam indiretamente a reduzir CO2 na atmosfera, diz estudo
Animais espantam ouriços-do-mar, que consomem algas marinhas.
Um dos papéis das algas é absorver grande quantidade de gás carbônico.
Lontras (Foto: Divulgação/Arthur Morris/University of California Santa Cruz)

Um novo estudo feito por pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia em Santa Cruz sugere que aumentar a população de lontras-marinhas poderia contribuir, indiretamente, para a redução de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, – um dos principais gases causadores do aquecimento global.

Isto porque, segundo a pesquisa descrita esta semana na revista científica "Frontiers in Ecology and the Environment", esses mamíferos são capazes de espantar ouriços-do-mar, que se alimentam de algas marinhas. Essas algas, por sua vez, são responsáveis por absorver grandes quantidades de CO2 da atmosfera.

Segundo o professor de ecologia e biologia evolutiva Chris Wilmes, um dos autores do trabalho, foram combinados mais de 40 anos de dados sobre lontras e algas encontradas na Ilha de Vancouver, no oeste do Canadá.

O pesquisador diz que as lontras marinhas têm um efeito indireto positivo sobre a biomassa de algas. Ele explica ainda que os ouriços-do-mar se escondem em fendas e evitam se alimentar de restos de algas com a presença das lontras, aumentando o trabalho de absorção de CO2 pelos vegetais aquáticos, por meio do processo de fotossíntese.

De acordo com o estudo, a divulgação sobre o aumento da população de lontras não resolve totalmente o problema das emissões de gás carbônico, mas essa é uma forma de alertar sobre a necessidade de incluir a preservação dos animais em modelos climáticos e métodos de captura de carbono. Saiba mais


06 09 12
Chuva no país cairia até 21% devido ao desmate da Amazônia, diz estudo
Perda de vegetação no bioma afetaria precipitações até 2050.
Estudo britânico foi publicado na edição impressa da 'Nature' desta quinta.
Vista aérea da floresta amazônica  (Foto: AFP) 

O desmatamento em grande escala da Amazônia pode provocar até 2050 uma diminuição das chuvas de até 21% durante a estação seca e de 12% durante a estação úmida, segundo estudo britânico publicado nesta quirta-feira (6) na edição impressa da revista "Nature".

De acordo com Dominick Spracklen, químico e autor do artigo principal da publicação, as florestas aumentam a quantidade de chuva. Mas a redução na cobertura vegetal da Amazônia pode causar uma grande redução do volume de precipitação no Brasil.

Spracklen e sua equipe de cientistas da Universidade de Leeds, da Inglaterra, estudaram como a densidade das florestas afeta o volume de chuvas entre os trópicos, a partir de dados obtidos por satélite. A vegetação leva a umidade da terra em direção à atmosfera, no processo conhecido como evapotranspiração, influenciando na quantidade de chuva.

O grupo de Spracklen descobriu que o vento que atravessa áreas densas da floresta produz, dias depois, o dobro de chuvas que o ar que circula entre uma vegetação menos espessa. A floresta amazônica e as florestas tropicais do Congo são os lugares onde a vegetação tem maior efeito sobre o regime de chuvas, detalhou Spracklen. Saiba mais


13 08 12
Os Kayapó e a luta contra a usina hidrelétrica Belo Monte
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Mais uma vez a usina hidrelétrica Belo Monte, no Pará, aparece no noticiário. Na semana passada, atendendo ao pedido do procurador da República Rodrigo T. da Costa e Silva, em Altamira, PA, o juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo, mandou suspender o licenciamento da obra.

A razão principal é o levantamento de impactos sobre as comunidades ribeirinhas e indígenas não possuir os fundamentos necessários. As três empreiteiras responsáveis pelo estudo (Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez) não teriam realizado uma análise antropológica adequada; e o componente antropológico não teria sido integrado ao ambiental. O Ibama também leva a culpa, pois teria aceitado o documento incompleto. O procurador da República considerou o fato como “inadmissível”.
Há três anos, participei de uma reunião de lideranças Kayapó, em Piaraçú, um conjunto de casas à margem direita do rio Xingu. Dentro de uma longa oca, estavam reunidos cerca de 200 caciques e guerreiros Kayapó – ou Mebêngokré, como se autodenominam. Debatiam sobre usina Belo Monte. Todos tinham a parte alta do rosto, do nariz até a testa, pintada de negro, como uma máscara. Metade dos indígenas levava cocares flamejantes; vários traziam em suas mãos bordunas e flechas. Pareciam estar prontos para a guerra.
Lideranças Kayapó se reuniram em Piaraçú em 2006 para protestar contra a construção da usina hidrelétrica Belo Monte.
Reconheci alguns índios legendários, como Raoni, Payakã e Megaron, o coordenador da reunião. Também havia brancos de renome, como Sydney Possuelo, um dos últimos sertanistas brasileiros e ex-presidente da Funai.
O encontro foi histórico. Pela primeira vez, as principais lideranças Kayapó, representando 19 aldeias, estavam reunidas sob um único teto de palha. Durante os primeiros dias da reunião, os guerreiros discutiram sobre a situação de sua gente e de suas terras. Para os Kayapó, a maior dificuldade é a relação confusa com a sociedade branca – que sempre cobiça seus territórios – e a constante ameaça de invasão de grileiros.
Kayapo


Um indígena com um vistoso cocar na cabeça participa da reunião que congregou mais de 200 caciques Kayapó.

“Nós não deixa madeireiro entrar nas nossas terras. Nem garimpeiro, fazendeiro, posseiro e caçador”, clamou Raoni, chefe indígena que foi manchete de jornais em 1989, quando divulgou mundialmente a luta indígena, com o apoio do cantor Sting. Com mais de 70 anos de idade e usando um largo botoque, um disco de madeira em seu lábio inferior, o chefe demonstrava vitalidade e autoridade. Durante a reunião, ao falar, todos o escutavam atentamente. A mensagem de Raoni era clara: nada de negociatas com os brancos.

Paulinho Payakã foi um dos que conheceu bem esses altos e baixos de se relacionar com a sociedade branca. Cinquentão de cabelos ralos e grisalhos, Payakã afirmou que “a reunião aqui em Piaraçú sobre a usina Belo Monte mostrou que todos nós, Mebêngokrê, estamos mais unidos do que nunca. Somos um povo forte e as novas gerações continuarão a nossa luta.”

Na tarde do último dia do encontro, duas cuias com pasta de urucum entraram na longa oca. A pintura vermelha foi levada ao rosto dos índios, desenhando traços retilíneos e colorindo a parte inferior da face, que rodeia a boca. Se a cor negra simboliza a guerra, o vermelho representa a vitória. “Recebemos a notícia de que a obra da represa Belo Monte, que teria um grande impacto negativo em nossas terras, teve seu licenciamento ambiental suspenso pela Justiça Federal. Para nós, é uma vitória”, disse o líder Megaron.

Kayapo


Depois da reunião, os líderes Kayapó se organizaram para a foto oficial do encontro. Raoni, sentado no banco, do lado direito, é o único que porta um botoque no lábio inferior. 
Aquele encontro em 2006 marcou uma vitória para o povo Kayapó. O projeto foi alterado e a versão atual da usina Belo Monte não traz grandes impactos às terras dos bravos guerreiros. As vítimas de hoje são outras tribos, particularmente as das etnias Juruna e Arara da Volta Grande. Segundo a Eletronorte, a nova barragem não deve inundar nenhuma terra nativa. Mas a vazão do rio Xingu será alterada consideravelmente, o que afetará a navegação e a pesca, principal sustento dos indígenas.

