terça-feira, 25 de setembro de 2012

AGROPECUÁRIA_08_08_12


10 09 12
Seca provoca redução na produção de leite no agreste de Pernambuco
Em Bom Conselho, não há pasto e 90% dos açudes do lugar estão vazios.
Criadores estão com dificuldade para alimentar o gado na região.

A seca está prejudicando a produção de leite no Nordeste. A situação é complicada mesmo onde choveu um pouco. A falta de chuva tem prejudicado os criadores em toda a região do agreste de Pernambuco.

No município de Bom Conselho, um dos principais produtores de leite de Pernambuco, não há pasto e 90% dos açudes do lugar estão vazios. Desde quando a seca começou, o criador Ivanildo da Silva não consegue mais encher o balde como antes. Sem pasto, as vacas recebem uma mistura de palma, bagaço de cana e farelo. Cada animal come apenas uma pequena quantidade e só se alimentará novamente depois de 12 horas.

O criador Juarez de Farias não vê resultados no investimento de cerca de R$ 100 mil na compra de equipamentos de ordenha mecânica. “O tanque fica cheio com 1,6 mil litros de leite. hoje, está em torno de 200 litros por dia”, diz.

O cenário na bacia leiteira que reúne a produção de 11 municípios de Alagoas é um pouco diferente em relação a outras regiões do semi-árido do Nordeste. As chuvas que caíram nos últimos dois meses permitiram a recuperação da pastagem.

Na propriedade do criador José Gilvan de Aquino, as 30 cabeças de gado aproveitam o capim verdinho. Neste mesmo período do ano passado, ele dava mais ração para os animais. Agora, diante do alto preço do farelo de soja, o produtor reduziu esse tipo de comida. Mas ao alimentar as vacas basicamente com o capim, houve queda na produção de leite.

A economia com a compra de concentrado no curto período do inverno não é suficiente para cobrir as despesas que os produtores tiveram no primeiro semestre com a aquisição de alimento para o gado durante o período de estiagem que este ano se estendeu até o final do mês de junho.

O criador Gerson da Silva está na mesma condição. Ele faz parte da cooperativa que fornece o leite para o programa do governo estadual. O produtor diz que o aumento dos custos está gerando agora um prejuízo. Ele recebe R$ 0,89 pelo litro. “O preço do litro de leite para o produtor precisaria ser de no mínimo R$ 1,00 na região da bacia leiteira. Isso se mantendo até chegar a chuva e a gente melhorar de situação. A gente está vendendo animais para comprar bagaço de cana e ração”.

O criador vende o leite para um programa da Secretaria da Agricultura. O preço do produtor é definido por um comitê ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social.
07 09 12
CMN aprova ajuda financeira para indústria de suco de laranja
Linha de crédito para estocagem será prorrogada por um ano.
Indústria deve comprar 40 milhões de caixas a preço de mercado.


Na reunião do Conselho Monetário Nacional desta quarta-feira (05), a novidade foi a prorrogação do financiamento que as indústrias fizeram para a estocagem do suco de laranja.

O volume total de crédito tomado pelas empresas é de R$ 240 milhões, dívida que agora poderá ser paga até fevereiro de 2014. Com isso, as indústrias ficam com mais condição de adquirir a laranja dos citricultores na safra deste ano.

A medida completa o pacote anunciado pelo governo no dia dois de agosto. A principal delas foi a inclusão da laranja na política de preços mínimos. Nas vendas que forem feitas a partir de agora, o preço mínimo vai ser de R$ 10,10 a caixa. O produtor vai vender a laranja para a indústria pelo preço de mercado, que em São Paulo, atualmente, é de R$ 7 a caixa. O governo vai pagar a diferença de R$ 3,10 através dos mecanismos de subsídios.

Os subsídios serão pagos pelo governo por meio de leilões. A Conab ainda vai definir as datas e de que maneira os leilões serão realizados. G1
07 09 12
Garantia Safra começa a pagar parcela a quase 50 mil agricultores da PB


A primeira parcela do Garantia Safra 2011/2012 começou a ser paga a 47.221 mil agricultores familiares de 95 municípios paraibanos. Os recursos da ordem R$ 32.110.280,00 estão sendo pagos na folha de pagamento do mês de setembro. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (4).

Na primeira etapa haviam sido pagos R$ 11.069.720,00 a 16.479 famílias em 36 municípios. Até o momento, 131 municípios foram beneficiados com o Programa Garantia Safra com investimentos da ordem de R$ 43.180.000,00 numa parceria entre o Governo Federal, Estado e Municípios.

Até o final do ano, o programa injetará R$ 58,7 milhões na Paraíba, atendendo a 86.367 produtores de 171 municípios que aderiram ao programa e que tiveram perdas de pelo menos 50% de suas safras de feijão, milho, mandioca, algodão, entre outros produtos, por causa da seca.

