terça-feira, 31 de julho de 2012

AGROPECUÁRIA_03_A_07_12


11 06 12
Crescem as importações de feijão preto
Principal ingrediente da feijoada brasileira vem da China e da Argentina
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A quebra da safra brasileira de feijão, além de ter contribuído para elevar os preços do carioca no mercado interno nos últimos meses, tem favorecido também o aumento das importações do grão preto, que tradicionalmente vem da Argentina e mais recentemente daChina . “Geralmente quando falta produto no mercado interno nos abastecemos de feijão preto na Argentina, mas os preços da China estão em patamares inferiores. Com isso, as compras neste mercado seguem em alta este ano”, fiz Marcelo Luders, diretor da Correpar Corretora. Entre janeiro e abril deste ano foram importadas 78,2 mil toneladas de feijão preto, 44% das quais vieram da China, segundo levantamento da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Desde 2008, quando houve quebra nas safras do Brasil e da Argentina, a China vem avançando na exportação do grão e hoje se posiciona como o maior exportador de feijão preto do mundo, com vendas anuais superiores a 1 milhão de toneladas, segundo dados da FAO, órgão das Nações Unidas para agricultura.

Além da necessidade de se abastecer fora do Brasil, uma vez que a oferta local não atende a demanda, as indústrias estão pagando menos pelo feijão trazido de fora. Estimativas apontam que as compras na China custam 20% a menos. Na Argentina, o valor é 15% menor que o do produto brasileiro.

A safra brasileira 2011/12 soma três plantios e deve ser 2,4% menor este ano, atingindo uma área de 3,9 milhões de hectares. Na primeira safra a queda supera 12% decorrente tanto da redução da área quanto da quebra da produção em função da seca no Norte e Nordeste, da falta de chuvas em algumas áreas do Paraná e do excesso de precipitações no Rio de Janeiro. Como resultado da safra menor, os preços, que já subiram sensivelmente no primeiro quadrimestre do ano, devem permanecer em alta. “A produção este ano é preocupante. Pelos cálculos do governo faltarão 600 mil toneladas para abastecer o mercado”, diz Luders. O feijão carioca é o mais consumido no país, e responde por 80% da demanda nacional. Já o feijão preto responde por 17% da demanda. GR
07 06 12
Governo libera R$138,3 milhões para combate à seca no Semiárido
Com a verba, serão construídas cisternas, poços e represas para armazenagem de água para produção de alimentos
Robispierre Giuliani
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), através de uma parceria firmada com a rede de Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), vai utilizar tecnologias sociais para a construção de 41.030 obras de combate à seca noSemiárido. Para a construção de 33.400 cisternas, serão investidos R$138,3 milhões, por meio do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Também serão construídos poços e represas para armazenagem de água para a produção de alimentos e criação de animais peloPrograma Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

“Trabalhamos com oito tipos de tecnologias sociais para a captação de água, desde a perfuração de cisternas a construções de cisternas de calçadão, que é basicamente a construção de uma calçada de 200 m², que leva a água da chuva direta para uma cisterna. Essa água fica destinada à produção agrícola e para a criação de animais”, disse a coordenadora nacional da ASA, Cristina Nascimento.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tecnologia social "compreende produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social".

A medida deve beneficiar diretamente 46.430 famílias agricultoras, escolhidas por comissões municipais. As obras serão executadas por organizações contratadas pela ASA, nos 253 municípios onde atua. Cerca de 2.500 empregos devem ser gerados no período de vigência das obras, sendo 2 mil vagas só para pedreiros. A previsão é que as obras fiquem prontas em sete meses.

O coordenador geral do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, Alexandre Henrique Bezerra, um dos parceiros executores da ASA, explicou que os pedreiros são agricultores qualificados nas próprias comunidades. “São jovens, mulheres e homens que, durante uma semana, aprendem a construir as placas das cisternas, nivelar a terra, colocar calhas nos telhados para captar água. Eles são orientados por agricultores que fizeram o curso anteriormente”, disse.

Para Bezerra, investimentos como esse são importante porque possibilitam a expansão das economias locais, assim como a manutenção financeira das famílias durante o período de baixa produção de alimentos.

“Essas construções possibilitam uma injeção de recursos na cidade, o que gera uma boa perspectiva, afinal, os materiais de construção são comprados na cidade e a remuneração dos trabalhadores vai para o comércio local”, disse Bezerra. Cada pedreiro recebe pela construção de uma cisterna de 52 mil litros R$ 720 e, por uma de 16 mil litros, R$ 252,50.

A ASA é uma rede formada por cerca de 750 organizações da sociedade civil que atuam na gestão e desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida. GR
 
29 05 12
Faltará alimento agroecológico na 
Cúpula dos Povos
O aumento no número de participantes superou expectativa dos organizadores do evento que é parte da Rio+20

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O aumento no número de participantes da Cúpula dos Povos superou a expectativa inicial da organização e vai inviabilizar parte de um dos principais projetos de seus idealizadores: o fornecimento de alimentação agroecológica gratuita durante todos os dias do evento, entre 13 e 22 de junho, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro. A Cúpula é parte da Rio+20.

A estrutura inicialmente projetada contemplava até 10 mil participantes. Hoje, com mais de 23 mil inscritos, a Cúpula trabalha com alternativas para que pelo menos parte da estratégia seja concretizada. "O que tínhamos no início, de total abastecimento por meio da pequena agricultura, não conseguiremos cumprir. A pequena agricultura tem essa potencialidade, mas a nossa estrutura não", disse Marcelo Durão, representante da Via Campesina e integrante do Grupo de Articulação da Cúpula.

A alimentação agroecológica é uma das principais bandeiras dos movimentos sociais ligados às questões agrícolas, que propõem uma produção baseada na agricultura familiar e sem a utilização de agrotóxicos ou outros agentes químicos. Buscam também evitar o desmatamento de grandes áreas para a produção em larga escala, característica do agronegócio brasileiro.