Além disso, quando aprovada, a obra deverá atrair 100 mil pessoas para a região. É dessa pressão que os Kayapó têm receio. Afinal suas terras – como qualquer território indígena – continuam extremamente vulneráveis.

Kayapo


Menino de uma aldeia Kayapó, ornado de colares e miçangas tradicionais. Rocará ele seus trajes e suas pinturas tradicionais por roupas ocidentais? E sua maneira de pensar, também mudará?

Época

12 07 12
Tributo a Gameleira Formosa
 
Um dia foi frondosa, sombreira, majestosa, por décadas foi um ícone até mesmo quando esse nome nem era conhecido.

Na praia Formosa foi plantada, cresceu foi referencia, e a sua volta crianças, famílias, brincavam, cresciam, viviam e amavam.

Muitos beijos, declarações de amor a gameleira ouvia, e ao som dos pássaros tudo se transformava em harmonia. 

 
Uma sinfonia majestosa podia ser escutada a toda hora do dia, pois ao som do vento soprando nos galhos e folhas, acompanhadas pelo som das ondas do mar os pássaros, vários, em diversos tons e arranjos, faziam composições que varavam o dia onde as pessoas brincavam e namoravam ao luar. 

Foi linda sua existência, foi feliz por poder proporcionar tanto prazer, mas um elemento que não pode ser esquecido, nos fez acordar, foi o tempo que passou e foi percebido, levando com ele a saúde da árvore secular.

Foi um choque, todos ficaram perplexos e ao ver seus galhos ao chão, buscaram culpados, gritaram nas redes sociais, tentaram mudar o destino traçado, mas a gameleira jaz, está morta, seu tempo como o nosso também chega ao fim, e com ela voltam às lembranças, brota a saudade, nos faz meditar. 

 
Da gameleira tão linda, da nossa infância também finda, no solo vai descansar. Mas quem sabe em seu lugar para alegria de todos, outra gameleira seja plantada e assim as novas gerações vão poder viver toda alegria de poder desfrutar de sua sombra, e ouvir a mais linda sinfonia, que só o acaso pode criar e poucos humanos perceber, que a magia da vida é nascer, crescer e morrer. 


Texto e Imagens de Fred William 

Estivemos no local e registramos imagens lindas para que possamos guardar em nossa mente a beleza dessa formosa árvore. 


Para ilustrar esse momento também incluímos na cena a nossa modelo exclusiva, Márcia Dutra assim o cenário fica completo, com tudo que tem direito, uma árvore que foi tão bela com a bela na praia Formosa.

Exclusivo Portal Cabedelo Notícia
11 07 12
Obra destrói milhares de ovos de tartaruga, dizem ambientalistas
Organização divulgou fotos de tratores trabalhando em praia caribenha.
Governo de Trinidad e Tobago tenta conter erosão causada por rio.

Imagem divulgada pela organização Papa Bois nesta terça-feira (10) mostra máquina empurrando areia ao lado de ovos e filhotes de tartaruga. (Foto: Papa Bois/AP)

Milhares de ovos e filhotes de tartaruga foram destruídos por tratores numa praia na ilha de Trinidad, em Trinidad e Tobago, de acordo com denúncia de ambientalistas. O local é considerado um dos principais pontos de desova da maior espécie de tartaruga marinha. A obra está sendo executada por máquinas do próprio governo, para desviar um rio que ameaça um hotel com a erosão de suas águas.

O hotel recebe muitos hóspedes interessados justamente em testemunhar a reprodução das tartarugas, informa a agência AP. A organização ambientalista Grande Riviere, que atua no local, estima que até 20 mil ovos foram destruídos pelos tratores ou comidos por animais depois que a areia que os encobria foi tirada. G1


15 06 12
Índios das Américas se unem em defesa do meio ambiente na Rio+20
Cerca de 350 indígenas participaram na cerimônia, em Jacarepaguá.
Brasileiros, canadenses e guatemaltecos estão reunidos na Kari-Oca.

Índios das três Américas se reuniram nesta quarta-feira (13) na Aldeia Kari-Oca, construída na colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, e declaram que vão juntar forças para entregar um documento aos representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Rio+20, como foi feito na Rio92, quando redigiram a Carta da Terra, com 109 recomendações focadas na soberania indígena.



Eles reclamaram que não foi oferecido pela ONU um espaço para os índios participarem dos debates sobre desenvolvimento sustentável, economia verde, responsabilidade social e mudanças climáticas e outros temas da Rio+20. 


15 06 12
Ampliação do programa Municípios Verdes será proposta na Rio+20
Ações em outros municípios tornaria o desmatamento desnecessário.
Em Novo Repartimento, áreas degradadas estão sendo recuperadas.
Município de Paragominas foi o primeiro a implantar o projeto Municípios Verdes (Foto: Evandro Corrêa/ O Liberal)

Casos bem sucedidos no programa Municípios Verdes serão apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) do Pará na conferência Rio +20, na próxima sexta-feira (15). A proposta é que os demais estados da região Norte adotem o programa, que incentiva produtores rurais a investir na produtividade da terra, evitando novos desmatamentos. O órgão vai discutir como a parceria entre os setores público e privado pode colaborar na busca de soluções locais para desenvolver a sustentabilidade socioambiental. O debate será aberto ao público. Saiba mais

10 06 12
Entreviste os líderes indígenas Raoni e Megaron
ÉPOCA vai selecionar as melhores perguntas dos leitores para os líderes do povo Kayapó, que estarão no Rio de Janeiro para participar da Rio+20

O líder indígena Raoni Metuktire, do povo Kayapó, em foto de 2009 (Foto: Divulgação)
Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe são dois dos principais líderes indígenas do Brasil. Kayapós de Mato Grosso, entraram em contato pela primeira vez com os não-índios na década de 1950, em expedição dos irmãos Villas-Bôas que resultou, décadas depois, na criação do Parque Indígena do Xingu. Eles aprenderam português com os Villas-Bôas, e passaram a atuar na defesa de direitos políticos e na demarcação de terras indígenas.

Raoni ganhou notoriedade no final da década de 1980. Junto com o cantor Sting, ele percorreu 17 países pedindo recursos para enfrentar o desmatamento e ajuda para impedir a construção da hidrelétrica de Kararaô, no rio Xingu. O projeto foi barrado na época, mas nos anos 2000 foi retomado pelo governo brasileiro, com o nome de Belo Monte.

A luta contra a usina de Belo Monte já gerou problemas para os líderes. Megaron, que foi o primeiro indígena a assumir um posto de chefia no Parque Indígena do Xingu e atuava desde 1995 na Funai de Mato Grosso, foi exonerado de seu cargo em outubro do ano passado. A demissão revoltou os kayapós, que disseram que foi motivada pela atuação de Megaron em protestos contra a usina de Belo Monte. A Funai negou motivação política na exoneração.

Raoni e Megaron estarão no Rio este mês, para a conferência das Nações Unidas Rio+20. Eles vão divulgar o Fundo Kayapó, um fundo de investimentos que busca criar alternativas econômicas para os povos indígenas e reforçar o monitoramento de seu território.

No Rio de Janeiro, antes da Rio +20, eles vão responder às perguntas do leitores de ÉPOCA. Envie a sua por meio da área de comentários abaixo. Não se esqueça de preencher os campos com nome, sobrenome e e-mail. ÉPOCA


29 05 12
'Diário Oficial' publica justificativas de Dilma aos vetos do Código Florestal
Texto da lei ambiental com mudanças saiu nesta segunda-feira.
Segundo a presidente, vetos parciais atendem 'interesse público'.


A presidente Dilma Rousseff justificou no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (28) os vetos parciais e modificações feitas no Código Florestal alegando “contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade” no projeto aprovado na Câmara.

