sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRESCENDO_NOV


15 nov 11

Férias de verão: confira dicas para a alimentação das crianças
é possível escolher opções nutritivas e que as crianças gostem
Férias de verão combinam com praia, sol e crianças comendo fora de casa. Mesmo quando a viagem não está inclusa no pacote, as tardes ensolaradas pedem um passeio no parque ou um mergulho na praia. E como garantir que as crianças se alimentem bem em qualquer lugar?

Mudança de rotina afeta alimentação

Especialista em alimentação infantil, a nutricionista funcional Elaine de Páduaexplica que a mudança de rotina e a praticidade de alimentos industrializados são responsáveis pelo ganho de peso das crianças durante as férias de verão.

“Apesar de gastar calorias correndo e brincando, neste período elas costumam acordar tarde, pular refeições e substituir o almoço e o jantar por guloseimas e fast-food”, explica a nutricionista. Elaine diz que, prevendo a oscilação de horários durante as férias, é possível montar cardápios saudáveis, que agradem aos filhos.

De acordo com a nutricionista Larissa Cohen, do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro, “com o calor, a tendência é que o apetite das crianças diminua, mas como está em fase de crescimento é fundamental garantir que ela consuma alimentos leves e nutritivos”. Confira as dicas...


14 nov 11

Como ensino meu filho a comprar e as noções de caro ou barato?
Especialista dá dicas para ajudar seu filho sobre o valor de cada coisa

ThinkStock
Para uma vida financeira equilibrada, o uso do dinheiro deve ser regido pela razão. Ensinar isso aos filhos não é complicado. O início dessa jornada acontece por volta dos 3 anos, com a ideia de caro e barato. Basta deixar "escapulir" durante as visitas à padaria ou à banca de jornal, algo assim: "Como isto está caro!" Ou: "Hoje vamos procurar uma coisa barata para comprar". Rapidamente, e com prazer, a criança assumirá a iniciativa de perguntar aos pais antes de decidir pela compra: "E isso? É caro ou barato?". Por volta dos 6 anos, é hora de demonstrar a variação de preços das lojas. Não importa quanto dinheiro os pais tenham, nem quão pouco custe o objeto em questão, o foco aqui é a educação dos filhos. Na adolescência, à pesquisa dos preços soma-se a análise do material. Em relação às roupas é caso de ensinar a perceber a qualidade do tecido e do acabamento, por exemplo. Em toda fase, o importante é ensinar que o consumo deve ser sempre comandado pelo bom senso e pela responsabilidade.
Fonte: Crescer

13 nov 11


Dez inspirações para entender que autoestima muda tudo

10 inspirações para entender que autoestima muda tudo

A autoestima é fundamental para conseguir qualquer coisa na vida. Afinal, ela dá estrutura para a nossa existência. Quem se gosta e se aceita do jeito que é – com qualidades e defeitos – tem mais chances de ser feliz. E auxiliar um filho a elaborar o amor próprio e a autoconfiança, desde o berço, é a maior demonstração de afeto que os pais podem (e devem) dar. Há muitas formas de se fazer isso, mas as principais, segundo a pesquisadora em desenvolvimento humano Elvira Souza Lima, autora de A Criança Pequena e Suas Linguagens (Ed. Sobradinho), estão nos detalhes. “Os pontos mais importantes a se pensar são disponibilidade emocional, reconhecimento das posturas positivas e, principalmente, valorizar sempre o processo que conduz às pequenas conquistas, nunca o resultado final”, afirma a especialista, que tem formação em neurociência, psicologia, antropologia e música. Veja, a seguir, sugestões de pais e outros experts sobre como incentivar a autoestima do seu filho.

1. Cuide da própria autoestima

As crianças são como esponjas – absorvem tudo o que vêm dos pais. Dessa forma, quem não se sente bem na própria pele corre o risco de transmitir o sentimento de autodepreciação para os filhos. “É preciso trabalhar a baixa autoestima internamente, focando nas qualidades e aceitando os defeitos, ou até com a ajuda de um profissional, via terapia, para evitar educar a criança com esse peso”, diz Miriam Ribeiro, que ocupa o cargo de presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
2. Dê força nas dificuldades