Em vez de oferecer três refeições diárias, os organizadores distribuirão café da manhã e lanche da tarde para todos os participantes alojados nos cinco acampamentos montados no Sambódromo, na Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Estação Ferroviária Leopoldina e em dois Centros Integrados de Educação Pública (Cieps). O custo estimado é de R$ 2,5 milhões, 25% do orçamento total da Cúpula.

A organização busca então o que chama de estratégia combinada: enquanto uma parcela da alimentação será oferecida por meio de organizações de economia solidária, na qual está a agricultura familiar, os participantes serão direcionados para os restaurantes próximos aos alojamentos e ao Aterro. GR
29 05 12
Em alta, velocistas quarto-de-milha saem à média de R$ 70 mil
No sábado (26/5), leilão da raça em haras de Sorocaba (SP) teve receita 
de R$ 4,3 milhões

Álvaro Maya


Continua aquecido o mercado de cavalos quarto-de-milha. Animais de qualidade não ficam na mão do vendedor. Sábado passado, em Sorocaba (SP), o leilão do haras Santo Ângelo obteve receita de R$ 4,3 milhões. Desse total, 49 bichos da geração 2010 saíram por R$ 3,4 milhões, atingindo a excelente média de R$ 70 mil.

O leilão teve como destaque a comercialização de coberturas do corredor Good Reason, cavalo primeiro colocado no ranking da Associação Norte-Americana do Quarto-de-Milha. Foram negociadas 73 coberturas dele por R$ 838 mil.

Um macho, Jirau Gold, tendo como mãe a reprodutora Can Can Bryan (Blazen Bryan), foi arrematado pelo plantel cearense do haras Primavera por R$ 256 mil. Ele foi apresentado pelo haras Santo Ângelo. O evento teve como convidados especiais a Estância 3M e o haras São Matheus e foi realizado após as classificatórias do GP Megarace, corrida do quarto-de-milha. GR
12 05 12
Venda de etanol hidratado cresce 64,62%
Volume total comercializado em abril somou 866,07 milhões de litros
Divulgação/Unica

A venda de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul chegou aos 717,89 milhões de litros na última quinzena do mês de abril. Em comparação com o mesmo período do ano anterior o total representa um aumento de13,60%. O crescimento se deve à expansão de 46,17% do volume comercializado de etanol hidratado, que somou451,11 milhões de litros. Já as vendas de etanol anidro sofreram redução de 17,49%, totalizando 266,77 milhões de litros. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10/5) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA).

Do volume de etanol anidro comercializado, 21,95 milhões de litros destinaram-se à exportação e 244,83 milhões de litros ao mercado interno. Já no acumulado de abril, as vendas do produto somaram 522,24 milhões de litros, dos quais 471,19 milhões de litros foram para o abastecimento doméstico – recuo de 21,41% em relação ao mesmo mês de 2011.

O etanol hidratado apresentou resultados mais positivos. Na segunda quinzena de abril, o volume comercializado internamente atingiu 449,82 milhões de litros - alta de 48,62% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do mês, as vendas do produto alcançaram 847,56 milhões de litros, montante consideravelmente superior aquele observado em abril de 2011.

A exportação mensal atingiu 18,51 milhões de litros. Com isso, o volume total comercializado de etanol hidratado em abril deste ano somou 866,07 milhões de litros, 64,62% acima daquele registrado no mesmo mês de 2011. Para Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), “o comportamento do mercado verificado nesta entressafra foi muito mais tranquilo quando comparado ao ano passado, sem nenhum sobressalto ou volatilidade extrema de preços”, afirma o executivo.

Moagem de cana-de-açúcar registra forte queda

Durante a segunda quinzena de abril, 9,24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram processadas pelas unidades produtoras da região Centro-Sul, o que representa uma queda 45,68% em relação ao mesmo período de 2011. No acumulado desde o início da atual safra até 1º de maio, a moagem totalizou 13,98 milhões de toneladas contra 24,00 milhões de toneladas registradas no ano anterior – recuo de 41,77%.

As chuvas que ocorreram no final do mês e reduziram o aproveitamento de tempo das usinas, e o fato de, em abril, apenas 149 usinas estarem em safra no Centro-Sul, contra 212 observadas no mesmo período de 2011 explicam a redução do volume de cana processado em abril.

Qualidade da matéria-prima

A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima atingiu 105,74 kg no acumulado de abril, aumento de 5,73% em relação a idêntico período de 2011. Nos últimos 15 dias do mês, a concentração de ATR por tonelada de cana-de-açúcar alcançou 110,74 kg, contra 102,37 kg observados nesta mesma quinzena da safra 2011/2012.

Mix e produção de açúcar e etanol

Nos últimos 15 dias de abril, 60,07% do total de cana-de-açúcar moída destinaram-se à produção de etanol, proporção ligeiramente inferior aos 63,64% computados nesta mesma quinzena de 2011. No acumulado desde o início da safra 2012/2013, o percentual alcançou 61,55%.

Com isso, o volume produzido de etanol desde o início das atividades desta safra até 1º de maio totalizou 539,57 milhões de litros, sendo 74,98 milhões de litros de etanol anidro e 464,58 milhões de litros de etanol hidratado. A fabricação deaçúcar, por sua vez, somou 541,50 mil toneladas, declínio de 33,77% relativamente as 817,57 mil toneladas verificadas no mesmo período do ano passado. Considerando apenas a última quinzena de abril, a quantidade fabricada de açúcar alcançou 389,42 mil toneladas.
08 05 12
Cheia em rios do Amazonas ainda preocupa e prefeituras pedem auxílio
Algumas comunidades agroextrativistas instaladas em ilhas do Solimões, como a do Aramaça, perderam toda a produção

Valter Campanato/ABr
Cidades amazonenses afetadas pelas cheias dos rios que cortam o estado tentam reparar os estragos e auxiliar a população enquanto aguardam a ajuda financeira dos governos estadual e federal. Até a última sexta-feira (4/5), 32 municípios já haviam decretado situação de emergência e a Defesa Civil do Amazonas calculava que já chegava a 74 mil o número de famílias atingidas em todo o estado. Embora o nível dos rios tenha começado a baixar, no interior ainda há localidades praticamente submersas. A previsão do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), é mais chuva forte para as regiões centro-norte e leste do estado.