Com o texto da lei ambiental, foi publicada ainda a Medida Provisória (MP) que torna mais rígidas as regras do novo Código Florestal. A medida visa suprir os vácuos deixados com os 12 vetos da presidente ao novo código.

Além dos vetos, o governo fez 32 modificações ao texto. Dilma vetou os artigos 1º, 43º, 61º, 76º e 77º e realizou vetos parciais em parágrafos e incisos dos artigos 3º, 4º, 5º e 26º.

Os vetos terão de passar pela análise dos parlamentares, em sessão conjunta da Câmara e do Senado e só podem ser colocados em pauta pelo presidente do Congresso, atualmente José Sarney. Não há prazo para serem votados. Para derrubá-los, é necessário o apoio de dois terços dos parlamentares. Desde a redemocratização, somente três vetos presidenciais foram rejeitados pelo Parlamento.

Já a MP tem até quatro meses para ser votada, sem perder a validade. Se aprovada na Câmara, vai ao Senado e, caso alterada, volta para a análise dos deputados.

Definição do Código Florestal
No artigo 1º, que define o objetivo do Código Florestal, a presidente alegou veto ao texto devido à ausência de precisão "em parâmetros que norteiam a interpretação e a aplicação da lei".

O texto da Câmara havia cortado itens apresentados no projeto do Senado que reconheciam as florestas e demais vegetações nativas como bens de interesse comum, com a reafirmação do compromisso de protegê-las, além de reconhecer a importância de conciliar o uso produtivo da terra com a proteção das florestas.

Descanso dos solos
Dilma vetou o inciso XI do artigo 3º, que trata sobre o pousio, prática de interrupção temporária de atividades agropecuárias para recuperar a capacidade de uso dos solos. Segundo a justificativa da Presidência, o inciso não estabelece um período de descanso da terra. Essa ausência, segundo o texto do "Diário Oficial", impede fiscalização efetiva sobre a prática de descanso do solo.

Apicuns, salgados e zonas úmidas
O parágrafo 3º do artigo 4º também foi vetado, segundo o "Diário Oficial". A regra não considerava apicuns e salgados (planícies salinas encontradas no litoral que são continuidade dos mangues) como Áreas de Preservação Permanente (APPs), e excluía ainda as zonas úmidas.

O texto da Câmara passava a considerar margem natural de rios a partir da borda da calha do leito regular (fio de água) e não mais o nível mais alto dos cursos d’água (zonas consideradas úmidas, mas que ficam inundadas nos períodos de cheia).

Segundo Dilma isso afetaria os serviços ecossistêmicos de proteção a criadouros de peixes marinhos ou estuarinos, bem como crustáceos e outras espécies.

Margens de rios em zonas urbanas
O despacho trouxe ainda o veto aos parágrafos 7º e 8º do artigo 4, que se referem à delimitação das áreas de inundação em rios localizados em regiões urbanizadas (cidades). De acordo com o projeto da Câmara, a delimitação seria determinada pelos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo dos municípios.

De acordo com a justificativa de veto da Presidência, a falta de observação de critérios mínimos de proteção ambiental nessas áreas marginais (que evitariam construções de imóveis próximos a margens de cursos d’água, por exemplo) poderia afetar a prevenção de desastres naturais e proteção de infraestrutura.

Uso de reservatórios artificiais
Sobre a criação de parques aquícolas (criação de espécies aquáticas, como peixes, crustáceos e outros organismos) e polos turísticos em regiões próximas a reservatórios artificiais (barragens), o veto se refere ao possível “engessamento” do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial”. Entretanto, deixa em aberto a discussão sobre como melhor adequar essas atividades.

Desmate autorizado em florestas da União e dos municípios
Segundo justificativa da presidente Dilma para vetar os parágrafos 1º e 2º do artigo 26, que tratam da definição de quais áreas de preservação podem ser desmatadas de forma legal para uso alternativo do solo (como atividades agropecuárias), o projeto da Câmara aborda de forma “parcial e incompleta” essas normas.

De acordo com o "Diário Oficial", já existem regras disciplinadas sobre o assunto na Lei Complementar 140, de 8 dezembro de 2011.

A norma citada prevê cooperação entre os poderes municipal, estadual e federal na proteção de paisagens naturais, combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e flora, dando mais autonomia, por exemplo, aos governos estaduais e/ou municipais em ações que fiscalizam atividades ilegais de desmate ou caça.

Recomposição de bacias hidrográficas
No artigo 43, sobre a recuperação de Áreas de Preservação Permanente para empresas concessionárias de serviço de abastecimento de água e de geração de energia hidrelétrica, o veto se deu pois “o dispositivo impõe o dever de recuperar APPs em toda bacia hidrográfica em que se localiza o empreendimento e não apenas na área no qual este está instalado”. De acordo com o veto, “trata-se de obrigação desproporcional".

Recuperação das margens de rios
No artigo 61, que trata das regras de recomposição da vegetação nas beiras de rio, e que levantou polêmica no Congresso devido à possibilidade de anistia a quem desmatou antes de 22 de julho de 2008, o veto foi feito “devido à redação imprecisa e vaga, contrariando o interesse público e causando grande insegurança jurídica quanto à sua aplicação”.

De acordo com a publicação no Diário Oficial, o dispositivo “parece conceder uma ampla anistia” a quem desmatou de forma ilegal até 22 de julho de 2008. A justificativa da presidente Dilma afirma ainda que tal fato “elimina a possibilidade de recomposição de uma porção relevante da vegetação do país”.

Sobre a recomposição das margens de rios, a justificativa da presidente informa que ao incluir regras apenas para rios com até dez metros de largura, “silenciando sobre os rios de outras dimensões e outras APPs”, o texto do projeto da Câmara deixaria uma “grande incerteza” aos produtores brasileiros.

O despacho informa ainda que o texto da Câmara não levou em conta a desigualdade fundiária do país para estabelecer o tamanho das áreas para reflorestamento e informa dado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), apontando que 90% dos estabelecimentos rurais possuem até quatro módulos fiscais e ocupam apenas 24% da área rural do país.

Conservação dos biomas brasileiros
No artigo 76, sobre a criação de projeto de conservação e regeneração dos biomas brasileiros, como a Amazônia e o Cerrado, Dilma vetou alegando que o dispositivo fere o princípio da separação dos Poderes ao firmar prazo para que o Chefe do Executivo encaminhe ao Congresso Nacional proposição legislativa. No projeto da Câmara, previa-se que o governo teria prazo de três anos, a partir da publicação da lei, para elaborar proposta.

Impacto de empreendimentos no meio ambiente
Sobre a criação de um instrumento de apreciação do poder público para medir possíveis impactos ambientais na instalação de obras, denominado “Diretrizes de Ocupação do Imóvel”, apresentado no artigo 77 do projeto da Câmara, Dilma vetou alegando que o dispositivo foi aprovado sem que houvesse definição sobre seu conteúdo o que poderia causar "insegurança jurídica para os empreendedores públicos e privados”. Veja mais


25 05 12
De Bhopal, a Índia quer entregar resíduos tóxicos á Alemanha
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
A cidade indiana de Bhopal é conhecida por seu desastre tóxico da empresa dos EUA Union Carbide. Milhares de pessoas morreram na década de 1980 , mais de 100.000 adoeceram em conseqüência. Agora a cidade é confortável, com uma gestão de resíduos alemãs para o negócio - e vai entregar 350 toneladas de resíduos tóxicos.

Ainda assim, a ex-União Carbide planta está localizada na cidade indiana central - embora fora de ordem.

Ainda assim, as pessoas em Bhopal sob as sequelas do desastre.
20 05 12
Toneladas de CO2 livres, reduzem drasticamente a vida marinha
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
Prados dos seagrass fornecer muitos tipos de habitat.