De acordo com o orçamento total destinado para ajuda aos agricultores, o Governo do Estado entra com contrapartida de R$ 3.523.773,60, o equivalente a 6% do total. Os municípios entram com 3% e o agricultor familiar com a contrapartida de 1%.

O secretário executivo de Estado da Agricultura Familiar, Alexandre Eduardo Araújo, disse que os recursos do Garantia Safra ajudam a fortalecer o comércio local e, sobretudo, o agricultor que é atingido pelos efeitos da estiagem.

“Essa é uma alternativa encontrada e o Governo da Paraíba faz a sua parte, entra com a contrapartida de 6% no programa já tendo pago todas as parcelas ao Ministério do Desenvolvimento Agrário para que os nossos agricultores sejam atendidos”, declarou.

O secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca Marenilson Batista, ressaltou que o benefício chega na hora certa, uma vez que os agricultores dependem desse dinheiro nesta época de estiagem. “Os municípios que ainda não pagaram seus aportes façam o mais breve possível para que outras famílias recebam a indenização pela perda da safra”, apelou.

O Garantia Safra é uma das linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O benefício é pago em cinco parcelas de R$ 136,00, totalizando R$ 680,00.

Os agricultores recebem o pagamento por meio do Cartão Cidadão. Os que não possuem o cartão devem procurar as agências da Caixa Econômica com os documentos pessoais (CPF e RG) para receberem o benefício e solicitar novo Cartão.

Municípios beneficiados na primeira etapa do Garantia Safra 2011/2012: São José dos Cordeiros, Serra Grande, Sousa, Vieropólis, Água Branca, Alagoa Grande, Barra de Santa Rosa, Boa Vista, Cabaceiras, Caiçara, Emas, gado Bravo, Igaracy, Juazeirinho, Junco do Seridó, Lagoa, Monteiro, Natuba, Nova Floresta, Paulista, Pedra Branca, Piancó, Prata, Riachão de Bacamarte, Santa Cecília, Santa Teresinha, Santana dos Garrotes, São Bentinho, São João do Rio do Peixe, São José de Espinharas, São José de Princesa, Soledade, Sumé, Taperoá, Tenório e Vista Serrana. 
05 08 12
Mendes Ribeiro vai discutir cadeia produtiva da avicultura
Ministro participa do 24º Congresso Mundial do setor, de 5 a 9 de agosto, em Salvador

Ernesto de Souza

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, vai discutir a cadeia produtiva e industrial de aves e ovos no 24ºCongresso Mundial de Avicultura. O evento acontece entre os dias 5 e 9 de agosto, em Salvador (BA).

Mendes Ribeiro aceitou o convite feito pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) para abordar o tema de interesse do setor.

A organização é da WPSA, com co-organização da Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas) e da Ubabef. GR
03 08 12
Crise na avicultura atinge criadores 
independentes de SP
Alto custo de produção está levando muita gente a abandonar a atividade.
O resultado são dezenas de granjas vazias.


O frango sumiu, ficaram os aquecedores e os recipientes para ração. Em uma granja onde eram criadas 15 mil aves por mês, o produtor Michel Gava se cansou dos prejuízos. Na semana passada, ele fechou as portas da granja em Descalvado, maior região produtora de frangos de São Paulo.

Michel trabalhava como produtor independente. Ele criava o frango por conta própria, arcava com todos os custos e depois vendia as aves para a indústria.

Hoje, encontrar produtores independentes está cada vez mais difícil no estado de São Paulo. Apenas 7% dos criadores usam recursos próprios, caso de Ademar Haberman, dono de um sítio em Corumbataí. Ele criava 80 mil frangos por mês, diminuiu a produção em 10%, mas ainda assim está tendo prejuízo.

Ademar lembra que o preço do farelo de soja, usado na ração, mais do que dobrou no último ano, passou de R$ 650 para R$ 1.400 a tonelada. O criador torce para que os preços voltem a baixar.

“Se persistir o cenário por mais dois ou três meses, eu vou ter que parar e pensar no que pode ser feito. De momento, terei que parar para acertar as contas", diz.

Em Minas Gerais, outro importante estado produtor, o quilo do frango vivo está sendo vendido, em média, por R$ 2. 
Saiba mais
31 07 12
Consultório agrícola: Verrugas em pintinhos
Varíola aviária provoca verruga próximas dos olhos e bicos das aves
Ernesto de Souza

Meus pintinhos estão com algumas verrugas no bico e próximas dos olhos. 
Qual remédio pode salvá-los, pois eles estão morrendo? 