Uma destas localidades é Benjamim Constant, na região oeste do estado. De acordo com a Defesa Civil municipal, cerca de 9 mil pessoas foram afetadas pelas águas desde meados de março. Segundo a coordenadora do órgão, Gleissimar Campelo Castelo Branco, embora o nível dos rios Solimões e Javari, que banham a cidade, tenha começado a baixar nos últimos dias, boa parte do município continua alagada e a cidade permanece em situação de emergência.

Algumas comunidades agroextrativistas instaladas em ilhas do Solimões, como a do Aramaça, perderam toda a produção. A prefeitura reforçou a limpeza das ruas e distribuiu alimentos, medicamentos e madeira para que os moradores de áreas alagadas que não corriam riscos elevassem a altura dos assoalhos das casas. “Agora precisamos de maior apoio financeiro do governo estadual para custear as despesas que o município contraiu e com que, sozinho, não conseguirá arcar”, concluiu a coordenadora.

Ao visitar bairros alagados de Manaus, o governador Omar Aziz anunciou que o governo estadual vai distribuir R$ 400 a pelo menos 50 mil famílias afetadas pelas cheias por meio do cartão Amazonas Solidário. De acordo com nota divulgada no site do governo amazonense, 10 mil cartões já foram entregues em mais de sete cidades localizadas na calha do Rio Juruá e Boca do Acre.

No total, a iniciativa exigirá um investimento de R$ 20 milhões. Segundo o site do governo amazonense, R$ 4 milhões dos cofres estaduais já foram disponibilizados e o Ministério da Integração Nacional anunciou o aporte de mais R$ 8 milhões para a ação, recursos ainda não liberados pelo Banco do Brasil. GR
07 05 12
ExpoZebu: Nelore Elo vende 50% de uma vaca por R$ 740 mil
Valor é referente apenas a 50% do animal, que vale mais de R$ 1,5 milhão

Editora Globo

Guadalupe TN2 , fêmea nelore de alto padrão, recebeu R$ 740 mil na batida do martelo durante o Leilão Elo da Raça, realizado neste sábado à noite (05/05), na ExpoZebu de Uberaba, Minas Gerais. Atenção: só metade da sua posse foi comercializada. Pode-se dizer que Guadalupe vale quase R$ 1,5 milhão.

O Elo da Raça tem à frente o selecionador Jonas Barcelos, titular da Fazenda Mata Velha, de Uberaba.

No total, já foram realizados 27 leilões na ExpoZebu e a receita está próxima de R$ 31 milhões. Faltam ainda ser promovidos 14 remates até o dia 10 próximo, derradeiro da feira.

Destaque também para o 24º Leilão Noite do Nelore Nacional, um dos mais tradicionais da ExpoZebu. Um número pequeno de animais, 26, atingiu uma média individual de R$ 145,3 mil.

É de tirar o fôlego do leitor desavisado, mas em Uberaba é vendido somente gado de alto padrão e proveniente das melhores seleções brasileiras. Historicamente, nunca houve crise nos leilões da ExpoZebu, mesmo em momentos de fortes terremotos na economia do país.  GR
 
07 05 12
Como combater bactérias em kiwis
Na Nova Zelândia as plantações da fruta estão sendo atacadas pela bactéria 
Pseudomonas syringae actinidiae.

Editora Globo
No Brasil, a doença provocada pela bactéria Pseudomonas syringae actinidiae em kiwis não é considerada um problema importante para a cultura. Talvez porque as cultivares mais suscetíveis à enfermidade não sejam muito plantadas por aqui. Contudo, há recomendações para o controle de contaminação, como desinfecção com álcool das ferramentas utilizadas na poda durante o próprio manejo; cuidados ou remoção de plantas com ramos e troncos infectados; no inverno e logo antes e depois da brotação, tratamentos cúpricos na queda das folhas; e evitar excesso de adubação nitrogenada. Uma prática introduzida no sul do Brasil é a utilização de desinfetantes nas plantas, que podem ser aplicados semanalmente para diminuir o inóculo de fungos e bactérias.

CONSULTORA: Rosa Maria Valdebenito Sanhueza, engenheira agrônoma, doutora em fitopatologia, pesquisadora aposentada da Embrapa Uva e Vinho, Estrada Federal BR-116, 7320, sala 02, Bairro Fátima, Vacaria (RS), CEP 95200-000, tel. (54) 3232.1353, 
rosamaria@proterra.agr.br  
15 04 12
Argentinos já colheram 29% da soja plantada nesta safra
 Shutterstock

A colheita de soja na Argentina já atingiu 29% de toda a área plantada, que está estimada em 18,588 milhões de hectares, na temporada 2011/12. Conforme o Ministério da Agricultura argentino, até o dia 12 de abril foram colhidos 5,238 milhões de hectares. No ano passado, a colheita estava indicada em 34% em igual período. Saiba mais
 