Para demonstrar sua alegria com a superação dos pequenos, a pesquisadora Elvira Souza Lima aconselha usar os cinco sentidos. “Sorria, elogie, dê um olhar carinhoso, abrace... Tudo isso mostra o quanto você está disponível para amar e ajudar seu filho”, diz. Ela sugere, ainda, lançar mão dos momentos de lazer e brincadeiras para ensinar valores importantes, como socialização, confraternização, resiliência e espírito competitivo. E tente resistir à vontade de fazer as coisas por seu filho – se fizer isso, você estará tirando dele a oportunidade não só de evoluir, mas de se sentir realizado. Siga esse exemplo: “Quando meu filho se acha incapaz de fazer algo, eu digo que ele vai conseguir, sim, e dou exemplos de coisas que já conseguiu”, diz a microempresária Cassia Santos, 40 anos, mãe de Ivo, 4. Nem é preciso dizer que o filho se anima, tenta novamente e sai vitorioso na maior parte das vezes.
3. Diga o quanto o ama

Segundo a pediatra Miriam Ribeiro de Faria Siqueira, coordenadora técnica da neonatologia do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes A. Silva (SP), um recém-nascido já é capaz de compreender as palavras carinhosas da mãe. “É claro que ele nem entende como idioma, mas o som da voz materna transmite o afeto”, afirma. Assim, desde o berço, sempre que puder diga ao seu filho que o ama, que ele foi muito desejado, que ele é tudo para você... Mesmo. “As frases amorosas geram a sensação de aceitação, fundamental para a construção da autoestima”, completa Miriam.
4. Estimule sua individualidade

Ele quer pintar a nuvem de vermelho e a galinha de roxo? E daí? “O uso da cor é cultural”, afirma Elvira Souza Lima. “Os índios, por exemplo, dizem que a árvore é verde de dia e preta de noite. Tudo depende do reflexo.” Segundo a especialista, os desenhos jamais devem ser direcionados, pois revelam estados internos da alma. Deixe a criança livre para fazer o que quiser. “Costumo colar na parede todos os desenhos que meus filhos fazem. E mostro, nos livros que coleciono sobre grandes pintores, que cada pessoa desenha de um jeito”, conta a diretora de arte Carla Rodrigues Alves, 33 anos, mãe de Yasmin, 5, e de Davi, 3. Os dois também escolhem as roupas que usam. Já a assessora de imprensa Vanessa Rodrigues, 34 anos, mãe de Sofia e de Cecília, 1 ano e 7 meses, vai contra a sedutora mania de transformar as gêmeas em cópia fiel uma da outra. “Por serem univitelinas, valorizamos ainda mais a individualidade de cada uma. Elas só dividem a babá e os parentes. Cada uma tem seu objeto, sua roupa, seu boneco predileto. Tudo é separado. Elas podem ser semelhantes, mas têm personalidades diferentes.”
5. Toque-o

E não basta dizer “eu te amo” com sinceridade e carinho. Para se sentirem amados, protegidos, queridos, filhos necessitam de abraços, beijos, carinhos, um afago nos cabelos ou nas mãos. Esse conselho serve para a vida toda – inclusive para a idade adulta. É óbvio que os adolescentes agem de maneira mais distante e arredia, mas, mesmo nessa fase conturbada, nunca deixe de demonstrar o que sente com gestos. Fonte:Crescer

01 nov 11


A presença do pai deixa seu filho mais esperto
O jeito como os homens estabelecem limites, por exemplo, influenciam positivamente na habilidade de as crianças agirem com o mundo
KMSS/CORBIS

Você participa ativamente do dia a dia de seu filho? Isso pode melhorar ocomportamento dele e deixá-lo mais inteligente, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Concórdia (Canadá). Cerca de 140 crianças foram analisadas entre 3 e 5 anos e depois novamente entre 9 e 13 anos. Segundo os pesquisadores, a habilidade do pai de estabelecer limites e estruturar o comportamento dos filhos influenciou positivamente a habilidade de resolver problemas e diminuiu questões emocionais, como tristeza, isolamento social e ansiedade. “A presença do pai estimula principalmente o raciocínio lógico-matemático, a construção de relações entre objetos concretos e a noção espacial, habilidades que culturalmente estão mais associadas ao homem”, explica José Aparecido da Silva, professor do departamento de psicologia da USP de Ribeirão Preto (SP). E o estudo mostrou que isso acontece mesmo quando o pai não mora com os filhos. Ou seja, o que conta é o seu envolvimento com eles quando estão juntos.

21 out 11

Senado aprova licença-maternidade de quatro meses para adoção tardia

Projeto segue para a Câmara dos Deputados. Se virar lei, vai beneficiar mães adotivas de crianças a partir de 1 ano de idade. Entenda

Bruna Menegueço

 Shutterstock



Após enfrentar todo o processo de adoção, você finalmente leva seu filho para casa. E, então, uma nova vida cheia de desafios surge com direito a uma família, amigos e escola diferentes. Apesar disso, você e seu filho têm apenas um mês para se conhecer, antes do fim da sua licença-maternidade.