Nos prados de algas marinhas dos mares do mundo e os oceanos existem grandes quantidades de carbono armazenado. Pode ser que haja um bom crescimento quantidades enormes de registo de dióxido de carbono e absorver o carbono resultante nas raízes e caule. Saiba mais
 

12 05 12
Documento da Rio+20 será resumido, diz embaixador Figueiredo
Negociadores devem apresentar 'novo texto de síntese' até dia 22.
Texto de conferência vem sendo negociado em Nova York.

O secretário executivo da Comissão Nacional para a Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, em evento realizado nesta sexta-feira (11) no Rio de Janeiro. (Foto: Dennis Barbosa/G1)

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, secretário-executivo da Comissão Nacional para a Rio+20, disse nesta sexta-feira (11) que os negociadores do rascunho que será debatido na conferência estão preparando até dia 22 de maio uma síntese que seja "mais próxima" do que efetivamente será o resultado da reunião, que acontece em junho.

Esse rascunho, sobre o qual haverá nova rodada de negociações a partir do dia 28 de maio, na sede da ONU, em Nova York, chegou a ter 278 páginas, com texto em boa parte ainda entre colchetes, ou seja, passível de mudanças durante as negociações.

A Rio+20 recebe este nome por ocorrer vinte anos depois da Rio 92 (também conhecida como Eco 92), considerada a maior conferência sobre meio ambiente já realizada, que popularizou o conceito de "desenvolvimento sustentável". A cúpula da ONU ocorre de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.

"Agora ele [o rascunho] não tem necessariamente um número específico de páginas porque os copresidentes do processo estão preparando um novo texto de síntese com base nos debates", disse o diplomata. "O texto que se manejará na rodada que começa no dia 28 [de maio] será um texto bastante enxuto e muito mais próximo daquele que deverá ser finalmente adotado durante a conferência", acrescentou.

11 05 12
Reação em cadeia na Antártida
o gelo ameaçou deslizar
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
A plataforma de gelo Filchner-Ronne, uma folha grande de gelo. 
Até agora, eles pareciam muito pouco afetadas pela mudança climática. 

Nas próximas décadas, pode haver na Antártida, uma reação em cadeia devastador.
09 05 12
Ilha de lixo no oceano Pacífico aumentou 100 vezes de tamanho
Área de 'lixão' no meio do oceano é maior que a de Minas Gerais.
Poluentes estão atrapalhando a sobrevivência da vida marinha.

O enorme redemoinho de lixo plástico flutuante do norte do Pacífico aumentou cem vezes nos últimos 40 anos, revelou um artigo que será publicado nesta quarta-feira (9). Cientistas alertam que a "sopa" de microplástico - partículas menores a que cinco milímetros - ameaça alterar o ecossistema marinho.


No período entre 1972 e 1987, nenhum microplástico foi encontrado em amostras coletadas para testes, destacou o artigo publicado no periódico Biology Letters, da Royal Society.

Mas atualmente, os cientistas estimam que a massa de lixo conhecida entre os cientistas como "Giro Subtropical do Norte do Pacífico (NPSG, na sigla em inglês) ou Grande Mancha de Lixo do Pacífico, ocupe uma área maior que o estado de Minas Gerais.

"A abundância de pequenas partículas plásticas produzidas pelo homem no Giro Subtropical do Norte do Pacífico aumentou cem vezes nas últimas quatro décadas", destacou um comunicado sobre as descobertas feitas por cientistas da Universidade da Califórnia.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 13 mil partículas de lixo plástico são encontradas em cada quilômetro quadrado do mar, mas o problema é maior no Norte do Pacífico.

As partículas plásticas estão sendo aspiradas pelas criaturas do mar e pelas aves e a mistura é rica em produtos químicos tóxicos.

O estudo diz que o NPSG fornece um novo hábitat para insetos oceânicos, denominados "gerrídeos", que se alimentam de plâncton e ovos de peixes e, por sua vez, viram comida de aves marinhas, tartarugas e peixes.

Os insetos, que passam toda a vida no mar, precisam de uma superfície dura onde depositar seus ovos, antes limitada a itens relativamente raros, como madeira flutuante, pedras-pome e conchas marinhas.

Se a densidade do microplástico continuar a crescer, o número de insetos aumentará também, alertaram os cientistas, "potencialmente às custas de presas como o zooplâncton e os ovos de peixes".


A quantidade de lixo jogadas ao mar, produz deformidades a vida animal como essas na foto acima, entre outras, por não estarem preparados para lidar com os detritos - essa tartaruga sofreu uma deformação anatômica por ter preso ao seu casco um anel de plastico. Saiba mais

06 05 12
WLAN em vez das pilhas: 
Internet grátis para proprietários do cão
Pesquisa: Verônica Silva - direto da Alemanha
Exemplo que deve ser seguido!
Os donos de cães na Cidade do México tem todos os motivos para comemorar. Recentemente eles podem trocar o cocô de seu amigo de quatro patas agora por acesso Wi-Fi: a troca do cocô é simples é na "WiFi Poo" throw-ton e esperar para desbloquear a internet. Esta boa ideia já está sendo testado em dez parques.

Wi-Fi gratuito para os resíduos cão.  Isto levanta as operadoras de telefonia móvel no México antes de Terra em um comercial.  Basta usar os excrementos para "Poo WiFi" ir lance toneladas, e navegar na Internet.  (Foto: Youtube / DDB)
Wi-Fi gratuito para os resíduos cão. Isto levanta as operadoras de telefonia móvel no México antes de Terra em um comercial. Basta usar os excrementos para "Poo WiFi", e navegar na Internet. 
(Foto: Youtube / DDB)

WLAN em vez das pilhas: Internet grátis para proprietários do cão (Foto: Imago)

A operadora móvel mexicana Terra oferece na sua mais recente campanha publicitária, coletores de cão poop WiFi livre: - Houve muitas ideias para proprietários de cães se estimularem a limpar a sujeira de seus cães, mas tão louca como essa,  provavelmente nunca foi. O responsável pelo local (ver imagem) é a subsidiária mexicana da agência DDB. Como funciona: pega o cocô dos cães, deposita no "Poo-WiFi" container, e navega na Internet gratuitamente.

Poo W i- o recipiente tem uma escala  integrada , quando ativado, dependendo do peso, se tem um certo número de minutos livres para a Internet, os resíduos do cão, são trocados por tempo livre de acesso a Internet sem fio Terra. O sistema foi criado em dez parques como protótipos na Cidade do México. Parece bizarro, mas funciona: Os parques estão isentos de cocô de cachorro. E em troca de acesso Wi-Fi nos parques.
No entanto, a coleta Poo-Wi-Fi não é apenas o desperdício do cão - há muito tempo os habitantes da Cidade do México tentam colocar o seu lixo doméstico lá também, sem nenhum custo para navegar na Internet. Os donos de cães têm agora definitivamente mais um motivo para remover as fezes de seus cães. Saiba mais
19 04 12
DIA DO NATIVO BRASILEIRO
Não temos nada a comemorar!

Por: Fred William
Sobre o Infeliz comentário do Sr. Agenor Macedo no Facebook, que diz:

 "Os índios mataram mais índios, que os colonizadores. 
A imagem de pessoa pura que contam os livros de história é balela, ouvi muitos relatos de sertanistas. Não dizimaram a floresta por que são em pequeno número."


PALAVRA DE ÍNDIO
Newton Baiandeira

Eu não tenho pátria
Porque pátria é terra
E eu não tenho terra.

Eu não tenho vida
Porque vida é liberdade
E eu sou cativo.