15 04 12
Na BA, máquina garante segurança no beneficiamento do sisal
Beneficiamento do sisal sempre provocou muitos acidentes. 
Muitos trabalhadores rurais chegaram a ter as mãos mutiladas.
15 04 12
Propriedade em GO foi considerada modelo em concursos da Tecnoshow
Tecnoshow é uma das principais exposições de tecnologia agrícola.
Destaque é o anúncio do vencedor do prêmio de gestão ambiental rural.
15 04 12
Governo anuncia medidas de auxílio aos agricultores do Norte e NE
Eles terão mais tempo para pagar dívidas de custeio e investimento.
Anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura.
05 03 12
Preservação de margem de rio vale dinheiro para agricultores de SC
Projeto visa preservar nascentes e mata ciliar do Rio Vermelho.
Dezoito propriedades aderiram ao programa de serviços ambientais.
05 03 12
Secretários discutem em Brasília seca no Nordeste e no Sul do país
Representantes de 24 estados estiveram no Ministério da Agricultura.
Eles pediram medidas de socorro aos produtores rurais.
25 03 12
História mal contada
Editora Globo

Desde que, em 1534, foram criadas as capitanias hereditárias no Brasil, a propriedade das terras no país tem sido uma fonte permanente de conflitos. A subdivisão do território formou um imenso quebra-cabeças fundiário cujas peças não se encaixam com precisão, muitas vezes sobrepondo-se umas às outras.

Em Mato Grosso, os problemas se multiplicam à medida que a produção agropecuária avança. Estima-se que 50% de seu território apresente algum tipo de imprecisão quanto à localização das propriedades rurais. Há casos extremos em que uma mesma área possui 12 títulos de propriedade sobrepostos, como se ali houvesse um edifício, e não uma fazenda.

Segundo o ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado Willian César Sampaio, os problemas vêm desde a emissão dos títulos originais, pelo governo do Estado, nas décadas de 50 e 60 do século passado. “Muitas áreas foram demarcadas na prancheta, sem uma precisão na amarração dos pontos geográficos. Também houve muitos casos de má-fé, fraude e emissão de títulos de áreas que já tinham sido tituladas anteriormente.

A lei 10.267, de agosto de 2001, criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), para mapear o território nacional e corrigir o mosaico fundiário por meio de geoprocessamento. Sem ele, não é permitida qualquer alteração nas matrículas, como mudança de titularidade, remembramento, desmembramento, parcelamento, modificação de área, loteamento e alterações relativas a aspectos ambientais. Os proprietários sofrem ainda restrições bancárias na obtenção de financiamentos.

Ao invés de resolver um problema, a 10.267 acrescentou outro ao já conflituoso ambiente fundiário do país. Os prazos estabelecidos para o cadastramento das propriedades mostraram-se incompatíveis com a estrutura oferecida pelo Incra. Em Mato Grosso estavam protocolados cerca de 8.500 processos no final do ano, distribuídos entre cinco técnicos. Segundo Sampaio, cada técnico é capaz de examinar um processo por dia. Uma simples conta mostra que, se nada diferente acontecer, os processos já protocolados levarão seis, sete anos para ser analisados.

A situação pioraria dramaticamente se, como exigia a legislação, em novembro de 2011 o cadastramento passasse a ser obrigatório para todas as propriedades rurais – até então, propriedades menores que 500 hectares estavam dispensadas de apresentar a certificação. Apenas em Mato Grosso, mais de 100 mil propriedades passariam a necessitar do georreferenciamento. Aos 45 minutos do segundo tempo, porém, o Incra desativou a bomba-relógio armada por ele mesmo: em 22 de novembro passado, foi publicada no Diário Oficial da União a prorrogação do decreto que exigia o georreferenciamento de imóveis rurais com até 500 hectares em todo o território brasileiro. Os novos prazos foram anunciados a contar da publicação do decreto 4.449, de outubro de 2002. Pela nova redação, fica valendo o prazo de dez anos para os imóveis com área de 250 a menos de 500 hectares; 13 anos para os imóveis com área de 100 a menos de 250 hectares; 16 anos para os imóveis com área de 25 a menos de 100 hectares; e 20 anos para os imóveis com área inferior a 25 hectares.

Os produtores, diante da valorização das terras e da explosão do agronegócio, são os maiores interessados em fazer a fila andar e obter logo a certificação. Para Alexandre Dutra Neves, analista de assuntos fundiários da Federação da Agricultura de Mato Grosso, o problema só começará a ser resolvido com a entrada em funcionamento do novo modelo de certificação eletrônica, em testes no Incra em Brasília. Com ele, Neves acredita que a capacidade de análise será multiplicada, uma vez que o próprio sistema digital se incumbirá de avaliar se as informações são suficientes para que o processo siga adiante. O custo de certificação de cada hectare em Mato Grosso, hoje, varia de R$ 5 a R$ 50, dependendo das condições de acesso, tamanho e distância da cidade. O custo maior, no entanto, é a insegurança jurídica que se abate sobre uma das regiões de maior produção agropecuária do país. GR

11 06 12
Impulsionadas pela soja, exportações do agronegócio batem recorde
Resultado positivo se deve ao bom desempenho do complexo soja no mês de maio. Receita atingiu R$ 10,26 bilhões de reais
Ernesto de Souza
As exportações do agronegócio alcançaram em maio o melhor resultado da história. A receita cresceu 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e somou R$ 10,26 bilhões, superando o recorde de US$ 9,84 bilhões registrado em agosto de 2011.

O resultado se deve ao desempenho do complexo soja, que no mês respondeu por cerca de 90% do incremento das exportações do agronegócio, segundo levantamento doMinistério da Agricultura. O estudo mostra que em maio as vendas externas do complexo soja cresceram 31,1% em volume e 45,2% em valor.

O complexo soja também é responsável pelo bom desempenho da balança do agronegócio nos primeiros cinco meses do ano. A receita das exportações cresceu 7,1% e atingiu US$ 36,7 bilhões, e enquanto as despesas com importações recuaram 0,8% para US$ 6,945 bilhões. O superávit cresceu 9,2% para Us$ 29,7 bilhões.