A boa notícia é que mais um passo foi dado para melhorar a vida de mães adotivas de crianças a partir de 1 ano de idade. O Senado aprovou nesta quarta (19) o Projeto de Lei 7761/10, do senador Paulo Paim (PT-RS), que garante quatro meses de salário-maternidade à mãe que adotar uma criança, independentemente da idade. A proposta altera a Lei de Benefícios da Previdência Social (8.213/90).

Pela legislação atual, a licença-maternidade de quatro meses só é garantida à mãe que adotar uma criança de até 1 ano. Mães adotivas de crianças de 1 a 4 anos têm somente dois meses de benefício. Se a criança tiver entre 4 a 8 anos, a licença é de apenas um mês.

LEIA MAIS: LICENÇA-MATERNIDADE MAIOR PARA MÃES DE PREMATUROS

Diversidade e respeito

A todo momento, ouvimos que um olhar novo para a diversidade é o caminho para uma sociedade mais feliz. Mas de que forma a gente começa essa conversa dentro de casa?
Thais Lazzeri


João Wainer

Quando Ana Beatriz, 3 anos, entrou na escola pela primeira vez há dois meses, falava muito dos novos amigos. Em casa, enfileirou seus bonecos um ao lado do outro e formou ali uma cópia da sua nova pequena sociedade: a sala de aula. Cada um ganhou o nome de um dos colegas. A mãe, Letícia Franco, foi acompanhar mais de perto a diversão da filha e viu que um dos amigos foi excluído da representação. Perguntou para Ana por que uma das meninas não estava ali e veio a surpresa. “Ela me disse: ‘Eu não gosto dela, mãe, ela é diferente’.” A menina que Ana julgou como diferente tinha Síndrome de Down. “Foi difícil lidar com aquilo. Não imaginava que ela, tão pequena, já pudesse rejeitar alguém somente por ser diferente.” Saiba mais...


14 nov 11
Gravidez: como cuidar da beleza sem colocar a saúde em risco
é preciso ficar atenta aos rótulos

Por Renata Demôro

Cuidar da beleza durante a gravidez faz bem para o corpo e a mente, mas é preciso cuidado ao escolher os cosméticos nessa fase. De acordo comMaurício Pupo, farmacêutico, especialista e professor de pós-graduação em Cosmetologia, “alguns produtos podem desencadear alergias e irritações cutâneas, mas outros atravessam a placenta e podem até mesmo ser encontrados no leite materno”.

Coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro, a dermatologista Monica Azulay lembra que as profissionais do ramo de estética e beleza correm muito mais risco, já que estão constantemente expostas aos produtos. “A gestante pode pintar o cabelo, desde que use tintas temporárias - os xampus tonalizantes - e não use o produto com muita frequência. Cabeleireiras e principalmente tinturistas, que lidam com diferentes tipos de tintas, todos os dias, devem usar luvas e máscaras, de preferência em ambiente arejado”, explica a médica.

A seguir, os especialistas tiram dúvidas frequentes sobre o uso de substâncias presentes em produtos de beleza durante a gravidez - Veja as dicas...

13 nov 11
Brincar ao ar livre faz bem à visão do seu filho
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, concluíram que o risco de desenvolver miopia cai quando a criança passa mais tempo fora de casa
  shutterstock

Mais um motivo para se divertir com o seu filho fora de casa. Atitudes simples, como passear no parque, andar pelas ruas e brincar no quintal de casa – ou no playground do prédio –, fazem bem à visão das crianças. De acordo com pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, quanto mais tempo a criança passa ao ar livre, menores são as chances de ela desenvolver miopia.

Os cientistas analisaram oito estudos, que envolveram 10.400 crianças e adolescentes, e chegaram à conclusão de que crianças míopes passam cerca de quatro horas a menos – por semana – ao ar livre do que as que têm boa visão. Isso porque, quando a criança passa mais tempo fora de casa, ela exercita a visão de forma espontânea, olhando para perto e para longe, evitando assim danos ao globo ocular.

O resultado dessa pesquisa está diretamente relacionado aos hábitos das crianças. Aquelas que passam mais tempo diante do computador e da televisão, por exemplo, são mais suscetíveis a terem problemas de visão. “O estímulo contínuo da visão de perto leva à miopia”, diz Luis Eduardo Rebouças de Carvalho, oftalmologista do Hospital Sabará (SP).

E o especialista alerta que crianças com menos de 8 anos estão mais sujeitas a esse tipo de interferência visual. “A visão é um processo contínuo, a gente não nasce enxergando 100%. Ela se forma por completo entre 5 e 8 anos de idade”, diz Carvalho.