Eu não tenho paz
Porque a paz é branca
E eu sou índio.

É importante que se perceba que independente das nações nativas brasileiras lutarem entre sí, o que é uma característica do ser humano, e de todas as espécies animais, Eles (os Nativos), estavam dentro do que era seu, lutando por seus ideais e para preservar sua cultura. NADA JUSTIFICA, o tratamento desumano dos INVASORES Europeus e muito menos justifica as ações orquestradas pelo império e depois pelo governo, retirando os nativos de suas terras ancestrais e os colocando em "RESERVAS", ou seja: Prisões a céu aberto, sem referencias, ou qualidade de vida que pudessem lhes dar dignidade, a mesma que seus guerreiros tinham quando lutavam de igual para igual com seus semelhantes. A nobreza dos nativos foi derramada em sangue, o orgulho nativo invadiu as favelas e as beira de estradas, e os "Civilizados" ocuparam com a conivência do governo seus domínios ancestrais - sertanistas, esses são os que matavam por prazer, só para exibir suas cabeças como troféus (com raras exceções). Cabe agora ao Governo Federal, indenizar os POSSEIROS LEGAIS, e devolver aos donos por direito, oferecendo-lhes todo o apoio logístico para que possam usar a terra produtivamente em benefício próprio e de todos os brasileiros, só assim será reparado esse Crime de Genocídio em que todos nós somos coniventes por omissão e concordância.
10 04 12
Floresta comestível no meio da cidade oferece alimentos gratuitos para população

Já pensou em morar na cidade e ter o privilégio de colher, a três quarteirões de casa, alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, de graça? Pois o sonho de uma floresta urbana comestível está prestes a se tornar realidade no bairro de Beacon Hill, em Seattle, nos EUA.

A paisagista e arquiteta Margarett Harrison apresentou ao governo local o projeto Beacon Food Forest*, do qual é líder, e recebeu carta branca para ocupar uma área de cerca de 20 mil m² – que, atualmente, é um vasto gramado, com bastante incidência solar – e construir umafloresta urbana comestível para a população, onde os alimentos podem ser colhidos gratuitamente por qualquer um – na época adequada, claro.

O local já começou a ser “preenchido” por Harrison e sua equipe com árvores de diferentes tipos – entre elas, de noz, castanha, maçã, pêra, goiaba e caqui –, além de ervas e arbustos de mirtilo e framboesa. O projeto ainda segue o conceito do design em permacultura, que consiste em analisar o tipo de solo do local, as plantas que podem ser cultivadas lado a lado e os tipos de insetos e outros animais que elas atrairiam para a cidade, entre outras questões, na hora de escolher o que será plantado na floresta urbana comestível.

A primeira colheita na Beacon Food Forest já está marcada para 2013 e, se tudo correr bem, o projeto será ampliado para uma área de 70 mil m². Não é à toa que a equipe do projeto está empenhada, desde já, para que tudo dê certo: cerca de seis mil folhetos explicativos sobre o funcionamento da floresta comestível já foram entregues, em cinco idiomas diferentes, para a população.

A principal recomendação dos panfletos é de que, apesar dos alimentos serem gratuitos, as pessoas colham apenas o que realmente precisam, para que todos os moradores possam usufruir da floresta urbana comestível. Será que vai dar certo?

10 04 12
Icebergs ainda representam ameaça para navegação, dizem especialistas
Cem anos após Titanic, olho continua essencial para detectar ameaça.
Bombardeios, pinturas e satélites já foram usados sem muito sucesso.
Foto mostra trabalho de resgate na área do naufrágio do Titanic (Foto: Divulgação)
Cem anos após o naufrágio do Titanic, os icebergs ainda representam uma ameaça para a navegação, segundo cientistas. Os perigos persistem apesar de tentativas variadas para prever sua localização, como pinturas, bombardeiros e rastreamento por satélite, porque o olho humano ainda é um dos meios mais correntes para detectar os blocos de gelo. Saiba mais
 

 

30 03 12
Velocidade do vento de 300 mil kmh satélite solar filma Tornado
Pesquisa: Verônica Silva - Direto da Alemanha
Hot enorme, e extremamente rápido - essas são as características de um tornado sobre o sol, filmado por um satélite. Pela primeira vez as imagens são gerenciadas como uma tempestade.
Os astrónomos já filmaram um tornado gigante no sol. O turbilhão de gás superaquecido foi várias vezes maior que o diâmetro da Terra e trouxe-a para velocidades de vento de até 300.000 quilômetros por hora muito maiores em comparação, as velocidades de vento de furacão terrestres tipicamente 150 quilômetros por hora. Xing Li e Huw Morgan, da Universidade de Aberystwyth apresentaram as imagens de satélite do sol "SDO" antes da Reunião Astronomia anglo-alemão Nacional (NAM), em Manchester. Veja mais

25 03 12

'A corrupção prejudica nosso povo', 

diz líder indígena durante fórum no AM
Almir falou da visão dos índios a respeito da economia verde.
Bianca Jagger mostrou sua opinião contrária às usinas hidrelétricas.
Almir Suruí, líder do povo Paiter Suruí, reclamou da corrupção no Brasil (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM)

Em sua palestra, no terceiro dia do Fórum Mundial de Sustentabilidade, Almir Suruí, líder do povo Paiter Suruí, reclamou da corrupção, e disse que esse é o principal motivo pelo qual os povos indígenas sofrem no país. “O que prejudica o nosso povo é a corrupção. Para o melhor atendimento das comunidades indígenas,é preciso primeiro acabar com a corrupção, e aí o governo vai poder cumprir seu papel”, disse ao G1.

Almir Suruí começou sua palestra contando a história do povo Paiter Suruí, apresentando dados históricos que mostram as consequências do contato humano com a tribo,como por exemplo, o desmatamento, as doenças trazidas pelo homem branco e a área pertencente aos indígenas nos dias atuais.
Líder foi presenteado com uma escultura de seu rosto  (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM) 
Almir falou da visão dos índios a respeito da economia verde. “Economia verde, pra gente, é o desenvolvimento sustentável, com a valorização dos produtos da floresta. Isso pode garantir também a valorização do conhecimento”

O líder indígena também apresentou o plano de gestão do povo Paiter, o ‘Plano de 50anos Suruí’, que busca a valorização da floresta em pé e que deu origem a vários outros programas dentro da comunidade indígena, envolvendo um plano de governança e estratégias que focam o desenvolvimento sustentável valorizando o povo indígena e planejando o futuro da comunidade, além de questões como negócios sustentáveis, serviços ambientais, doações que a comunidade pode receber,mudanças climáticas, entre outras.

“Nesse plano, discutimos como queremos utilizar nosso território nos próximos 50 anos”, disse Suruí.

Almir Suruí disse que a PEC 215/2000, que dá ao Congresso Nacional a prerrogativa de aprovar ou não a demarcação de terras para comunidades indígenas é um retrocesso. “As terras indígenas concentram hoje a maior parte das reservas florestais. Esse poder tem que ser do povo indígena”, afirmou o líder indígena.

Ao final de sua apresentação, Almir Suruí foi presenteado com uma escultura de seu rosto feito com peças descartáveis. A ativista Bianca Jagger, que se apresentou no evento também recebeu o presente.
Bianca Jagger mostrou sua opinião contrária às usinas hidrelétricas (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM)
 
22 03 12
SOS Mata Atlântica avalia rios brasileiros como 'ruins' ou 'regulares'
Nenhum rio analisado foi considerado bom pela ONG.
Dos corpos de água analisados, 25% foram considerados ruins.