O crescimento das exportações neste início de ano deve principalmente ao ritmo acelerado dos embarques de soja, apesar da quebra de safra estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 11,5% (menos 8,6 milhões de toneladas).

As perdas foram provocadas pela estiagem que castigou as lavouras na região Sul. No caso da soja em grão, os embarques de janeiro a julho deste ano correspondem a 81% das 31,1 milhões de toneladas previstas para esta safra pela Conab. Em igual período do ano passado os embarques somaram 59,5% do total exportado.

Os dados relativos aos últimos 12 meses mostram que as exportações do agronegócio cresceram 17,9% e atingiram US$ 97,4 bilhões. As importações aumentaram 13,9% para US$ 17,4 bilhões. "A forte elevação das vendas externas propiciou um saldo comercial de US$ 80 bilhões no período", diz o Ministério.

Os dados acumulados sobre as exportações do complexo carnes de janeiro a maio deste ano apontam que, em relação a igual período do ano passado, que as vendas cresceram 5,7% em volume e 1,9% em valor. O preço médio das carnes recuou 3,6%.

As exportações de carne bovina cresceram 3,6% em volume e 3,5% em receita, com leve recuo de 0,1% no preço médio. Já as vendas externas de carne de frango aumentaram 5,4% em volume e recuaram 0,5% em valor, em virtude da queda de 5,6% no preço médio. A carne suína registrou aumento de 4,3% nos embarques e retração de 1,1% na receita, em função da queda de 5,2% no preço médio.

O setor sucroalcooleiro registrou queda de 13,9% no volume exportado e de 11,9% na receita nos primeiros cinco meses deste ano. A receita recuou US$ 985 milhões e ficou em US$ 6,216 bilhões. A queda se deve à retração de 15% tanto no embarque como na receita de açúcar, em relação ao período de janeiro a maio do ano passado. O valor das exportações de açúcar ficou em US$ 5,844 bilhões. Já as exportações de etanol cresceram 33% em valor (para US$ 362 milhões). GR
07 06 12
Cresce preocupação dos brasileiros com o meio ambiente, mostra pesquisa
Levantamento entrevistou 2,2 mil pessoas de todas as regiões do país, de áreas urbanas e rurais
Editora Globo


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou nesta quarta-feira (6/6), no Jardim Botânico do Rio, a edição 2012 da pesquisa O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável.

Aproximadamente 13% dos brasileiros dizem ter preocupação com o meio ambiente, segundo a pesquisa. O percentual é mais do que o dobro do registrado há seis anos (6%).

De acordo com o levantamento, o meio ambiente está em sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros, ficando atrás de saúde/hospitais (81%), violência/criminalidade (65%), desemprego (34%), educação (32%) e políticos (23%). Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa, o tema era sequer citado.

"Isso é resultado de um maior acesso à informação. Mas o meio ambiente também é visto como problema, e não como uma oportunidade", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O principal problema ambiental citado pelos brasileiros é, desde a primeira pesquisa, o desmatamento de florestas(neste ano, com 67%). Outros principais problemas são a poluição de rios e lagoas (47%), a poluição do ar (36%), o aumento do volume do lixo (28%), o desperdício de água (10%), a camada de ozônio (9%) e mudanças do clima (6%).

Também são citados como problemas: extinção de animais/plantas (6%), falta de saneamento (3%), poluição por fertilizantes (3%), consumo exagerado de sacolas plásticas (3%) e falta de conscientização ambiental da população (2%).

A pesquisa mostrou, no entanto, que as belezas naturais são o principal motivo de orgulho para os brasileiros. Aproximadamente 28% das pessoas dizem que o meio ambiente brasileiro é motivo de orgulho, à frente do desenvolvimento econômico (22%), das características da população (20%), do pacifismo (13%), da cultura (6%) e da qualidade de vida (1%).

O estudo é o mais amplo painel sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável existente no país, com edições desde 1992.

Entre os temas abordados estão a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, os principais problemas ambientais identificados pelos brasileiros, como a população avalia a atuação de órgãos públicos e empresas privadas na conservação ambiental, os hábitos de consumo e reciclagem da população, entre outros.

O levantamento foi realizado com a cooperação técnica do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e entrevistou 2,2 mil pessoas de todas as regiões do país, de áreas urbanas e rurais.  GR
07 06 12
Exportações de carne suína cresceram em maio
Volume aumentou 21,4% e faturamento foi 10,3% maior
Ernesto de Souza

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em maio, houve aumento dasexportações de carne suína in natura. No mês, foram embarcadas 47 mil toneladas de carne suína in natura, gerando um faturamento de US$126,9 milhões. Já em maio de 2011, as exportações somaram 38,7 mil toneladas e geraram um faturamento de US$115 milhões.

O crescimento do volume exportado e do faturamento foi de 21,4% e 10,3%, respectivamente. Aumento também na comparação com abril deste ano, quando o volume embarcado foi de 41,4 mil toneladas. GR
29 05 12
Seca: perdas no leite podem chegar a 60% no RN
Valor dos insumos para a produção teve alta de 37% nos últimos quatro anos, enquanto o litro do leite subiu em média 21%

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A seca que atingue 139 municípios do sertão do Rio Grande do Norte já provoca uma redução de 40% na produção dabacia leiteira potiguar, de acordo com a Federação da Agricutlura e da Pecuária do Estado (Faern). Diariamente, a média é de 251,8 mil litros de leite a menos. Se a queda se mantiver, os produtores preveem uma perda que pode chegar a 60% até o final do ano.

No último mês, o processamento do leite na Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural do Seridó (Cercel), com 4.800 associados e sede em Currais Novos, foi reduzido de 22 mil para 16 mil litros.