Mas nada de ficar em pânico se não é sempre que você consegue estar com o seu filho ao ar livre. Com algumas medidas simples, você pode proteger a visão dele. Para cada hora na frente do computador ou da televisão, a criança deve passar dez minutos com os olhos fechados ou olhando pela janela. De acordo com Carvalho, dessa forma ela descansa a visão e treina diferentes focos, diminuindo o risco de miopia. Fonte: Crescer
Mães têm influência no comportamento machista dos filhos
Ana Carolina Prado


Uma pesquisa da Universidade do País Basco publicada este mês na revista Psicothema investigou por que algumas pessoas são mais sexistas ou machistas que outras e descobriu que a principal culpada por esse tipo de atitude é a mãe delas. Sim: as conclusões indicaram que osexismo passa de geração para geração, mas a mãe tem mais influência do que o pai na transferência desse comportamento discriminatório de gênero para os filhos.

O estudo analisou a relação entre os níveis de sexismo dos pares mãe-filha, mãe-filho, pai-filha e pai-filho para descobrir qual o papel que o gênero desempenha na atitude. Os voluntários foram 1455 adolescentes entre 11 e 17 anos de idade junto com seus pais e mães (764 e 648). O pai tem mais influência sobre os filhos do que sobre as filhas (confirmando a ideia que já se tinha de que as mães tendem a socializar mais com suas filhas e pais o fazem mais com seus filhos), mas a mãe é a atitude da mãe nesse quesito que mais afeta ambos.

“Se tivermos em mente que as mulheres são as principais vítimas do sexismo, é paradoxal que elas sejam as maiores responsáveis por transferir essas tais atitudes prejudiciais aos seus filhos”, disse a professora de psicologia e coautora do estudo Maite Garaigordobil. Mas podemos entender isso se considerarmos o tempo que a mãe passa com as crianças, as tarefas domésticas que ela os incentiva a fazer, o tipo de presentes que são dados e os papéis que eles inspiram (se as meninas ganham bonecas e os meninos, um kit de médico, por exemplo). Tudo isso ajuda a transferir valores sexistas para os filhos. Se é a mãe quem tem o papel principal na sua educação, é natural que transmita seus valores a eles mais profundamente do que o pai. Assim, o estudo não indica necessariamente que elas sejam mais sexistas. O problema é que elas têm mais tempo para transmitir isso aos filhos.

E quando o seu filho chora compulsivamente em local público?
Veja como você pode acalmar a criança em situações assim

Ana Paula Pontes

 Shutterstock

Você sabe bem como é complicado quando seu filho começa a chorar em público compulsivamente. Além da tensão que você fica ao tentar fazer de tudo para ele se acalmar, imagine se ainda fosse insultada por uma outra pessoa nesse momento. Foi o que aconteceu com uma mãe e sua filha, com menos de 2 anos, em um ônibus em Oregon, nos Estados Unidos. Como a criança não parava de chorar, a motorista pediu que as duas se retirassem do veículo porque estavam atrapalhando a sua concentração para dirigir.

Segundo noticiou o jornal OregonLive.com, os passageiros que estavam no ônibus ficaram indignados com a atitude da motorista e a maioria desceu, junto com a mãe e seu bebê, em protesto.

Esperamos que nenhuma outra mãe passe por situação semelhante. Mas, para ajudar você a acalmar seu filho caso ele caia no choro (ou evitar que isso aconteça) no metrô, no ônibus, no avião ou em qualquer outro local público, conversamos com a pediatra Tania Shimoda Sakano, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Confira dicas:

- Alimente o seu filho antes de sair de casa e leve algum alimento em caso de emergência, como leite em pó, frutas, biscoitos;

- Verifique se não há necessidade de trocar a fralda da criança antes de ir a lugares públicos;

- Na bolsa, leve aqueles objetos que o seu filho costuma usar para se acalmar ou dormir, como chupetas, brinquedos, fraldinhas; 
Saiba mais...