Rio Verruga, em Vitória da Conquista (BA), foi analisado no primeiro levantamento da SOS Mata Atlântica e foi considerado "péssimo" (Foto: Divulgação / SOS Mata Atlântica)
A organização não-governamental SOS Mata Atlântica avaliou a qualidade da água de 49 rios, córregos, ribeirões, represas, lagos e açudes do país e classificou 25% como "ruim" e 75% como "regular". Nenhum dos corpos de água avaliados recebeu a classificação "bom" ou "ótimo". As análises seguem padrões do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e foram realizadas em 11 estados brasileiros entre janeiro de 2011 e março de 2012.

"O resultado é um alerta para autoridades e também para a população, para que haja uma mudança de comportamento e a adoção de atitudes capazes de reverter este quadro. A tendência da situação da água no mundo é de agravamento dos problemas, sobretudo pelo crescimento das cidades e pelo mau uso deste recurso", diz Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica.

Entre os critérios analisados estão a presença de espuma e lixo, existência de peixes, larvas, vermes e características como temperatura, turbidez, odor e contaminação por coliformes. Os 49 "corpos de água" estão localizados em cidades visitadas por projetos da organização e sofrem maior influência de esgoto e lixo. Mas, segundo Malu Ribeiro, a qualidade da água dos rios na zona rural também é crítica.

"Infelizmente, nas zonas rurais a situação também é crítica, devido ao uso intenso de agrotóxico e fertilizantes em algumas culturas, além do desmatamento de matas ciliares e áreas de proteção permanente", afirma. "Todas as grandes cidades dependem da preservação de matas em torno dos corpos de água". Saiba mais

14 03 12
Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água: Os recursos hídricos subterrâneos em risco
Pesquisa: Verônica Silva - Direto da Alemanha
Paris, 12 De março (Reuters) - O crescimento da População Mundial e a comida associado e as necessidades de energia, bem como as mudanças climáticas ameaçam recursos hídricos do Mundo.

Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água: as reservas de águas subterrâneas ameaçadas (© Foto: Reuters)

"A demanda por água aumenta, ao mesmo tempo como a mudança climática pode ameaçar a sua disponibilidade", diz o mais recente Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água das Nações Unidas. O abastecimento de água potável está em perigo, alerta a organização da ONU UNESCO ciência. Padrões de demografia, economia, estilo de vida e comportamento são os fatores mais importantes no uso da água. Saiba mais
13 03 12
Protesto em defesa do meio ambiente marca o fim da tarde desta segunda-feira (12), em frente da Assembléia Legislativa

Entidades da sociedade civil, estudantes e profissionais da área de Biologia, Ecologia, Geografia, Engenharia Ambiental da Paraíba, se reunem neste momento em frente à Assembleia Legislativa para um manifesto pacífico em defesa das florestas, manguezais, rios e mares do Brasil.

De acordo com as propostas de modificação do Código Florestal Brasileiro, vários ecossistemas serão negativamente afetados causando enormes prejuízos ambientais, econômicos e sociais a exemplo da redução das áreas de Preservação Permanente (APP), anistia para quem desmatou irregularmente, plantio em áreas de encostas e morros além da legalização da carcinicultura (viveiros de camarão) em manguezais e apicuns, onde vivem comunidades tradicionais como marisqueiras, catadores de caranguejo e pescadores artesanais. A proposta da manifestação é sensibilizar deputados federais e senadores no sentido de não aprovarem o novo código sem uma ampla discussão do tema com a sociedade. Veja mais

 

06 03 12
País abastece com gasolina e afeta metas ambientais
O aumento de venda de carros flex, que crescia sem parar desde 2003, deveria continuar no mesmo ritmo, indicou o cenário oficial. Mas no ano passado as vendas caíram pela primeira vez

 Shutterstock
A queda de 35%, ou quase 6 bilhões de litros, nas vendas de etanol nos últimos dois anos coloca em risco o cumprimento das metas de corte das emissões de gases de efeito estufa assumidas pelo Brasil.

O movimento surpreendeu o Ministério do Meio Ambiente, cujo cenário principal para emissão de gases de efeito estufa pressupunha uso crescente de etanol. A expansão do biocombustível seria responsável por uma redução de 79 a 89 milhões de toneladas de gás carbônico lançadas na atmosfera até 2020, numa contribuição entre 8% e 9% da meta total de corte das emissões com que o governo se comprometeu em 2009.

Grande parte do cumprimento da meta depende da redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, maior fonte dos gases de efeito estufa no País. A queda nas vendas de etanol ao consumidor torna ainda mais crucial o combate às motosserras.

Documento publicado pelo Ministério do Meio Ambiente no ano passado estima que as emissões de gás carbônico por veículos cresceriam até 2020 a uma média de 4,7% ao ano, por conta do aumento da frota de veículos no País. Esse porcentual já é maior do que a média de crescimento das emissões registrada num período de 30 anos, até 2009, ano em que o Brasil assumiu metas de redução das emissões de gases de efeito estufa para 2020.

Mas o cenário traçado pelo documento intitulado Inventário de Emissões Atmosféricas por Veículos Rodoviários apresentava como principal contribuição para a redução das emissões o programa de álcool hidratado. Na contabilidade oficial, as emissões de CO2 provocadas pelos veículos movidos a álcool são neutralizadas pela captura de carbono no processo de cultivo da cana-de-açúcar.

O aumento de venda de carros flex, que crescia sem parar desde 2003, deveria continuar no mesmo ritmo, indicou o cenário oficial. Em 2009, os flex já representavam 37% da frota de automóveis, e dominavam a venda de carros novos.

Mas esse cenário não se confirmou. No ano passado, as vendas de carros flex caíram pela primeira vez desde o lançamento dos motores com a tecnologia brasileira. Os licenciamentos de carros flex caíram para 83% do total de carros vendidos em 2011, o menor porcentual em cinco anos, conforme informou o Estado em fevereiro.

Futuro
A projeção do ministério de que os carros flex rodariam alternando os combustíveis numa proporção próxima a 50% também corre o risco de não se sustentar. O uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando seu preço ultrapassa 70% do valor da gasolina nas bombas. O consumidor opta pelo preço mais vantajoso na hora de abastecer, numa equação desfavorável ao etanol.

Além disso, para conter as emissões de gases de efeito estufa até 2020 no setor de energia, o governo contabilizou o aumento da oferta interna de etanol em mais de 20 bilhões de litros, como uma das principais medidas de combate ao aquecimento global.

Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram uma explosão no consumo de gasolina a partir de 2010. Em dois anos, enquanto as vendas de etanol caíam 35%, as vendas da gasolina subiam mais de 39%. Desde 2005, as vendas de gasolina registravam aumento de 2% ao ano. Em 2010, elas cresceram 17,45%. Em 2011, 18,79%, alcançando 35,4 bilhões de litros, contra 10,7 bilhões de litros de etanol vendidos no mesmo ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

 

03 03 12
Código Florestal pode ser votado até dia 6 de março
O relator da matéria, deputado Paulo Piau, deve apresentar seu relatório até 5 de 
março
Jefferson Rudy

O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que o novo Código Florestal deverá ser votado na próxima terça-feira (6/3). No mesmo dia, segundo ele, será votada a Medida Provisória 547/11, que trata da prevenção de desastres.

O relatório sobre o substitutivo do Senado ao novo Código Florestal deve ser avaliado pelos líderes partidários da base do governo em reunião prevista para o meio-dia de terça-feira. O relator da matéria, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), afirmou que apresentará seu relatório até segunda-feira (5/3).