Marcelio dos Reis
Santa Luzia, MG

O surgimento de verrugas próximas dos olhos e bico é provocado pela bouba aviária. Também conhecida comovaríola aviária, a doença causa dispnéia nas aves, que ainda podem ficar com a cabeça de cor roxa. Recomenda-se separar as aves que apresentam sintomas da enfermidade do restante do plantel, a fim de impedir que a contaminação se alastre. As verrugas podem ser retiradas, processo que leva ao sangramento da pele dos pintinhos. Iodo glicerinado deve ser aplicado no local do ferimento e as aves doentes submetidas a um tratamento com antibióticos receitados por um veterinário. Previna a ocorrência da doença com uso de vacina de proteção. Entre um e cinco dias de vida, faça punção na membrana da asa e aplique o medicamento, ou pingue uma gota da vacina no poro após a retirada da pena da coxa. Somente após 80 a 90 dias forneça a segunda dose e, a terceira, quando a ave chegar a 180 dias de vida. É indicado um reforço anual das vacinas e manter o viveiro sempre higienizado.

Consultora: Maria Virgínia F. da Silva, membro da ABC Aves (Associação Brasileira de Criadores de Aves de Raça Pura); endereço para correspondência: Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, São Paulo, SP, tel. (11) 5667-3495,www.abcaves.com.br
31 07 12
Coleta de sementes nativas se torna fonte de renda para famílias na BA
Famílias participam do Projeto de Coleta de Sementes Nativas do Cerrado.
Sementes de 54 espécies de árvores ajudam no reflorestamento da região.


A coleta de sementes nativas do cerrado se tornou uma nova fonte de renda para muitas famílias no oeste da Bahia. As sementes de mais de 50 espécies de árvores ajudam no reflorestamento da região.

Os catadores do assentamento Rio de Ondas, no município de Luiz Eduardo Magalhães, caminham na estrada de chão por quase cinco quilômetros até chegarem às áreas de coleta. Vinte e cinco famílias participam do Projeto de Coleta de Sementes Nativas do Cerrado. A parceria entre a Prefeitura do município e organizações não-governamentais tem o objetivo de reflorestar áreas de proteção permanente da região.

Os técnicos orientam os catadores na coleta e armazenagem das sementes de maneira correta. “A gente não prejudica. Tem o cuidado para não quebrar galho. Quando a espécie tem pouca, não colhe 100% da semente”, explica Firmino Rocha, presidente da Associação dos Moradores.

Depois da coleta, que começa no início da manhã e por vezes vai até o começo da tarde, cada agricultor chega à sede da Agrovila com um saco com até dez quilos de sementes. Na sede, é feita a troca de 54 espécies diferentes. As sementes, que rendem aos catadores R$ 300 a cada dois meses, são usadas para o reflorestamento de áreas de agricultura de larga escala. G1
24 07 12
Embrapa desenvolve projeto com cabra resiste à condição do sertão
Animal se adapta ao clima seco e com pouca oferta de pasto.
Fazenda experimental no Piauí tem 105 exemplares da raça marota azul.

A Embrapa no Piauí está recuperando a marota, uma raça de cabra resistente às condições do sertão do Nordeste. Há quase 30 anos, a fazenda experimental em Castelo, que tem 105 exemplares da raça, desenvolve um projeto de conservação da cabra marota azul.

“Uma das importâncias é a questão do patrimônio genético brasileiro. É uma raça estratégica para ser criada em condições de sistemas tradicionais”, diz Marc Jaboc, biólogo da Embrapa.

Os animais ficam soltos no pasto durante boa parte do dia. O campo é a principal fonte de alimentação das cabras e bodes. Mas eles também recebem capim triturado e uma mistura feita à base de leguminosas.

Os animais da raça marota tem menor porte e produzem menos leite. A diferença em relação a outras raças é esses animais se adaptam mais facilmente às condições de clima seco e com pouca oferta de pasto, comuns no semiárido. O custo de manutenção do animal também é menor, o que representa muito para o pequeno criador.

“Se for selecionada, uma cabra nativa dessas poderá produzir cerca de três a quatro litros de leite. Uma cabra importada produzirá cerca de seis a sete litros de leite. É melhor ter uma cabra rústica, que produz bem e se adapta bem”, explica o veterinário José Ferreira Nunes.

A ideia da Embrapa é aumentar o rebanho da raça marota e implantar pequenos núcleos de criação no semiárido para ajudar os pequenos criadores do estado. Veja vídeo
14 07 12
Criadores de suíno protestam em Brasília por causa dos baixos preços
Ministério da Agricultura anunciou medidas de ajuda para o setor.
Mesmo assim, nem todo mundo saiu satisfeito.


Produtores foram de ônibus para a capital federal. Muitos viajaram mais de 20 horas.

Os criadores da região Sul, onde está a maior parte da produção nacional, eram maioria, mas havia também produtores do Nordeste.

Eles foram à Brasília para chamar a atenção para a crise financeira e pedir ajuda ao Governo Federal. E fizeram uma caminhada do Congresso Nacional até o Ministério da Agricultura.

