segunda-feira, 15 de outubro de 2012

HISTÓRIA_07_08_09_2012


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Os arquivos secretos da Marinha
ÉPOCA teve acesso a documentos inéditos produzidos pelo Cenimar, o serviço de informações da força naval. Eles revelam o submundo da repressão às organizações de esquerda durante a ditadura militar

Selo (Foto: reprodução)
Uma caixinha de papelão do tamanho de um livro guardou por mais de três décadas uma valiosa coleção de segredos do regime militar implantado no Brasil em 1964. Escondidas por um militar anônimo, 2.326 páginas de documentos microfilmados daquele período foram preservadas intactas da destruição da memória ordenada pelos comandantes fardados. Os papéis copiados em minúsculos fotogramas fazem parte dos arquivos produzidos pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar), o serviço secreto da força naval. Ostentam as tarjas de “secretos” e “ultrassecretos”, níveis máximos para a classificação dos segredos de Estado e considerados de segurança nacional. Obtido com exclusividade por ÉPOCA, o material inédito possui grande importância histórica por manter intactos registros oficiais feitos pelos militares na época em que os fatos ocorreram. Para os brasileiros, trata-se de uma oportunidade rara de conhecer o que se passou no submundo do aparato repressivo estruturado pelas Forças Armadas depois da tomada do poder em 1964. Muitos dos mistérios desvendados pelos documentos se referem a alguns dos maiores tabus cultivados pelos envolvidos no enfrentamento entre o governo militar e as organizações de esquerda.
FIM DO SEGREDO A caixa de papelão com os microfilmes de documentos do Cenimar. Ela foi guardada por um militar anônimo por mais de três décadas (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)
As revelações mais surpreendentes estão nas pastas rotuladas de “Secretinho”, uma espécie de cadastro dos espiões nas organizações de esquerda. Fichas e relatórios do Cenimar identificam colaboradores da ditadura, homens e mulheres, que atuavam infiltrados nas organizações que faziam oposição, armada ou não, ao regime militar. Agiam dentro dos partidos, dos grupos armados e dos movimentos estudantil e sindical. O trabalho dos informantes e agentes secretos era pago com dinheiro público e exigia prestação de contas. Muitos infiltrados eram militares treinados pelos serviços secretos das Forças Armadas que atuavam profissionalmente. Outros foram recrutados pelos serviços secretos entre os esquerdistas, por pressão ou tortura. Havia ainda dezenas de colaboradores eventuais, simpatizantes do regime, que trabalhavam em setores estratégicos, como faculdades, sindicatos e no setor público. A metódica organização da Marinha juntou relatórios, fotografias, cartas e anotações de agentes e militantes.
O PRECURSOR José Anselmo dos Santos (ao centro, de bigode), o “Cabo Anselmo”, o mais famoso dos agentes duplos da ditadura, numa foto de 1964. Acima, uma reprodução de um documento do Cenimar, em que seu nome aparece numa lista de civis e militares invest (Foto: Arquivo O Dia)
O PRECURSOR
José Anselmo dos Santos (ao centro, de bigode), o “Cabo Anselmo”, o mais famoso dos agentes duplos da ditadura, numa foto de 1964. Acima, uma reprodução de um documento do Cenimar, em que seu nome aparece numa lista de civis e militares investigados (Foto: Arquivo O Dia)


Durante a luta armada, as acusações de traição muitas vezes determinaram justiçamentos, com a execução dos suspeitos pelos próprios integrantes das organizações comunistas. Isso aconteceu com Salathiel Teixeira, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) que integrou o revolucionário Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), dissidência do “Partidão” que migrou para a luta armada. Salathiel terminou morto por companheiros por suspeita de ter fornecido, sob tortura, informações aos órgãos de repressão. Os documentos da Marinha mostram como Maria Thereza, funcionária do antigo INPS do Rio de Janeiro e amiga de Salathiel, foi recrutada e paga para ajudar a prendê-lo em 1970. A prisão de Salathiel foi chave para a prisão de dirigentes do partido (leia mais na reportagem).