Além da estiagem, os produtores enfrentam ainda a alta depreços dos insumos e serviços necessários para o rebanho bovino e a desvalorização do litro do leite, que já vinha de uma queda consecutiva desde 2010. Segundo pesquisa do Faern, no período de 1995 a 2012, o valor dos insumos e serviços registrou uma elevação de 397,9%, valorização quatro vezes maior que o preço do leite. De fevereiro de 2008 a março de 2012, enquanto os custos com insumos cresceram em 37,76%, o valor do litro do leite aumentou, em média, 21,21%.

Para tentar amenizar os prejuízos, o Ministério da Integração Nacional autorizou a transferência de R$ 10 milhões para ações de Defesa Civil no estado. GR
29 05 12
Semana de Citricultura terá 41 palestras
O evento ocorre na cidade de Cordeiropólis de 28 de maio a 1° de junho
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A 34ª Semana da Citricultura, que começa nesta segunda-feira (28/5) e vai até a próxima sexta (1/7), será um grande palco de discussões para os citricultores. Os participantes poderão assistir a 41 palestras sobre as inovações na nutrição e manejo dos pomares, controle fitossanitário e economia. O evento será realizado no Centro de Citricultura "Sylvio Moreira" do Instituto Agronômico (IAC-APTA/SAA), em Cordeirópolis. A participação é gratuita.

O 43º Dia do Citricultor e a 38ª Expocitros são alguns dos destaques que acontecerão ao longo da Semana. As palestras serão ministradas pelos pesquisadores do IAC e por representantes das principais instituições do setor. Entre os temas abordados estão manejo de doenças fúngicas, avanços das pesquisas em nutrição e manejo dos pomares, inovações tecnológicas, economia e políticas citrícolas, fitossanidade e cancro cítrico, além do huanglongbing (HLB).

A abertura oficial teve a presença da secretária de Agricultura e Abastecimento, Mônika Bergamashi; do coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Orlando Melo de Castro; do diretor do IAC, Hamilton Humberto Ramos; e do diretor do Centro de Citricultura IAC, Marcos Antonio Machado.

Como é tradicional, o IAC entregará os prêmios Engenheiro Agrônomo Destaque da Citricultura e o Centro de Citricultura. Este ano os contemplados serão, respectivamente, a engenheira agrônoma e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-ESALQ/USP), Margarete Boteon, e o vice-presidente da Organização Paulista de Viveiros e Mudas Cítricas (Vivecitrus) e integrante ativo da Associação Brasileira do Comércio de Semente e Mudas (ABCSEM), Vitor José Betin Cicolin.

SERVIÇO:
34.ª Semana da Citricultura IAC
Data: de 28 de maio a 1.º de junho de 2012
Local: Centro de Citricultura "Sylvio Moreira" IAC
Endereço: Rodovia Anhanguera, KM 158 - Cordeirópolis - SP
Outras informações: (19) 3546-1399 e eventos@centrodecitricultura.br 
19 05 12
No RS, avicultores integrados à Doux Frangosul retomam as atividades
Eles ficaram meses sem receber e tiveram que fechar os alojamentos.
JBS está acertando os pagamentos e incentivando a volta ao trabalho.
Medidas simples ajudam o produtor a enfrentar a seca no sertão da BA
Criador usa silagem de milho para alimentar o gado.
Vacas produzem uma média de 16 litros de leite por dia.
Falta de armazéns prejudica negócios com o milho em MT 
Propriedades devem colher uma boa safra de milho.
Falta de infraestrutura pode prejudicar o rendimento.
Medidas simples ajudam o produtor a enfrentar a seca no sertão da BA 
Criador usa silagem de milho para alimentar o gado.
Vacas produzem uma média de 16 litros de leite por dia.
12 05 12
Vegetação em linha de trem cria 'túnel do amor' de 3 km na Ucrânia
Linha é usada por fábrica de painéis de fibra de madeira em Klevan.
Passeios românticos podem ser interrompidos pela passagem do trem.

Um lugar que ganhou o apelido de "túnel do amor" na cidade ucraniana de Klevan vira um passeio ideal para casais durante a primavera. A vegetação ao redor dos trilhos de uma linha de trem particular criam o ambiente romântico, apesar das eventuais passagens da locomotiva.
A linha é usada no transporte da produção de uma fábrica de painéis de fibra de madeira, e sua seção "romântica" tem extensão de 3 quilômetros, segundo a reportagem do "Daily Mail". G1
08 05 12
CONFLITO AGRÁRIO CRESCE NO 1º ANO DO GOVERNO DILMA
UM TOTAL DE 638 LITÍGIOS FOI PROVOCADO PELA INICIATIVA PRIVADA, EM AÇÕES DE DESPEJO, EXPULSÕES, DESTRUIÇÃO DE BENS E AMEAÇAS DE PISTOLEIROS
Agricultura Safra agrícola Milho Agronegócio (Foto: Getty Images)
O primeiro ano do governo Dilma Rousseff registrou aumento de 15% no número de conflitos agrários no País, que passou de 1.186 em 2010 para 1.363 em 2011. Ao contrário de anos anteriores, quando a maior parte dos confrontos derivava de ações radicais de trabalhadores, só 280 desses conflitos foram causados por invasões de sem-terra. Um total de 638 litígios - mais de 60% da estatística global - foi provocado pela iniciativa privada, em ações de despejo, expulsões, destruição de bens e ameaças de pistoleiros.


Os dados fazem parte do anuário da violência no campo, divulgado nesta segunda-feira pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), vinculada à igreja católica. Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, esse quadro deriva do "modelo equivocado de desenvolvimento" do governo federal, que prioriza o agronegócio e obras que exercem pressão sobre as terras ocupadas por indígenas, quilombolas, pescadores e populações tradicionais.