Nos coletes, um pedido de preço justo. Na faixa, a notícia do fechamento de granjas. Em frente ao Ministério da Agricultura, teve churrasco com carne suína.

Os criadores também participaram de uma audiência pública no Senado e de uma reunião com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, que anunciou medidas de apoio ao setor:

- As dívidas de custeio que vencem este ano ou que já estão vencidas poderão ser pagas até janeiro de 2013. As parcelas de investimento serão prorrogadas por um ano.

- Cerca de R$ 200 milhões estão disponíveis para a compra de leitões por parte das agroindústrias, com taxas de juros de 5,5% ao ano.

O ministro da Agricultura disse que estuda outras providências, como a compra de carne pelo Governo Federal.

Uma das causas para o preço baixo está nos embargos que o Brasil vem sofrendo e que têm diminuído as exportações. É o caso da Rússia. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo, criticou o governo. “Até 40 dias atrás faltavam documentos básicos que o Brasil não tinha enviado. O Brasil sequer propôs acordo e isso é muito negativo”. G1
14 07 12
Agricultores vão fornecer produtos ao Programa de Aquisição de Alimentos


O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh), aprovou três projetos na modalidade Doação Simultânea para a Região do Sertão. Serão disponibilizados recursos da ordem de R$ 478.127,78, beneficiando agricultores familiares dos municípios de Sousa e Vieirópolis.

O programa contempla agricultores familiares com renda anual de até R$ 4.500. Na Região, o programa também atende a 5.012 pessoas em situação de insegurança alimentar, prestando assistência social a instituições como Mesa Brasil, Sesc Paraíba, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Cozinha Comunitária de Poço Dantas, associações religiosas e Hospital Regional.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é do Governo Federal, com contrapartida do Governo do Estado. Ele conta com aproximadamente 600 agricultores familiares cadastrados. Executado em 14 cidades, o PAA beneficia mais de 40 mil pessoas, entre famílias de produtores e usuários das instituições que recebem os alimentos, segundo dados da Sedh.

Os resultados do trabalho de extensão rural da Emater, no município de Vieirópolis, na região de Sousa, junto aos agricultores familiares comprovam os benefícios. Um exemplo é o do agricultor Antônio Neto da Silva, que se prepara para fornecer a produção ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Ele integra a Associação Comunitária Riacho do Xavier, em Vieirópolis.

O coordenador regional da Emater em Sousa, Francisco de Assis Bernardino, destaca que outros projetos incentivam a agricultora familiar. A produção é comercializada através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além das feiras agrícolas. 
 
22 06 12
Governo faz acordo com FAO para investir R$ 3 mi na agricultura familiar da América Latina
Políticas públicas brasileiras servirão como exemplo para outras nações

Agência Sebrae de Notícias

Rio de Janeiro – Um convênio assinado nesta quinta-feira (21/6) entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e aOrganização para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO) destinou R$ 3 milhões para promover um conjunto de ações que fortaleçam a agricultura familiarna América Latina e em países do Caribe.

O acordo foi firmado em um seminário internacional sobre o assunto, na esfera do desenvolvimento sustentável, dentro da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

As políticas públicas brasileiras, no âmbito da agricultura familiar, vão servir como exemplo para outras nações implementarem seus próprios mecanismos de produção. “As pessoas já veem e querem saber como funciona. Esses países podem adaptar as políticas públicas que desenvolvemos aqui”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Vargas disse que é de interesse do Brasil que os países envolvidos no convênio desenvolvam programas que estimulem as atividades rurais produtivas como forma de impulsionar o crescimento econômico. “Quando esses países se fortalecerem nas políticas da agricultura familiar nós vamos nos beneficiar com isso. Precisamos que nossos vizinhos entrem em uma rota de crescimento econômico e de inclusão social, como o Brasil vem vivenciando nos últimos anos”, disse.

O ministro acredita que a agricultura familiar é a grande alternativa para a erradicação da pobreza no país e no mundo. “O Brasil é o típico caso. Mais de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por 4,3 milhões de agricultores familiares que produzem de forma mais sustentável e geram mais trabalho no campo”, explicou Vargas, acrescentando que 74% do trabalho do campo é gerado pelos empreendimentos familiares.

Já o diretor-geral da FAO, José Graziano, disse que, a partir do segundo semestre, será incluído, na pauta do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o tema da segurança alimentar. “Há uma relação muito forte entre segurança alimentar e paz. Se a gente olhar os países que têm conflitos, guerras internas, todos eles têm um problema crônico de fome”, observou. GR
10 09 12
Queijarias têm desafio de manter produção artesanal dentro das regras
Produto considerado patrimônio nacional não pode ser vendido fora de MG.
Queijo inspecionado pelo estado se restringe ao estado.