De acordo com Vaccarezza, em linhas gerais, o governo concorda com o substitutivo aprovado pelo Senado, na parte do texto que trata das florestas. "Mas há problemas na parte referente às cidades, apresentados por um grupo de deputados", disse, referindo-se às chamadas áreas consolidadas (áreas produtivas em locais que deveriam ser depreservação ambiental). Saiba mais


25 02 12
Amazônia perde 33 quilômetros quadrados em janeiro, segundo o Imazon
O Pará liderou a devastação da floresta no mês

 Shutterstock
O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia(Imazon) detectou 33 quilômetros quadrados (km²) desmatados na Amazônia em janeiro. O instituto faz um monitoramento, paralelo ao do governo, do desmatamento da região. O número pode estar subestimado porque, no período, 88% da floresta estava encoberta por nuvens, o que impede a visualização da área pelos satélites.

Apesar da cobertura variável de nuvens, a derrubada de vegetação acumulada entre agosto de 2011 a janeiro de 2012 (primeiros seis meses do calendário oficial dedesmatamento), de 600 quilômetros quadrados, é 30% menor que a soma do período anterior (agosto de 2010 a janeiro de 2011), o que pode indicar a manutenção da tendência de queda do desmatamento na região.

Segundo o Imazon, o Pará liderou o desmatamento em janeiro, com 15 quilômetros quadrados de novos desmatamentos identificados. Em seguida, aparecem Rondônia, com 11 quilômetros quadrados de derrubadas, Mato Grosso, com quatro quilômetros quadrados, Amazonas com três quilômetros quadrados e o Acre, com 300 metros quadrados de floresta derrubada no período.

Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o monitoramento do Imazon também registra a degradação florestal, que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira ou queimadas. Em janeiro, a degradação avançou por 54 quilômetros quadrados, a maioria no Pará e em Mato Grosso.

O desmatamento no período foi responsável pela emissão de 3,2 milhões de toneladas de CO² equivalente (dióxido de carbono, principal gás do efeito estufa).

O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de janeiro. Nos meses da estação chuvosa na Amazônia, o instituto agrupa os alertas em uma base bimestral ou trimestral, para melhorar a qualidade da amostragem. GR


15 02 12
Arquiteto propõe 'edifício de vida selvagem' contra poluição urbana
Holandês cria 'árvore marinha' em rios e lagos, partindo do princípio de que projetos urbanísticos atuais não devem ser destinados apenas a humanos.
Sea Tree é uma construção de cerca de 30 metros de altura  (Foto: Koen Olthuis - Waterstudio.NL)

Em vez de usar o espaço urbano para construir estruturas apenas para os seres humanos, um arquiteto holandês resolveu pensar em projetos urbanísticos também para a vida selvagem.
'Quanto mais construímos, mais deslocamos a flora e a fauna', justificou o arquiteto J. Koen Olthuis. Daí a ideia de construir algo destinado apenas a animais e plantas. 'Há pouco espaço nas cidades grandes, mas ainda podemos aproveitar a água', disse à BBC Brasil.

Assim surgiu a Sea Tree ('árvore marinha', em tradução livre), uma construção de cerca de 30 metros de altura (mais cerca de 6 a 8 metros sob a superfície) que tem como objetivo servir de refúgio para plantas, animais marinhos e pássaros, por exemplo.

A estrutura do projeto é semelhante à de uma usada para construir plataformas de petróleo no mar, mas serve para grandes rios e lagos urbanos. O custo, estima, é de cerca de US$ 9 milhões (R$ 16 milhões), 'mas estamos tentando barateá-lo'.

Olthuis argumenta que projetos como esse podem aumentar a fauna e flora das cidades grandes, ajudar a limpar rios poluídos e absorver a água da chuva.

Estrutura do projeto é semelhante à de uma usada para construir plataformas de petróleo no mar (Foto: Koen Olthuis - Waterstudio.NL)
Estrutura do projeto é semelhante à de uma usada para construir plataformas de petróleo no mar (Foto: Koen Olthuis - Waterstudio.NL) G1
14 02 12
Chile cultivará plantas aquáticas para produção de combustível renovável
Segundo investidores, tecnologia também pode ser usada para alimentação animal

Divulgação/PetroAlgae
Uma nova tecnologia pretende transformar plantas aquáticas que colorem de verde alguns rios, lagoas e mangues em combustível renovável e alimento para porcos, aves e peixes.

O grupo investidor AIQ, do Chile, adquiriu em 2011 a patente desta tecnologia comercializada pela empresa americanaPetroAlgae e, no final de 2012, prevê começar a produzir em massa estas plantas aquáticas, asseguraram os responsáveis pelo projeto.

Com a queda das reservas de combustíveis fósseis devido ao aumento da demanda por parte de potências emergentes como China, Índia e alguns países da América Latina, a prospecção de fórmulas alternativas para obter petróleoatraiu a atenção do setor de energias renováveis.

Este é o caso da PetroAlgae, que após estudar as propriedades de um elemento tão comum como as pequenas plantas que crescem nas águas paradas das lagoas e dos rios, concluiu que, ao desidratar estas partículas, pode-se obter óleo refinado e ao mesmo tempo proteínas para o consumo animal.

O vice-presidente da PetroAlgae na América Latina, Jorge Abukhalil, explicou que a peculiaridade deste sistema é que, ao contrário de outras tecnologias muito mais sofisticadas, o cultivo destes microorganismos tem um custo reduzido.

"Não necessitamos uma espécie de alga que cresça em um habitat determinado. Precisamos apenas buscar um terreno onde colocar as piscinas biorreativas para reproduzir maciçamente os microorganismos e uma máquina que desidrate as plantas aquáticas", assegura o responsável desta multinacional, que já implantou o sistema em países como Tailândia, Suriname e Equador. Veja mais

 

08 02 12
Vazamento químico teria afetado rio que abastece Xangai, afirma jornal
Autoridades do país estão em alerta devido à contaminação por fenol.
Rio Yangtsé é a principal fonte hídrica da cidade mais populosa da China.

Policiais chineses usam roupas especiais para tentar controlar a poluição por cádmio. (Foto: AP Photo)

As autoridades de Xangai, na China, estão em alerta devido a um vazamento químico no Rio Yangtsé, principal fonte hídrica da mais populosa cidade chinesa, informou nesta quarta-feira (8) o "Diário de Xangai", acrescentando que, aparentemente, não há riscos iminentes à saúde das pessoas.

As autoridades de Zhenjiang, na província de Jiangsu, disseram que a contaminação por fenol - um composto ácido usado na fabricação de nylon e detergentes - foi detectada na semana passada nos seus mananciais. O jornal disse haver suspeitas de que o vazamento partiu de um navio sul-coreano.

O diretor do departamento de proteção ambiental de Xangai, Chen Wei, disse que a prefeitura pode fechar as comportas do seu principal reservatório, na foz do Yangtsé, caso sejam detectados níveis anormais de produtos químicos.

Moradores de Zhenjiang e cidades vizinhas disseram ter sentido um cheiro ruim na água da torneira. Os estoques de água engarrafada se esgotaram no comércio local.

 


07 02 12
Desmatamento interfere pouco no degelo global, sugere pesquisa
Cientistas analisaram a perda de gelo do Monte Kilimanjaro, na África.
Entretanto, redução da cobertura florestal afetaria regime de chuvas.
Monte Kilimanjaro, localizado entre a Tanzânia e o Quênia, foi local pesquisado por cientistas. (Foto: Denis-Huot/hemis.fr/AFP)

Os cientistas divulgaram nesta segunda-feira (6) que tomaram como exemplo o topo do Monte Kilimanjaro, localizado na África Oriental, numa região que sofreu uma diminuição significativa das florestas nas altitudes entre 1.800 e 3.000 metros -- por conta da derrubada ilegal e aumento dos incêndios florestais desde os anos de 1970.