Ele defendeu o veto ao texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara e a retomada da proposta anterior, aprovada no Senado, além da aprovação da Lei que agrava punições ao trabalho escravo e mudanças no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para reduzir a pressão sobre as terras ocupadas por comunidades tradicionais. "Os grandes empreendimentos, todo esse modo de centrar o lucro na exportação de produtos do campo, vai criando cada vez mais conflitos sobre aqueles que já moram na terra e vivem dela", enfatizou.

O dado positivo do anuário é que o número de mortes em decorrência desses conflitos caiu de 34 em 2010 para 29 em 2011. Entre as vítimas, 11 já haviam recebido ameaça de morte, como foi o caso do casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, emboscados e assassinados a tiros em maio de 2011 e do cacique guarani kaiowá Nísio Gomes, executado dentro da aldeia, na presença do filho, em novembro passado, no Mato Grosso do Sul. O corpo do líder indígena foi levado por jagunços e até agora não foi localizado.

Conforme a estatística, o número de ameaçados subiu de 125 para 347 no período - aumento de 177,6%. O total de agredidos também aumentou muito (138,9%), passando de 90 para 215. Em 2011, foram registradas 38 tentativas de assassinato, enquanto 215 trabalhadores foram agredidos e outros 89 acabaram presos.

O lançamento do anuário, realizado na CNBB, contou com a participação do índio Valmir Kaiowá, que presenciou a morte do pai, Nísio, dentro da área reclamada pela comunidade e da agricultora Laísa Santos Sampaio, irmã de Maria, assassinada junto com o marido numa emboscada no Pará. Estiveram também presentes o conselheiro permanente da CPT, dom Tomás Balduino e o presidente da Comissão para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Werlang. GN
07 05 12
Biotecnologia agrega valor às sementes 
de milho e soja
Novas cultivares de soja e milho mais resistentes e produtivas são testadas por agricultores brasileiros antes de chegar ao mercado

Editora Globo

Segundo maior produtor de transgênicos do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, o Brasil deve cultivar 31,8 milhões de hectares com sementes geneticamente modificadas na safra 2011/2012 – um crescimento de 20,9% em relação à área do ano passado. No caso da soja, a área com OGM atingirá 85,3%. Já no milho, serão 82,9%. Ávidos por novas tecnologias, os agricultores brasileiros se tornaram um mercado tão importante que as grandes multinacionais optaram por lançar suas novas tecnologias aqui.

Em março, foi realizada, em Goiânia, a colheita de uma nova linhagem de soja transgênica desenvolvida exclusivamente no Brasil. O sojicultor Paulo Roberto Fiatikoski a plantou em sua propriedade no município de Piracanjuba (GO). Denominada Intacta RR2 PRO, está sendo avaliada sob o inclemente clima tropical, no qual os ataques de insetos, como as lagartas-da-soja, não dão trégua às lavouras.

A Monsanto, que desenvolveu a Intacta, selecionou outros 500 sojicultores de Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná para testar a nova semente. Para Rogério Andrade, responsável pela apresentação do produto no Brasil, o diferencial da Intacta é o potencial produtivo maior.

“Ela possui ainda tolerância ao glifosato, como outras sementes modificadas.” Rogério continua: “Nós chamamos o advento da Intacta como a segunda onda da biotecnologia”. Segundo o agricultor Paulo Roberto, a produtividade da Intacta realmente superou a da variedade RR, que ele cultiva há vários anos. “Conseguimos excelentes 65,8 sacas por hectare, na comparação com as 55,3 sacas da RR.” Além disso, ressalta, os custos caíram, por conta de não haver, no caso da Intacta, necessidade de combater as lagartas.

A Dow AgroSciences também apresentou, em Ribeirão Preto (SP), no mês passado, seu novo milho, o PowerCore, que contém cinco genes modificadores. O lançamento do novo produto acontecerá no segundo semestre do ano e colocará o agricultor brasileiro na liderança dessa tecnologia. “Escolhemos o Brasil para fazer o lançamento mundial desse produto por conta da relevância que o país tem como protagonista na produção mundial de alimentos”, disse Rolando Alegria, diretor de sementes, biotecnologia e óleos saudáveis da Dow AgroSciences.

Hoje, são comercializadas no Brasil sementes transgênicas contendo dois genes modificadores: um tolerante a herbicidas e outro resistente a lagartas. O produto da Dow tem dois genes tolerantes a herbicidas e três genes resistentes a pragas, o que amplia no país o espectro de lagartas combatidas. A estimativa da companhia é que a nova variedade substitua gradativamente a atual (Herculex). Para Ramiro de La Cruz, presidente da Dow no Brasil, a nova tecnologia deve elevar entre 10% e 12% a produtividade das lavouras. GR
15 04 12
Cupuaçu mais resistente a doenças é nova opção para produtores
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Cerca de 30 mil sementes da cultivar de cupuaçu, BRS Carimbó serão disponibilizadas este ano para osprodutores rurais. A variedade foi lançada em março pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) e é a mais nova opção para os agricultores.

A principal característica da BRS Carimbó é a média resistência à vassoura-de-bruxa, doença que limita em muito a produção do cupuaçuzeiro na região amazônica. A vassoura-de-bruxa é causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, que se desenvolve nos galhos da planta e ativa o crescimento de brotos e galhas, podendo levar a planta à morte. Segundo a Embrapa, com o controle da doença, por meio de podas fitossanitárias, o produtor fica mais seguro quanto à produção, pois a resistência da nova cultivar minimizará a médio prazo o risco de uma epidemia da doença no pomar.

Resultante da seleção e do cruzamento de 16 clones de cupuaçuzeiro, apresenta, ainda, características agronômicas semelhantes ou superiores às de outras cultivares existentes no mercado. Além disso, ela apresenta ótima produção de frutos, que são de tamanho médio a grande, fazendo com que eles tenham boa aceitação tanto na indústria quanto nomercado de fruta in natura.