O pequeno produtor de queijo vive um desafio de manter a tradição do queijo artesanal sem desrespeitar as regras sanitárias de produção. Os produtores emMinas Gerais não entendem como um produto oficialmente considerado patrimônio nacional não pode ser vendido fora do estado por causa das tramas da legislação.

O produtor de queijo artesanal José Baltazar da Silva, mais conhecido como seu Zé Mário, conta com a ajuda do filho Eudes na propriedade na Serra da Canastra, perto de Araxá. O produtor João Magno Pimenta tem a filha Priscila como ajudante na propriedade em Serro, perto de Diamantina. Os dois passaram a adotar as chamadas Boas Práticas de Produção, instituídas pelo IMA, o Instituto Mineiro Agropecuário, que criou toda uma regulamentação para os derivados do leite.

Agora, João Magno e Zé Mário trabalham com ordenhadeira mecânica. Eles lavam o úbere das vacas, enxugam com papel toalha e fazem o teste de mamite. Eles reformaram todas as instalações. O curral está dividido em um cômodo de lida, outro para guardar ração e outro para armazenar medicamentos. O piso, que era de terra batida, foi concretado. Atualmente, tudo fica limpinho. O equipamento é lavado com bucha e sabão. Não resta sujeira no chão e a água, embora seja de dentro dos próprios sítios, é filtrada e clorada.

Todo cuidado no curral não é significante diante do rigor a ser tomado na queijaria. Terminada a ordenha, Eudes e Zé Mário não podem entrar na sala de fabricação do queijo. Do lado de fora há um coletor e um funil por onde o leite é enviado para a parte de dentro da queijaria. O produtor João Magno também tem um sistema para abastecer direto a queijaria.

Nas duas propriedades, quem põe a mão na massa para fazer o queijo são as mulheres. No Serro, o trabalho é realizado pela dona Maria, que é casada com João. Na Canastra, a fabricação fica por conta da dona Valdete, esposa do Zé Mário, que usa jaleco, avental, bota, gorro, luva e máscara. O recinto tem uma pia para higienizar os utensílios e outra só para lavar os queijos. Tem entrada de ar, tela à prova de mosquito e câmara especial para a maturação do produto.  Saiba mais
07 09 12
Governo pretende comprar milho para garantir abastecimento
Dificuldade na remoção dos produtos nos Estados de Goiás e Mato Grosso é um dos fatores que força a compra
Ernesto de Souza

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, afirmou nesta quinta-feira (6/9) que o governo pretende comprar 500 mil toneladas do mercado para garantir o abastecimento até a colheita da próxima safra. Segundo ele, 100 mil toneladas serão para operações de venda em balcão aos pequenos criadores e outras 400 mil toneladas para atender as agroindústrias por meio de leilões de Valor de Escoamento da Produção (VEP).

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) continua enfrentando dificuldades na remoção do milho estocado emMato Grosso e Goiás para atender criadores da regiãoNordeste, Rio Grande do Sul e Goiás. No leilão realizado nesta quinta-feira (6/9) para contratação de frete para remoção de 116 mil toneladas, houve interesse das empresas transportadoras por apenas 11 mil toneladas.

O diretor da Conab, Silvio Porto, afirmou que, por causa das dificuldades para remoção dos estoques, a estatal irá rever a dependência do transporte rodoviário, para incluir nos próximos leilões a intermodalidade, principalmente a via férrea.

Porto disse que a Conab também está trabalhando para ampliar a rede de armazéns credenciados na região Sul e no médio prazo está prevista a construção de uma unidade em Santa Catarina. No Nordeste serão realizadosinvestimentos nos armazéns para recebimento de granéis, pois a maioria é convencional (sacarias), com baixa capacidade de recepção de cargas. "Para este ano não tem milagre. O desafio é como ampliar o fluxo de milho tanto para o Sul como para o Nordeste", informou ele. GR
05 08 12
À caça de bons negócios
Empresário investe em carnes de animais silvestres, faz sucesso entre chefs renomados e fecha parceria com Grupo Odebrecht

Editora Globo

Ele bem que pensou em desistir algumas vezes. Afinal, desbravar um mercado ainda pouco explorado no país não parecia tarefa das mais fáceis. A insistência de Gonzalo Barquero, no entanto, vem surpreendendo chefs de cozinha,consumidores e grandes companhias, que agora buscam se aliar à Cerrado Carnes de Caça, negócio fundado pelo empreendedor para comercializar a carne de animais silvestres.

Interessado em produção animal, ele foi estudar o tema na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, em 2001. “Saí de lá com vontade de voltar para o Brasil e ser fazendeiro”, conta Barquero. Filho de porto-riquenhos e também bastante ligado às questões de preservação ambiental, ele se envolveu com um projeto de conservação do veado-de-cauda-branca por lá. Até que o pai viu uma reportagem sobre a superpopulação de capivaras no Brasil e Barquero voltou. A ideia era replicar o trabalho de controle dos animais em áreas urbanas que desempenhava na América com os bichos brasileiros. Conheceu criadores e pessoas do ramo e se apaixonou pela conservação, mas, dinheiro que é bom, nada.