O Cenimar representava a Marinha na poderosa comunidade de informações do governo militar, que incluía também os serviços secretos do Exército, da Aeronáutica, da Polícia Federal e das polícias Civil e Militar. O marco inicial da estruturação dessa rede que investigava e caçava inimigos dos militares foi a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI), em 1964, pelo então coronel Golbery do Couto e Silva, um dos homens fortes dos governos dos presidentes Humberto de Alencar Castelo Branco, Ernesto Geisel e João Figueiredo.

Para compreender bem o confronto sangrento entre as Forças Armadas e as organizações de inspiração comunista, é necessário lembrar o contexto da época. O mundo vivia a Guerra Fria, período de polarização ideológica em que Estados Unidos e União Soviética disputavam o controle de regiões inteiras do planeta. O Brasil importou o conflito internacional. O governo militar tinha o apoio dos Estados Unidos, e parte da oposição aderiu aos regimes comunistas, com forte influência de Cuba e China. O PCB se dividiu em dezenas de siglas adotadas por grupos radicais que adotaram a luta armada como instrumento para a derrubada dos militares. O PCB defendia a via pacífica para a chegada ao poder. Nem assim escapou da perseguição do aparato repressivo e muitos de seus seguidores foram mortos e desapareceram com a participação direta da comunidade de informações. Dentro do PCB sempre se soube que a ação de agentes infiltrados teve grande responsabilidade nas prisões dos comunistas. Os documentos do Cenimar revelam que um discreto dirigente do PCB em São Paulo, Álvaro Bandarra, fez um acordo com os militares em 1968 para colaborar com a caçada aos integrantes do partido. Saiba mais...
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Paleontólogos acham cemitério de baleias pré-históricas no Chile
Cientistas afirmam que a descoberta no deserto do Atacama é inédita.
Paleontólogos acham cemitério de baleias pré-históricas no Chile (Foto: BBC)

Paleontólogos descobriram um grande cemitério de baleias pré-históricas no deserto do Atacama, no norte do Chile.

Oito fósseis de mais de sete milhões de anos foram achados no local. Assista ao vídeo.

O diretor do sítio, John Vega, afirma que em apenas 15 dias foram descobertas quase 15 baleias.

Os cientistas dizem que ossos fossilizados pertencem a antepassados antigos das baleias modernas. Restos de tubarões, golfinhos e focas também foram encontrados.G1
Descaso com a História e a Fé