Informações da Embrapa apontam que os frutos da cultivar servem tanto para a produção de polpa, cujo rendimento é alto se comparado com as outras cultivares, quanto para a produção de amêndoas, que podem ser extraídas para a produção de óleo, empregado na indústria de cosméticos.

Para saber mais sobre a compra de sementes entre em contato com a Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios da Amazônia por telefone (92) 3303-7886 ou por e-mail enmao.snt@embrapa.br . GR
 
25 03 12
Editora Globo
Editora Globo

O custo da logística no Brasil é o principal componente de uma lista negra que impacta negativamente sobre a competitividade do país. A opção feita, ainda nos anos 50 do século XX, pelo transporte rodoviário, em detrimento dosmodais hidroviário e ferroviário – e a interiorização da produção agropecuária de lá para cá –, acabou por colocar o país entre aqueles que têm os maiores custos de escoamento de seus produtos em direção aos grandes centros consumidores e ao mercado externo.

O custo médio de transporte de 1 tonelada de soja – considerando-se os US$ 120 de Sorriso (MT) ao Porto de Santos (SP) e os US$ 30 entre Cascavel (PR) e o Porto de Paranaguá – é de US$ 75. O Brasil exportou na safra passada cerca de 32 milhões de toneladas de soja, ao custo médio de US$ 2,4 bilhões. Nos Estados Unidos, o frete mais distante não sai por mais de US$ 30 por tonelada. A diferença, portanto, chega a US$ 45 por tonelada – ou US$ 1,44 bilhão a favor dos americanos, considerando-se, para efeito de comparação, o mesmo volume de 32 milhões de toneladas exportado.

Mesmo com as deficiências de logística e de infraestrutura, o Brasil posicionou-se, nos últimos anos, como grande player do agronegócio mundial. A perspectiva é que continue a avançar, conquistando novos mercados e preenchendo espaços que tradicionais fornecedores já não conseguem abastecer.

Com esse cenário em perspectiva, a equipe da revista Globo Rural, em parceria com a Scania, vai percorrer as principais rotas de transporte dos produtos do agronegócio brasileiro – carnes, soja, milho, algodão, açúcar e álcool– e documentar os principais gargalos logísticos do país. Também irá registrar os avanços na intermodalidade – retomada nos últimos anos, ainda que em ritmo bem mais lento que o necessário – e levantar a situação das rodovias, ferrovias, hidrovias e dos principais portos usados para o escoamento das safras.

A bordo de um caminhão Scania, Globo Rural vai pegar a estrada, entre março e julho, para percorrer cerca de 14.000 quilômetros e reportar nas edições da revista e no site como estão os caminhos da safra. Ao final da jornada, teremos um documento atualizado do que a infraestrutura logística representa para caminhoneiros, produtores rurais e o agronegócio em geral. Saiba mais
19 03 12
Empresa júnior da Unesp Jaboticabal promove Dia de Campo
Empresa júnior da Unesp Jaboticabal promove Dia de Campo
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Estão abertas as inscrições para o XVI Dia de Campo CAPJr, que acontecerá na Unesp Jaboticabal, em 14 de abril. O evento terá como foco as culturas de soja, milho eamendoim da safra 2011/2012, e abordará temas como o sistema de consórcio com braquiária; máquinas de alta tecnologia; nematóides: prejuízos e controles; sementes de alta produtividade e controle de pragas e doenças.

O Dia de Campo será aberto no Centro de Convenções Ivaldo Melito, a partir das 8h, e terminará ao meio dia com um almoço de confraternização, que está incluso no valor do investimento. As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de abril e quem se inscrever até o dia 11 pagará R$ 20. Após essa data, o valor será de R$ 25.

Para fazer a inscrição, acesse o site www.capjr.com.br ou ligue para o telefone (16) 3209-2600, ramal 2847. Para quem está em Jaboticabal ou no entorno da cidade, outra opção é ir até a sede da CAPJr ou se inscrever na Cantina Central (na semana do evento). GR
11 02 12
Criação de vespas em Piracicaba ganha 
destaque mundial
Revista norte-americana publicou uma lista com as empresas mais inovadoras do mundo e cita a brasileira na 33ª posição, ao lado de grandes companhias do Vale do Silício.
Editora Globo
Uma empresa situada em Piracicaba, interior de São Paulo, e especializada na produção de vespas para controle biológico em lavouras recebeu destaque mundial ao constar na lista das empresas mais inovadoras do mundo, publicada nesta semana. A lista é anualmente publicada pela revista norte-americana Fast Company. A Bug Agentes Biológicos consta na 33ª posição da lista.

A empresa é resultado de um projeto universitário que nasceu na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp). Seus quatro sócios eram estudantes e toda a pesquisa que originou a empresa também se deu nos laboratórios da Esalq, mas foi já atuando no mercado que o quarteto passou a produzir as vespas em escalas comerciais.

O dinheiro inicial para montar a empresa, algo em torno de R$ 75 mil, veio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Atualmente, a empresa tem 70 funcionários e desenvolve pesquisas de melhoramento de sistemas de controle biológico. A principal atuação é no segmento de cana-de-açúcar, já que uma das principais pragas desta lavoura, a broca, é facilmente combatida com os insetos. No entanto, o uso destes animais como controladores de pragas já foi relatado em mais de 30 cultivos diferentes no Brasil.

As vespas produzidas na Bug chegam às lavouras em capsulas de papelão. No campo, elas são soltas e passam a iniciar seu desenvolvimento nas plantas, se alimentando de ovos de pragas nocivas ao cultivo e, segundo a empresa, reduzem a utilização de agrotóxicos em até 40%. A produção diaria da Bug é de 300 milhões de vespas por dia.

Além da Bug Agentes Biológicos, a lista da Fast Company destaca a atuação das empresas brasileiras Boo-Box, do Grupo EBX, da Stefanini e da Embraer. GR

 

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