“Não tinha ideia do que poderia fazer ainda. Voltei para os EUA para estudar mais sobre reprodução e manejo de animais silvestres e, de volta ao Brasil, montei uma ONG voltada para a conservação das espécies. Foi aí que aprendi muito sobre o tema.” Conversando com os pais do amigo de infância Roberto Salles Machado, hoje sócio e diretor comercial da Cerrado, a empresa tomou forma e eles iniciaram os contatos com os criadores de paca, cutia, cateto,queixada, capivara e javali. “Percebemos que esses produtos faltavam no mercado. Teríamos um concorrente direto apenas. Era só investir e insistir que teríamos retorno”, diz Barquero.

Editora Globo

CARNE DE PRIMEIRA 
A barreira a vencer era o preconceito de que carne de caça é ruim. “Se a criação e o preparo forem bem-feitos, não há dúvidas de que são muito nobres.” Para legitimar o valor das carnes, ele procurou chefs de cozinha para vender diretamente aos restaurantes. Segundo o empresário, no início, os cozinheiros, cansados de experiências malsucedidas, faziam uma série de perguntas, como, por exemplo, se ele poderia garantir o fornecimento. Com as questões na cabeça, buscou parceiros que estivessem de acordo com as normas ambientais e pudessem produzir do jeito que ele e o sócio queriam. “Nós levamos as carnes para os chefs experimentarem e eles diziam o que poderia ser melhorado. Se a carne estava um pouco mais rígida ou intensa em excesso, então mudávamos a alimentação – composta de capim, milho e, em alguns casos, frutas e tubérculos – e o tempo de abate. O sabor da carne está quase 100% ligado à alimentação.” Hoje, a Cerrado está nos principais restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, além do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Brasília.

A chef Ana Luiza Trajano, do Brasil a Gosto, comemora a chegada das carnes de animais silvestres no mercado. “É um ingrediente versátil, muito saboroso e delicado. Fiz o cateto e o prato teve uma aceitação muito boa. Antes, não havia encontrado um fornecedor que me entregasse em escala de restaurante. Agora, consigo fazer outras opções especiais durante o ano”, explica.

O famoso açougue Porco Feliz, instalado no Mercado Municipal de São Paulo, vende os produtos a preços de causar inveja a qualquer bovino. O proprietário José Gaspar conta que chega a comercializar até 1,5 tonelada por mês e o quilo desses animais fica entre R$ 52 (javali) e R$ 270 (paca).  GR
 
31 07 12
Suinocultores pedem isenção de ICMS 
em Mato Grosso
Trabalhando no prejuízo há mais de dois anos, criadores apontam perdas 
de R$ 16,8 mi

Editora Globo

A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) pede à Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz-MT) isenção temporária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com o pleito, protocolado no fim da semana passada, o setor espera minimizar osprejuízos contabilizados com o aumento do custo de produção, em especial da ração, e preços deprimidos no mercado interno.

O presidente da Acrismat, Paulo Lucion, diz em nota que o setor pede isenção total de ICMS por três meses; diminuição do preço de pauta e benefício fiscal no ICMS da energia elétrica por 90 dias. Segundo ele, os produtores de suínos de Mato Grosso trabalham há mais de dois anos no prejuízo. Oembargo das exportações à Rússia, que perdura há mais de um ano, piorou a situação do setor no Estado. Cálculos da Acrismat apontam prejuízo de R$ 16,8 milhões. "Cadasuinocultor tem recebido em média R$ 1,70 e 1,75, sendo que pra produzir gastamos R$ 2,40 e 2,45. Ou seja, levamos a um prejuízo de R$ 0,70", diz o presidente da entidade.

Lucion informa, ainda, que os produtores estão preocupados com os estoques de milho de Mato Grosso. "Pedimos à Sefaz que seja colocado em prática o Regulamento para Operacionalização de Venda de Contrato de Opção de Compra de Produtos Agropecuários, já que a cadeia suinícola consome de 800 a 900 mil toneladas anualmente, sendo 5% de insumos (minerais, fósforo, cálcio), 25% de farelos de soja e 70% de milho. E, segundo informações do mercado, não haverá grãos suficientes no mercado, em razão de várias quebras de produção do milho e soja pelo mundo", explica.