Criar seu filho para o mundo


Você sonha que seu filho faça diferença no futuro? CRESCER acredita que todas as crianças têm esse potencial e apresenta, a partir de agora, dez apostas para que o caminho até esse objetivo seja prazeroso. Nossa série de reportagens vem acompanhada de ensaios com fotógrafos renomados, que emprestarão seu olhar sobre cada assunto. Na estreia, o tema é “criar os filhos para o mundo”, frase que provoca arrepios nos pais. Entenda por que é a primeira aposta para um mundo melhor

Bruna Menegueço e Cristiane Rogerio

Egberto Nogueira

A relação entre pais e filhos é como um novelo de lã. Assim que o bebê nasce, o novelo está todo enrolado e um depende do outro. Mas, a cada ano, uma volta se desfaz. No auge da fase adulta, as vidas estarão ligadas apenas por um fio, e dessa forma será para sempre. A metáfora sobre a relação entre pais e filhos é da psicanalista Diana Corso, autora de Fadas no Divã (Ed. Artmed) e mãe de Laura, 20 anos, e Júlia, 16. Segundo ela, para aprender a educar os filhos para o mundo, os pais devem aceitar, confiar e se sentir parte desse novo momento para poderem entregá-los, inclusive, com segurança. Quando questionada sobre o tema, Diana fez antes um comentário em tom de balanço da própria vida. “Como profissional é mais fácil aconselhar e dizer o que deve ser feito, mas na prática, não é tão simples. Hoje, quando vejo as minhas filhas criadas, percebo que fiz meu papel de mãe e resisti a superprotegê-las. Tarefa cumprida com muito esforço emocional.”

Quem rói as unhas lutando contra o sentimento de superproteção é a atriz Denise Fraga, mãe de Nino, 12, e Pedro, 10, colunista da CRESCER. Ela sonha com a independência deles, mas também deseja que estejam por perto a vida toda. “Penso e cuido disso todos os dias, mas lá no fundo, confesso que o que eu mais quero é que eles almocem em minha casa todos os domingos depois de formarem uma família”, diz. Uma das suas táticas para ensinar independência é ir “soltando” os filhos aos poucos. “Eles dormem na casa dos amigos, por exemplo, e mais para frente vão poder viajar com os amigos. É muito importante que vivam em outros ambientes.” Saiba mais...

Cumplicidade e afeto


Filho pode ser melhor amigo de mãe e pai? Mas, então, como passar segurança, confiança, respeito e, o principal: limite? A medida para equilibrar sentimentos tão importantes é o segredo para que a educação colabore para o desenvolvimento emocional e nas relações das crianças no futuro

Ana Paula Pontes e Fernanda Carpegiani

MARCIO SCAVONE

Você já ouviu um segredo do seu filho e guardou como uma joia rara, tranquilizou o coração dele depois da briga com um amigo, ensinou que é preciso pedir desculpas e – o mais difícil – que é fundamental perdoar, mostrou desde seus primeiros passos que naquela mesinha ele não podia mexer. Aos poucos, vai revelando que a vida é permeada por erros e acertos, o tempo todo. E sabe qual palavra pode ser associada a todos esses momentos? Cumplicidade. Ela acontece desde a gestação, como você pode imaginar, mas é no dia a dia, num ambiente seguro e de parceria, que essa relação de confiança e respeito vai se fortalecer. Leia mais...

Conviver com arte

Frequentar exposições de quadros ou fotos, investir em curso de artes, chamar a atenção para o formato do brinquedo, o tom da luz que bate na planta, a textura dos móveis da sala, as ilustrações dos livros infantis, as canções do seu iPod. Há muito o que fazer quando o assunto é arte e criança. É hora de experimentar!

Simone Tinti e Fernanda Carpegiani

Cássio Vasconcellos
Tinta, papel, melodia, emoção. Técnica, pensamento, habilidade, imaginação. Prática, espontaneidade, gosto, representação. Criatividade, ritmo, limite, fascínio, imitação. Estética, crítica, forma, dança, encanto, liberdade, descobertas... Mas isso é arte ou infância? Difícil vai ser você achar duas palavras que se entrelacem tanto. É tudo coisa de criança, é tudo coisa de artista. É tudo meio e é tudo fim. E uma e outra acontecem sob regras e tendências, mas sempre com um quê de natural.
Quando esquecemos de que somos seres prontos para nos emocionar, lá vêm as crianças para nos lembrar. E por uma razão muito simples: as crianças ainda se sentem livres para experimentar. Por isso elas querem se lambuzar de tinta, não se importam de colorir o elefante de vermelho ou misturar xadrez e bolas no modelito escolhido para ir à casa da avó. Elas estão provando. Olham à volta, percebem tudo e não julgam. “A criança geralmente escolhe o que o adulto descarta, não dá valor: pedrinhas da rua, caquinhos, restos de inseto, papel amassado. Aí elas investigam, recolhem, combinam, descombinam, criam. Somos todos seres criativos e estéticos por natureza e esta é a maneira de nos relacionar com o mundo”, diz Sylvia Helena Boock, que há 31 anos desenvolve trabalhos de artes com crianças em escolas e em seu ateliê.  Saiba mais...

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