SOS Convento do Almagre

    Convento e Igreja Nossa Senhora de Nazaré do Almagre 
implora por socorro e providencias
Uma relíquia que suplica socorro
Este convento é, (salvo engano) a única referencia existente que tem relacionamento a missão indígena em nosso litoral.
Datada do século XVIII esta igreja tem uma rica arquitetura em pedra sabão sendo tombada desde 1938 mas não tem merecido a atenção do IPHAN e IPHAEP, não se sabe o por que.
A Construção dessa igreja foi idealizada pelos Filhos de Francisco (que não tem nada a ver com Zezé de Camargo e Luciano), que após a retirada dos Filhos de Santo Inácio, assumiram o trabalho das missões nas aldeias.
É muito triste, dói no nosso coração ver o estado em que se encontra as verdadeiras ruínas de um local tão importante para a memória histórica de nosso município, do nosso Estado e principalmente para a história de nossa colonização e trabalho efetuado com os nativos de nossa região.
Segundo morador vizinho ao convento/igreja algumas pessoas já se sensibilizaram e mandaram limpar a área para que as pessoas possam visitar e conhecer, mas isso não é o bastante, isso é uma iniciativa que pode inclusive danificar mais ainda o que ainda resta do local.
O Presidente da CAPP – Cultura, Arte e Promoção Popular esteve no local e sensibilizado com o que foi documentado pela Revista Cabedelo Notícia, resolveu saber em que pé esta a situação do prédio perante ao IPHAN e IPHAEP e também desenvolver uma Campanha de limpeza, conservação e manutenção do local e da área colocando pessoa para manter e receber os futuros visitantes com área de segurança demarcada, ara evitar que acidentes possam acontecer, já que existem rachaduras profundas nas poucas paredes que ainda restam do prédio.
Já trabalhando no Projeto SOS Convento do Almagre entramos em contato com  Jose Wagner, Ex – Professor da UFPB, especialista em Pesquisa Educacional, Ex-Mestrando da Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro em “Pedagogia Lúdica” que ficou abismado com o que soube e nos adiantou que seu filho é monge Franciscano e que ocasionalmente está em João Pessoa, assim sendo foi marcado uma reunião no local para se poder traçar as metas da Campanha para ativação do projeto de reconstrução do Convento Igreja do Almagre.
A iniciativa da CAPP e da Revista que se inicia agora, deverá ter o apoio do movimento Rede Solidária SOS Cabedelo, da Igreja Católica de Cabedelo, que após avaliar a situação com os órgãos competentes deverá elaborar projeto e enviar para as Fundações que podem nos dar apoio nessa campanha inclusive a Fundação Roberto Marinho.
Empresas deverão ser provocadas a participar do primeiro movimento para limpeza e manutenção do Local e devem ter suas marcas evidenciadas em todas as ações que visem promover o local que deverá ser aberto à visitação tão logo as medidas de segurança e limpeza estejam acertadas.
Faremos contato com os agentes Agencias de Turismo para que inclua o convento no seu roteiro para que desde já possamos evidenciar o local como importante parada histórica de Cabedelo.
Vejam essa pesquisa do Site Soltando o Verbo:
A história registra que nos primeiros tempos da presença portuguesa em terras brasileiras a fé católica se fez presente, de modo físico, em diversos pontos do Litoral, principalmente nas proximidades da sede da Capitania Real da Paraíba.
Nesta área e ao longo do rio que deu nome a esta capitania, surgiram vários templos cristãos, cujas funções eram a conversão do gentio e, paralelamente, servir como ponto estratégico de observação militar.
Detalhes desses cuidados estratégicos são observados nos mapas sobre a Paraíba, confeccionados antes e depois da ocupação holandesa, que vigorou no período de 1634 a 1654.
Percebe-se, na elaboração desses mapas, o criterioso cuidado de se identificar os templos que poderiam ser utilizados como postos de observação militar. Atualmente, algumas igrejas e capelas ainda exibem esse detalhe anatômico, na planta final de suas construções.
Geralmente erguidos em lugares altos, esses templos, além de ocuparem pontos estratégicos de observação sobre o rio e o mar, ainda mantinham seteiras, onde pequenos canhões poderiam ser colocados, apontando para alvos eventuais surgidos nas praias e enseadas. Exemplo disso é a Igreja de Nossa Senhora da Guia, em Lucena, construída sobre um promontório, no século XVII, por religiosos Carmelitas
Outro templo que pode ser visto como posto de observação militar é o de Nossa Senhora de Nazaré do Almagre, situado na Praia do Poço, em Cabedelo. Dali ainda hoje se pode avistar boa parte do acesso meridional da foz do Paraíba, também se vendo claramente a Praia de Camboinha e, à leste, a Ponta do Cabo Branco. A Igreja de Nossa Senhora da Batalha, na margem direita da PB-004, que liga Santa Rita a Cruz do Espírito Santo, também possui pequena seteira, em área vizinha à sacristia.
Localizada na Praia do Poço, atualmente encravada entre construções e o mato, o Almagre aos poucos vem sendo degrada e saqueada por pessoas que insistem em levar o que podem, como recordação palpável.
Fica o alerta em forma de denúncia às autoridades, para que, em nome da memória histórica e arquitetônica de Cabedelo e da Paraíba, as futuras gerações não sejam privadas de verem esta parte da nossa história.
Entre jesuítas e franciscanos
Historiadores admitem que quase nada de concreto se sabe sobre a história da Igreja e do Convento de Nossa Senhora de Nazaré, na época da colonização uma obra incluída nos domínios dos jesuítas. Houve disputas acirradas de jesuítas e franciscanos, ambas as ordens interessadas em fixar seus domínios, também, nesta área onde hoje se ergue o bairro de Praia do Poço, em Cabedelo. Os franciscanos receberam provisão daquelas terras e das aldeias indígenas ali situadas em 1589. Foi uma doação direta de Frutuoso Barbosa, então governador da Capitania de Parahyba.
Ao que parece os franciscanos só passaram a reclamar direitos sobre essas terras, após a expulsão dos jesuítas, em 1593. A partir daí, o semi-construído conjunto arquitetônico do Almagre passou ao controle dos Franciscanos, que ali permaneceram até a ocupação holandesa.
Ulises P. De Mello Neto afirma, que por volta de 1740 a aldeia do Almagre, denominada de Utinga, já havia sido abandonada pelos franciscanos. Os beneditinos assumiram o controle de tudo, dedicando seus esforços a Nossa Senhora de Nazaré. Esta ordem concluiu a obra do convento, iniciada pelos jesuítas, inclusive melhorando as paredes, a fim de realizar a primeira missa abacial.
Estudiosos da área admitem, que os entalhes arquitetônicos do Convento de Almagre são diferentes dos de outros templos barrocos com função catequizadora, existentes na Paraíba. Esses desenhos fazem referência à flora local. A decoração do arco do cruzeiro do altar principal se resume a horas de acanto estilizadas, enquanto os portais laterais da nave são adornados apenas com veneras, símbolos recorrentes do Cristianismo das Cruzadas.
São símbolos que representam a jornada de purificação à Terra Santa, usados após o século XIII, como dístico da Ordem de São Tiago de Compostela e, por extensão, exibidos aos peregrinos que se dirigem à igreja desta congregação, no norte da Espanha. A concha estilizada da venera passou a marcar, em toda a Europa Medieval, a entrada dos locais sagrados, especialmente de igrejas e catedrais.
Saiba mais
As ruínas do Convento do Almagre formavam uma interrogação em minha cabeça de adolescente. Vários anos depois, já como jornalista, ensaiei a primeira reportagem sobre a obra. Não me dei bem: a troca de uma data resultou em sutil carão, passado discretamente em mim pelo saudoso José Leal, na biblioteca do IHGP. Hoje, com os recursos que dispomos, reescrevê-la não significou uma atitude temerária. Fonte: Ciudad Virtual de Antropologia y Arqueologia – Recursos de Investigação.
Quarta, 12 de Maio de 2010 - 15h31