Em Mato Grosso, a suinocultura conta com um plantel de cerca de 130 mil matrizes. Cada matriz gera em média 25 animais terminados por ano, com alto grau de evolução genética. A cada 15 matrizes, o setor ocupa um trabalhador direto, por isso a suinocultura gera em torno de 8 mil empregos diretos e quase 25 mil indiretos.
31 07 12
Alta dos preços dos alimentos preocupa, alerta Banco Mundial
Bird afirmou estar pronto a ajudar governos sobre ampla alta de preços.
Elevação não pode prejudicar mais pobres e vulneráveis, disse Yong Kim.
Homem coloca tâmaras frescas em cestas para secar em uma fazenda durante a colheita no Paquistão nesta segunda-feira (30) (Foto: Reuters)


O Banco Mundial disse nesta segunda-feira (30) que está pronto para ajudar governos a responder a uma ampla escalada de preços de grãos que novamente coloca as pessoas mais pobres do mundo em risco e que poderia ter impactos negativos prolongados por anos.

"Não podemos permitir que as altas nos preços dos alimentos a curto prazo causem consequências ruins de longo prazo para os mais pobres e vulneráveis do mundo", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em nota.

"O Banco Mundial e nossos parceiros estão monitorando esta situação de perto para podermos ajudar governo a colocar em prática políticas que ajudem as pessoas a lidar com isso", disse Kim, um especialista em saúde pública que encara seu maior desafio nos dois meses em que está no cardo.

A seca severa no Meio-Oeste dos EUA tem cortado drasticamente a produtividade das lavouras, lembrando o ano de 2008, quando uma grande alta nos preços dos alimentos causou protestos em alguns países e levantou questionamentos sobre o uso de grãos para a produção de biocombustíveis.

Os preços do trigo subiram mais de 50% e os preços do milho mais de 45% desde meados de junho, com a seca na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, o clima excessivamente úmido na Europa e um início das chuvas de monção na Índia abaixo da média somando-se às preocupações com a produção global de grãos.

Os preços da soja, essencial para alimentação e para a ração animal, também subiram quase 30% nos últimos dois meses e quase 60% desde o fim do ano passado.

"Quando os preços dos alimentos sobem, famílias reagem tirando as crianças da escola e comendo comidas mais baratas e menos nutritivas, o que pode ter efeitos catastróficos que duram a vida inteira no bem-estar social, físico e mental de milhões de jovens", disse Kim.

Kim disse que o banco tem uma série de programas para ajudar governos caso a situação se agrave.

Esses programas incluem aconselhamento em políticas, investimentos em agricultura e áreas relacionada, financiamentos rápidos, produtos de gerenciamento de risco e trabalho em conjunto com a ONU e grupos voluntários privados para ajudar governos a dar respostas mais bem informadas para as altas global dos preços dos alimentos.

Autoridades do Banco Mundial salientaram que não existem indicações, baseadas nas projeções de colheitas, de que haja nenhuma grande escassez de grãos resultantes das safras reduzidas este ano.

Além disso, os preços mais baixos para petróleo, fertilizantes e frete marítimos do que em 2008 vão diminuir o custo de importação de alimentos e do plantio da safra do próximo ano, disse o banco.

No entanto, Marc Sadler, chefe da divisão de gerenciamento de risco agrícola no Banco Mundial, disse que a situação está também "mais complicada" do que em 2008, quando os preços do arroz e do trigo subiram muito e depois caíram drasticamente no ano seguinte quando o plantio aumentou.

"A diferença agora é, se você olha além da fronteira, todos os preços estão em alta", tornando mais difícil para os produtores decidirem como alocar suas áreas disponíveis, disse Sadler. G1
24 07 12
Em Serra Talhada, PE, reservatórios estão vazios e prejudicam plantações
No sertão pernambucano, o tempo continua seco.
Pequeno volume de chuva não foi suficiente para amenizar a seca.


O cenário de seca persiste no sertão dePernambuco. Gileide Ferreira, que vive na comunidade rural de Riacho da Carnaúba, em Serra Talhada, conta que por causa da falta de chuva este ano, nem arriscou plantar.

Onde era para ter milho e feijão, o que se vê é somente terra seca. A agricultora está preocupada porque a água que tem no reservatório para dar de beber aos animais deve durar somente mais 30 dias.

A situação da maioria dos reservatórios da região é de pouca água, alguns estão vazios. A água para consumo, uso doméstico e para os bichos chega através de carro-pipa ou de poços.

Outra região que também sofreu bastante com a seca neste ano foi o sertão de Sergipe. No município de Nossa Senhora da Glória, que concentra a principal bacia leiteira do estado, a chuva de julho já renovou o pasto e o gado já deixou de ser alimentando apenas com ração e está comendo capim.

O agrônomo Ary Osvaldo Bonfim explica o panorama da situação no sertão de Sergipe.Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa. G1
14 07 12
Excesso de oferta derruba preço da batata no interior de SP
Em Vargem Grande do Sul, produtores estão segurando a safra no campo.
Preço despencou e eles decidiram suspender a colheita.