Os pesquisadores realizaram medições da massa de gelo e meteorológicas por dez anos, o que contribuiu para que o estudo fosse mais abrangente e apontasse alguma ligação entre a perda da floresta a redução da geleira. Leia mais

07 02 12
Mapa mostra consumo de energia em cada construção de Nova York
Disponibilizado na internet, ele também mostra uso por tipo de energia.
Áreas comerciais são as que mais consomem; aquecimento é o maior gasto.
Áreas comerciais são as que mais gastam energia e aparecem em vermelho escuro no mapa (Foto: Reprodução)
Pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, criaram um mapa detalhado sobre o consumo de energia na cidade de Nova York.Disponibilizado na internet, ele mostra o total consumido por cada construção em todas as cinco áreas da cidade: Manhattan, Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. O mapa também mostra os gastos por tipo de energia: eletricidade, água quente, aquecedor e ar condicionado.

As áreas que mais gastam energia são comerciais, que representam metade do consumo total e 30% das construções da cidade. Somente o centro de Manhattan usa mais energia que todo o Quênia, na África, afirmou o pesquisador Vijay Modi, co-autor do estudo no qual o mapa se baseou, em entrevista para o "The Wall Street Journal". Leia mais
 

07 02 12
Projeto constrói banheiros ecológicos na Bolívia
Vale da Bolívia recebe melhorias onde não havia saneamento básico
Editora Globo
Urbelinda Ferrufino, Belinda, como é conhecida, tem 55 anos, cabelos curtos pretíssimos, dois diplomas de ensino superior e um espírito indomável. Quase sozinha, ela leva adiante a Aseo (Associação Ecológica de Oriente), uma organização não-governamental que constrói banheiros secos para os habitantes do vale do rio San Isidro, na Bolívia.

Na região, vivem pouco mais de mil famílias, distribuídas em 18 comunidades. Elas não têm acesso a saneamento básico ou tratamento de esgoto. O rio que corta o local é a fonte única de água: de beber, cozinhar, irrigar os campos, tomar banho. É no rio também que são jogados os dejetos dos quase 5 mil habitantes locais. Em suas casas, geralmente, não há banheiros. Assim, as necessidades são feitas em qualquer lugar. “Aqui no povoado, quase todos vão em um terreno não-cultivado atrás da escola: de manhã você os vê ali com o traseiro no ar e com as mãos cobrindo o rosto para não serem reconhecidos”, diz Belinda, com pudor indissimulável.

Para melhorar a vida das pessoas e evitar a poluição do rio, ela criou um banheiro de fácil construção e que não usa água. No vaso sanitário, há um cano que leva a urina diretamente para uma lata, armazenada do lado de fora do banheiro. O cocô vai para uma câmara de cimento vedada, acessível do exterior por meio de uma pequena porta. Lá dentro, fica uma mistura de terra e cinzas que ajuda a transformar as “necessidades” em adubo.

Uma família-modelo, que ali tem, em média, 5 filhos, leva 6 meses para encher a câmara. Ela é, então, fechada e deixada a madurar. Os micro-organismos fazem seu trabalho e, em pouco tempo, saem dali 600 quilos de fertilizante totalmente orgânico. Nem a urina é desperdiçada: misturada com água e deixada amadurecendo por 9 meses à sombra, também se transforma em um potente nutriente para as plantas.

Além de prover mais conforto para os moradores, a administração local economiza com saneamento básico e tratamento de esgoto. E o rio, enfim, pode correr mais limpo ao longo do vale. GALILEU
 

04 02 12
Países latinos tentam acordo 'verde' durante cúpula que antecede a Rio+20
Ministros do Meio Ambiente discutem no Equador agenda para conferência.
Plano deve definir prioridades regionais para o desenvolvimento sustentável.
30 01 12
Pesquisa revolucionária:
Esgoto doméstico pode ser usado como matéria-prima para produção de papel

 
Utilizar as águas residuais, provenientes das zonas residenciais das cidades, para produzir papel e, de quebra, baratear o preço do processo de tratamento de esgoto – que sai do bolso dos consumidores. Essa é a proposta do médico israelense Rafi Aharom, de Tzur Yigal.

Segundo ele, 99,9% do esgoto doméstico que chega às unidades de tratamento é liquído, mas 0,1% é composto por materiais sólidos, riquíssimos em celulose – proveniente de alimentos e, até mesmo, papel higiênico –, que podem ser reaproveitados para produzir papel.

Para colocar o processo em prática, é preciso recolher esse material sólido – que, normalmente, já é filtrado nas unidades de tratamento de esgoto, mas não reciclado –, secar e purificá-lo e, em seguida, vendê-lo para as empresas produtoras de papel. De acordo com Aharom, a nova matéria-prima baratearia o preço do produto e, também, do processo de tratamento de esgoto – uma vez que as companhias não teriam que dar um fim ao material sólido presente nas águas residuais. Ou seja, o consumidor só tem a ganhar.

O processo já foi implantado e está sendo testado no sul de Israel, onde, de acordo com Aharom, o esgoto doméstico possui grande quantidade de celulose. Já pensou se o método chega ao Brasil?

 

27 01 12

O obscurantismo que ameaça o ensino de clima nos EUA

A onda de obscurantismo que enfraqueceu o ensino do evolucionismo nas escolas nos Estados Unidos agora ameaça o ensino sobre o clima. Os sinais são alarmantes, como descreve Bill Walker, do site americano Climate Central. Ele conta que um grupo crescente de professores de ciências nos Estados Unidos se deparam com questionamentos dos alunos e dos pais quando apresentam em sala o que a ciência diz sobre o aquecimento global provocado pelos atividades humanas. Esses céticos afirmam que o conhecimento científico sobre o aquecimento, produzido nas últimas décadas pelos principais centros de pesquisa e universidades do mundo, é fruto de uma conspiração global.

A Associação Nacional dos Professores de Ciência dos Estados Unidos fez uma pesquisa sobre o assunto no ano passado. Descobriu que 82% dos professores dizem enfrentar ceticismo dos estudantes diante das mudanças climáticas. E 54% encara questionamentos dos pais. Outro levantamento recente, da Associação de Professores de Ciências da Terra, mostrou que 36% dos professores se sentem pressionados a ensinar os dois lados da questão. Como se as evidências de que o aquecimento existe e que é provocado principalmente por nossas emissões poluentes ainda estivessem em discussão nos meios científicos. Ao contrário, há mais consenso entre os cientistas do que a maioria das pessoas imagina. Enquanto isso, alguns dos livros usados nos EUA para promover o ensino dos ‘dois lados’ lembram as tentativas de equilibrar o ensino de evolução com criacionismo.

Há até algumas iniciativas para obrigar as escolas a balancear o ensino de mudanças climáticas. Os conselhos de educação dos estados do Texas e da Luisiana criaram novas diretrizes para exigir que os professores apresentem os argumentos dos céticos como uma posição científica. Há propostas parecidas circulando nos estados de Tennessee, Oklahoma, Dakota do Sul e Kentucky.

Esse movimento de deseducação científica seria apenas um problema para os americanos se não criasse um perigoso precedente para o resto do mundo. E se não formasse uma geração de eleitores desinformados no país mais rico e maior poluidor do planeta. Sem o apoio dos americanos, é impossível sonhar com um acordo internacional eficaz para evitar uma tragédia climática global.

(Alexandre Mansur)

Na foto, pesquisadores da Nasa, agência espacial americana, medem o derretimento do gelo na Groenlândia (Divulgação/Nasa). Época
23 01 12
Emissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudo
Mudanças causadas pelo homem são cem vezes maiores que as naturais.
Em 90 anos, calcificação de corais e moluscos pode cair 40%.
Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons )

O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na "Nature Climate Change".

De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos. Mais G1

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