História recuperada: ministro e Iphan garantem a Roberto Cavalcante restauração de convento do Almagre no Poço e Igreja da Guia em Lucena.
Dois conjuntos arquitetônicos da Paraíba – as ruínas do Convento do Almagre em Cabedelo e a Igreja da Guia em Lucena – serão restaurados.
A informação foi confirmada hoje pelo senador Roberto Cavalcanti (PRB), depois de audiência com o ministro Jucá Ferreira (Cultura) e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida.
“As duas obras são ícones de capítulos valiosos da história paraibana”, declarou o parlamentar.
A Igreja da Guia, uma edificação marcante do barroco tardio ou tropical, edificada em alvenaria de pedra calcária e arenito, passará por um processo de restauração total. A obra, que teve como construtores os frades da Ordem dos Carmelitas no século XVI, levou 200 anos para ficar concluída e é apontada como uma das igrejas mais antigas do País.

“O desenvolvimento do potencial turístico paraibano passa necessariamente pela recuperação destas obras, afinal – mais do que um litoral aprazível – João Pessoa se notabiliza por ser a terceira capital mais antiga do País, história que se pode atestar justamente pelo seu inestimável conjunto arquitetônico”, declarou Cavalcanti.

Ele destacou que o processo de restauração será ainda mais intenso no Convento do Almagre, localizado na praia do Poço. O templo, também de característica barroca, está em ruínas. A obra, construída no século XVII pelos jesuítas, vem sendo degradada e saqueada por visitantes.

                 Guerra e fé

Tanto a Igreja da Guia quanto o Convento do Almagre têm uma história comum: ambos testemunham a fé dos primeiros portugueses que aportaram no Brasil e também o cenário de disputa e guerra que se desenrolava no litoral do País pós-descobrimento.

Além dos altares e obras sacras, mantinham seteiras, onde pequenos canhões poderiam ser colocados, apontando para alvos eventuais surgidos nas praias e enseadas. Para completar, foram erguidos em lugares altos - pontos estratégicos de observação sobre o mar.

Da Ascom do Senador Roberto Cavalcanti

Veja outra Pesquisa: 
de 3 a 5 de outubro de 2007 
Documento de Tombamento:
Iniciativa, imagens e projeto: Fred William - ONG CAPP
Apoio: OCA de PIÁ, Rede Solidária SOS Cabedelo, Revista Cabedelo Notícia.

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