Nos armazéns a batata é lavada, separada, classificada e ensacada. Depois, segue para o galpão onde fica à espera dos varejistas. Mas os caminhões estão parados.

A saca de 50 quilos da batata beneficiada está sendo vendida abaixo do preço que todos esperavam. "R$ 20, R$ 22. R$ 25 é a pedida, mas não tem comercialização", explica Maurício Gonçalves, atacadista. No campo, os produtores recebem R$ 18 pela saca, bem menos que os R$ 30 do ano passado.

A colheita em Vargem Grande do Sul foi antecipada e por isso eles enfrentam a concorrência da batata do Triângulo Mineiro, Paraná e Goiás.

O preço mudou a rotina também na roça. Dos 130 produtores de batata da divisa com Minas Gerais, apenas 12 estão colhendo e mesmo assim, o trabalho no campo foi reduzido pela metade.

"Amanhã também pode não ter colheita se o mercado não absorver. Temos uma limitação de tempo porque o material é perecível, mas por enquanto, temos essa condição de poder segurar", diz Lenoir dos Santos, diretor da Associação dos Produtores.

Os trabalhadores rurais desmontaram acampamento e arrumaram o material para ir embora, situação que significa menos dinheiro no bolso.

O Instituto de Economia Agrícola de São Paulo estima uma safra de batata 10% maior que a do ano passado. G1
12 07 12
Socorro à suinocultura não chega a Mato Grosso, diz setor produtivo
Governo anunciou medidas para minimizar impactos da crise.
Suinocultores terão R$ 200 milhões para aquisição de animais.
Produção de suínos em MS (Foto: Reprodução/TV Morena)


Os suinoculturores de Mato Grosso não se sentiram contemplados com as medidas anunciadas pelo Governo Federal nesta quinta-feira (12) para minimizar os impactos provocados pela crise na suinocultura. Ao G1, o presidente da Associação de Criadores de de Suínos em Mato Grosso (Acrismat), Paulo Lucion, afirmou que o pacote de ajuda só atende aos produtores da região sul do país.

Após o fim da audiência pública, os criadores iniciaram uma manifestação em favor de medidas que contemplem melhor as reinvindicações de todo o país. Hoje o ministro se reúne com os representantes do setor para acertar os detalhes do pacote de ajuda e ouvir a reinvidicações.

"Essas medidas vão amenizar, mas não vão resolver. Os recursos liberados para o Rio Grande do Sul tem que se estender para Mato Grosso. A força política deles é muito forte e nós, que estamos na mesma situação, acabamos em desvantagem", afirma Paulo Lucion.

Entre as medidas constam a liberação de R$ 200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano para a aquisição de leitões ao preço de R$3,60/kg, a prorrogação das dívidas de custeio com vencimento ou já vencidas em 2012 para até janeiro de 2013. dpendendo da reação do mercado, o Governo prevê também estabelecer um preço base temporário (até 28 de dezembro deste ano) para a carne suína do Rio Grande do Sul. Saiba mais
 
22 06 12
Acordo suspende estado de greve em usinas de açúcar de SP
Caso os trabalhadores aceitem, o reajuste salarial deve ficar em 7%

Cortesia Unica/Niels Andreas

Uma proposta apresentada na quarta-feira pelo setor patronal à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação no Estado de São Paulo (Fetiasp) e sindicatos filiados suspendeu o estado de greve que estava em vigência há aproximadamente dez dias nas usinas decana-de-açúcar do Estado de São Paulo.

Caso os trabalhadores aceitem o acordo, o reajuste para o setor deve ficar em 7%. O aumento real será de 2,2%, considerando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre 1º de maio de 2011 e 30 de abril deste ano, de 4,88%. Serão 50 mil trabalhadores beneficiados pelo acordo em todo o Estado.

A última proposta recebida pelos trabalhadores neste ano, antes do anúncio do estado de greve, foi de reajuste salarialde 4,5%. Em 2011, o reajuste do setor ficou em 8%, que, segundo o diretor da Fetiasp e coordenador das negociações do setor de açúcar, Fânio Luiz Gomes, também proporcionou um aumento real próximo a 2%.

Desde a última madrugada, estão sendo realizadas assembleias nas empresas para ouvir a opinião dos trabalhadores a respeito da proposta, que prevê que o reajuste seja retroativo a 1º de maio.

As perspectivas da Fetiasp são positivas. De acordo Gomes, os trabalhadores têm recebido bem a proposta. "Eu acho que a gente vai fechar sim, sem maiores problemas, já tem dois meses que a gente está negociando. As assembleias já estão acontecendo. Eu fui em três empresas hoje (quinta-feira), onde os trabalhadores (cerca de 2 mil no total) receberam bem (o acordo)", disse. GR

Nenhum comentário:

Postar um comentário